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quarta-feira, 28 de julho de 2010





 Vox Populi: Na Bahia só dá Dilma! Em Minas, também já ultrapassou

Na pesquisa Vox Populi/Band/iG, divulgada hoje, restrita ao estado da Bahia:

Dilma (PT): 50%

Serra (PSDB): 25%

                                                                                        Marina (PV): 4%

Para governador:
Jaques Wagner (PT): 43%

Paulo Souto (DEMos): 21%

Geddel Vieira Lima (PMDB): 10%

Bassuma (PV): 1%

Para Senador:

César Borges (PR): 29%

Walter Pinheiro (PT): 22%

Lídice (PSB): 18%

José Ronaldo (DEMos): 9%

José Carlos Aleluia (DEMos): 5%

Edvaldo Brito (PTB): 3%

Edson Duarte (PV): 2%

França (PSOL): 2%

Carlos Sampaio (PCB): 2%

Zilmar (PSOL): 1%

Em Minas Gerais, Dilma ultrapassa:

Dilma (PT): 37%

Serra (PSDB): 33%

Marina (PV): 8%

A rejeição ao demo-tucano aumentou de 12% para 19% no Estado e a de Dilma manteve-se estável, oscilando de 14% para 13%, desde maio.

O ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB) lidera a disputa pelo governo de Minas Gerais com uma vantagem de 24 pontos percentuais sobre o atual governador, Antonio Anastasia (PSDB), mostra pesquisa Vox Populi/Band/iG desta terça-feira. Se a eleição fosse hoje, Costa seria eleito no primeiro turno pois a soma dos demais candidatos é 23%.

Governador:

Hélio Costa (PMDB): 42%

Anastasia (PSDB): 18%

Vanessa Portugal (PSTU): 2%

Edilson Nascimento (PT do B): 1%

Zé Fernando Aparecido (PV): 1%

Professor Luiz Carlos (PSOL): 1%

Senador:

Aécio Neves (PSDB): 71%

Itamar Franco (PPS): 44%
Fernando Pimentel (PT): 24%

Marilda Ribeiro (PSOL): 2%

Zito Vieira (PC do B): 1%

Tafael Pimenta (PCB): 1%

(cada eleitor vota em 2 senadores neste ano, por isso a soma pode chegar a 200%).
 Fonte : Amigos do Presidente

segunda-feira, 19 de julho de 2010

E AGORA! O QUE MAIS INVENTARÃO OS LATIFUNDIÁRIOS DEMOTUCANOS CONTRA OS MOVIMENTOS SOCIAIS.


CPMI CONCLUI QUE NÃO FOI DESVIADO RECURSO PÚBLICO PARA OCUPAÇÕES.


Depois de oito meses de boicote à CPMI contra a Reforma Agrária, os parlamentares dos setores conservadores liderados por Kátia Abreu (DEM-TO) e Onyx Lorenzoni (DEM/RS) declararam ser necessária a continuidade das investigações das entidades sociais que atuam em assentamentos. Nesse período, as entidades da Reforma Agrária e os ministérios do governo federal participaram de audiências públicas na comissão, prestaram todos os esclarecimentos e demonstraram a importância dos convênios para a execução de políticas públicas no meio rural.

Mesmo sem participar da maioria das sessões, os ruralistas insistem que a comissão está prorrogada por mais seis meses. Kátia Abreu, por exemplo, não participou de nenhum sessão, embora tenha sido a maior defensora da sua instalação. O relatório final do deputado Jilmar Tatto (PT/SP) aponta a improcedência das denúncias contra o MST e as entidades de apoio à Reforma Agrária. Enquanto a comissão funcionava plenamente, com dezenas de audiências, os ruralistas estavam ausentes. Dinheiro público foi gasto em uma CPMI criada como dispositivo de criminalização dos movimentos sociais e contra avanços na Reforma Agrária.

Para forçar a sobrevida dessa CPMI, os representantes do latifúndio apelaram e criaram um imbróglio jurídico, depois de levantarem assinaturas para prorrogação. Em comissões parlamentares mistas de inquérito, onde participam deputados e senadores, as decisões devem ser tomadas em sessões do Congresso Nacional. Como não conseguiram, Kátia Abreu e Onyx Lorenzoni lançaram mão de uma manobra não prevista no regimento e argumentam que basta o Senado fazer a leitura do requerimento. O senador Eduardo Suplicy (PT/SP) questiona o método usado para prorrogar a comissão e recorreu à Comissão Constituição e Justiça do Senado. Depois, o deputado José Genoíno (PT/SP) fez o mesmo questionamento na Câmara, que resolveu encaminhar a decisão para o presidente do Congresso.

De dezembro a julho, foram feitos todos os esclarecimentos ao Congresso Nacional em relação à denúncias, com base em jornais e revistas contra a Reforma Agrária. Nesse período, as entidades sociais provaram que os objetos dos convênios foram cumpridos, o trabalho realizado melhora a qualidade de vida dos trabalhadores rurais e não houve desvio de recursos públicos, de acordo com o relatório final da CPMI (clique aqui e leia o relatório final).

De acordo com o plano de trabalho, assegurado pelo regimento do Congresso Nacional, a CPMI acaba em 17 de julho. O relatório final foi apresentado, mas não foi votado porque os ruralistas impediram. Se eles conseguirem atropelar o regimento do Congresso Nacional, senadores e deputados serão coniventes com a criação de um fato político, que será utilizado pelos setores conservadores nas eleições contra a Reforma Agrária e os movimentos sociais. Por isso, denunciamos a utilização dessa CPMI pelos ruralistas para barrar qualquer avanço da Reforma Agrária, fazer a criminalização dos movimentos sociais, ocupar espaços na mídia e montar um palanque para a campanha eleitoral. Abaixo, leiam entrevista com o deputado federal Jilmar Tatto, que foi eleito por consenso relator da chamada “CPMI do MST”, com as conclusões da investigação, concedida ao Blog da Reforma Agrária na semana passada.

SECRETARIA NACIONAL DO MST
“Não identificamos um centavo de desvio de recurso público”, afirma relator da CPI

Não há desvio de dinheiro público para a ocupação de terra no Brasil. Foi o que concluiu o relatório da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), que investigou a ligação entre entidades da reforma agrária e ministérios do governo. No total, foram realizadas treze audiências públicas em oito meses.

A CPMI também investigou as contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária. Para o relator da CPMI, deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP), “foi uma CPMI desnecessária”. Abaixo, leia entrevista com o deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP).

A CPMI foi criada para investigar desvios de recursos públicos de convênios entre ministérios e entidades sociais para a ocupação de terras. Qual a conclusão depois de oito meses de trabalho?

Foi uma CPMI desnecessária. A oposição fez uma carga muito grande, dizendo que havia recursos públicos desviados para a ocupação de terras no Brasil. Depois de um trabalho intenso e exaustivo, verificando todas as contas de dezenas de entidades, que fizeram convênios com o governo federal, concluímos que não é nada disso. São entidades sérias, que desenvolvem um trabalho de aperfeiçoamento e qualificação técnica, principalmente para o homem do campo. O que deu pra perceber é que a oposição, principalmente o DEM e o PSDB, estavam com uma política de criminalizar os movimentos sociais no Brasil. Tanto é verdade que, depois de instalada a CPMI, eles praticamente não apareceram nas reuniões. Foi a demonstração de que eles realmente estavam interessados mais em desgastar o governo federal, o MST e criminalizar o movimento social. Infelizmente, foi isso que aconteceu na criação dessa CPMI.

Como você avalia o trabalho das entidades da reforma agrária (como Anca, Concrab, Cepatec, Inocar, Itac e Fepafi), que participaram das audiência públicas na CPMI?

A oposição, em certa medida, no primeiro momento, conseguiu atrapalhar. Os convênios estavam acontecendo e, na medida em que ficam fazendo denúncias vazias em relação a essas entidades, atrapalham o seu trabalho junto aos produtores rurais assentados. Uma parte do seu objetivo a oposição conseguiu: justamente romper parte desses convênios. Eu acho que era isso que ela queria. Ficou comprovado que essas entidades, que fazem um trabalho com os assentados, produtores e pequenos proprietários de terra, ligados à agricultura familiar e às cooperativas, é muito importante para o Brasil. São entidades que trabalham com a produção de orgânico, a qualificação da melhor maneira de aproveitamento da terra e manuseio das sementes. Do ponto de vista pessoal, foi um aprendizado. Do ponto de visto político, foi um desastre, porque essa CPMI veio para prejudicar o campo, principalmente os pequenos produtores e assentados. Tem algumas questões de competência do legislativo que precisam ser aprimoradas.

Quais são as medidas mais importantes propostas no relatório?

Por exemplo, a questão do trabalho escravo. Essa lei [que prevê a desapropriação das terras dos proprietários que usam trabalho escravo] precisa ser votada urgente, que criminaliza quem pratica a vergonha do trabalho escravo, principalmente pelo agronegócio. Outra questão que precisa ser resolvida é dos índices de produtividade. Estou propondo também uma lei que regule os convênios. Porque a cada hora que se muda os governos, tem um procedimento em relação aos convênios com as entidades. Por isso, tem que normatizar, definir em lei como funcionam esses convênios, para desburocratizar, deixar transparente e facilitar esses convênios. Dessa forma, essas entidades e outras poderão desenvolver seu trabalho de forma tranquila, sem cometer erros de procedimento - não de má-fé - porque não está claro na legislação de como proceder na prestação de contas.

Já é possível pensar alguns pontos dessa lei para regular os convênios?

Tem que tratar diferente os desiguais. Uma coisa é fazer um convênio com entidades patronais, que têm uma estrutura muito grande, nas áreas jurídica, contábil e administrativa. Outra coisa são entidades pequenas, que não têm essa estrutura. A lei tem que facilitar o trabalho, e os convênios, evidentemente, terão todo rigor na aplicação dos recursos públicos. Se tem a garantia de que a aplicação dos recursos está dentro do objeto, não precisa de tantos mecanismo, porque temos que partir do princípio da boa fé. Uma das ideias é colocar na legislação os procedimentos, porque nem sempre isso está claro, prejudicando as entidades que não têm uma estrutura administrativa de grande porte.

Qual a importância desses convênios para a execução de políticas públicas nos assentamentos e nas áreas rurais?

É fundamental. É onde o Estado não consegue chegar, e se chega faz de forma atabalhoada, sem critério. Essas entidades fazem a ponte dos órgãos do Estado com aquelas pessoas que mais precisam. Fazem um trabalho fundamental de resgate da cidadania, de setores da sociedade que estão marginalizados. Por isso, um governo democrático, preocupado com a melhoria da qualidade de vida de todos e todas, precisa fortalecer esse tipo de entidade no Brasil.

Na sua avaliação, por que a bancada ruralista ficou ausente durante as audiências com representantes das entidades e dos ministérios?

Eles fizeram toda uma carga, um discurso muito raivoso, colocaram dúvidas em relação ao desvio de recursos públicos e perceberam que a montanha tinha parido um rato. Porque não havia desvio nenhum. As entidades e o governo abriram todas as suas contas. Foi transparente e, em nenhum momento, conseguiram identificar um centavo de desvio de recurso público. Foram desmoralizados, e resolveram se ausentar dos trabalhos da CPMI. De todo modo, nós aprovamos um plano de trabalho, cumprimos a nossa obrigação, investigando aquilo que o Congresso definiu como prioridade. Nesse período, ouvimos todas as entidades e órgãos do governo envolvidos e fizemos um debate sobre a questão agrária no Brasil. Foi um trabalho produtivo, no sentido de deixar claro que não houve desvio de recurso público para fazer ocupação de terras no Brasil. O que houve foi a oposição fazendo uma carga muito grande contra o governo e o MST.

O prazo final da CPMI, previsto no plano de trabalho, é 17 de julho. O prazo para a prorrogação da CPMI acabou. O Onyx Lorenzoni anunciou que vai apresentar um relatório paralelo. Qual a perspectiva para a aprovação do seu relatório na próxima semana?

Eles tentaram, como último suspiro, prorrogar a CPMI, mas eles não conseguiram as assinaturas. Então, só cabe à oposição apresentar um relatório alternativo. Está convocada uma reunião para esta quarta-feira, às 14h, pra votar o relatório. Provavelmente, vai ser votado meu relatório contra o da oposição. Se der quórum, e tivermos maioria, a gente aprova o nosso relatório. Se não, de todo modo, já apresentei o relatório. É o que vale. A CPMI termina no dia 17 de julho, com os trabalhos concluídos, comprovando que não houve desvio de recursos públicos.

E os ruralistas vão apresentar um relatório mesmo não comparecendo às sessões...

Exatamente. Essa é a contradição. De novo, estão fazendo politicagem. Tem alguns deputados e senadores, ligados aos ruralistas, que precisam fazer prestação de contas, porque na prática fizeram muito pouco na defesa dos ruralistas na CPMI. É mais para mostrar para os setor deles que estão trabalhando. Esse relatório tem mais essa função, porque do ponto de vista objetivo não tem sentido apresentar um relatório alternativo. Até porque nem sei o que eles vão escrever nesse relatório. Vai ser mais um discuso político de campanha eleitoral, para atender os interesses do agronegócio, do que propriamente algo que trata de desvios de recursos públicos.

A partir das investigações, o que precisa ser feito para o país resolver os conflitos no campo e enfrentar o problema da pobreza dos trabalhadores rurais?

Precisamos continuar investindo bastante na agricultura familiar, o que o governo tem feito, aumentando os recursos cada vez mais. Temos que garantir que a legislação trabalhista seja aplicada, rever os índices de produtividade, incentivar cada vez mais plantios alternativos, ligados à questão de alimentos orgânicos, produzindo alimentos de qualidade e do ponto de vista nutricional adequado. E, ao mesmo tempo, acelerar e intensificar o processo de desapropriação e de reforma agrária no país. Fazer um mapeamento, por meio de georreferenciamento, de todas as terras no Brasil – tanto as que pertencem ao governo como as privadas. Definir claramente quem são os donos dessas terras e, aquelas que não forem produtivas, como diz a Constituição, devem ser desapropriadas para fazer a reforma agrária. É preciso acelerar esse processo, que teve avanços no governo Lula, mas precisamos continuar cada vez mais para fazer com que as pessoas do campo também possam ter uma qualidade de vida mais adequada.

Do Blog da Reforma Agrária (www.reformaagraria.blog.br)

sábado, 17 de julho de 2010

PARABÉNS RIO QUANDO CHEGAR EM MINAS O SHOW VAI SER MAIOR AINDA!

Com a chuva que lava a alma, o Rio canta Dilma presidente

“Podia chover canivete que eu estaria aqui hoje”, assim disse o presidente Lula no primeiro ato público em que participou na campanha para eleger Dilma presidente. Mais de 40 mil pessoas foram atraídas ao centro do Rio de Janeiro para a caminhada e comício com Dilma e o governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição.

Renato Oliveira
Caminhada
Palco histórico das manifestações democráticas e populares em defesa do Brasil, a Avenida Rio Branco recebeu milhares de pessoas. Candidatos, militantes e cabos eleitorais dos 16 partidos que apóiam a coligação “Juntos pelo Rio” percorreram o centro da cidade. A chuva, ora mais forte, ora mais fraca, apesar de atrapalhar, marcou a garra do Rio de Janeiro, que não deixou de fazer um ato expressivo apesar do mau tempo.

Após a caminhada, a Candelária foi o palco principal. O primeiro a falar foi o presidente da Alerj e candidato ao Senado Federal, Picciani, que defendeu a continuidade da aliança do estado com o governo federal. Da mesma forma, o também candidato ao Senado, Lindberg, ressaltou a união dos governos e o passado democrático do Rio de Janeiro.

O presidente Lula, em discurso que empolgou os militantes, destacou as qualidades da candidata Dilma, sua competência, lealdade e participação como ministra da Casa Civil. Lula ainda criticou a imprensa brasileira que tenta fazer com que ele não faça campanha para sua candidata (leia ao final uma análise das primeiras coberturas da mídia sobre o comício). Por fim, Lula abordou os avanços de seu governo, destacando que a Caixa Econômica Federal emprestou no mês de junho, mais que todo o ano de 2002, antes da sua posse.

O governador Sérgio Cabral, ao lado do vice-governador Pezão, falou sobre os avanços de seu governo e a parceria com o presidente Lula. Para ele, uma aliança sólida que vai ser confirmada nas urnas em outubro.

Para terminar o dia, Dilma, muito aplaudida por todos, falou sobre a importância de não errar: “Assim como o Lula não podia errar, eu, como a primeira presidente mulher, também não posso errar”. Dilma ainda enumerou as conquistas do presidente Lula e defendeu a continuidade dos avanços.

O PCdoB marcou forte presença no evento, com as bandeiras vermelhas e centenas de militantes, além de dirigentes, como a presidente estadual Ana Rocha, e de integrantes das chapas de deputados estaduais e federais, como o deputado federal Edmilson Valentim e Jandira Feghali.

O primeiro ato de Dilma no estado confirma seu favoritismo no Rio de Janeiro. As pesquisas eleitorais mostram que Cabral pode ser eleito no primeiro turno, assim como Dilma, que tem a preferência da maioria do eleitorado fluminense.

Do Rio de Janeiro
Marcos Pereira






Mídia Golpista ataca comício
Wevergton Brito Lima*

Como era de se esperar, a mídia, verdadeiro panfleto da tucanagem, empenhou-se em diminuir o êxito de um ato que, com a campanha ainda fria e sob forte chuva, atraiu milhares de pessoas.

O campeão da distorção até agora foi o portal IG. Enquanto o Globo.com seguia a estimativa da polícia e falava em 15 mil pessoas, o IG estimava a presença em apenas seis mil e ostentava a “imparcial” manchete: “Militantes pagos aumentam público de comício no Rio”. Continuando a manipulação grosseira, o IG publica uma foto de um trecho da Avenida Rio Branco vazia. O detalhe é que a foto foi tirada antes da passeata ocupar a avenida. Já o blog do Noblat afirma: “Nervosa, Dilma não arranca aplausos” e coloca também um vídeo “comprovando” crime eleitoral durante o evento. Diga-se a bem da verdade que o Noblat já declarou em sua coluna que Serra é, de longe, o mais preparado para a presidência da república. O problema do Noblat e de seus companheiros da mídia golpista é que o povo não concorda com esse arrogante diagnóstico, e para eles é difícil se acostumar com a nova realidade: manipulações, mentiras e distorções não bastam mais para ganhar eleição. No entanto, eles continuam mentindo. Afinal, é da própria natureza de uma mídia que cresceu irmanada e incentivada pela ditadura, fazer da mentira um hábito, exigindo o mesmo de seus jornalistas e colunistas que muitas vezes, na ânsia de agradar os patrões, tornam-se verdadeiros mitomaníacos. Mas, como mostrou hoje o Rio de Janeiro , o povo quer seguir em frente. Faça chuva ou faça sol.

* Jornalista e secretário de Comunicação do PCdoB-RJ

“Eles não usam black-tie”





Um dia assisti o filme “Eles não usam black-tie” sem entender muito. Estava ainda na juventude e tudo o que queria era buscar conhecimentos relacionados aos movimentos relacionados as lutas pela democratização e pela libertação das populações oprimidas. Devorei obras sobre Chê, Vargas Llossa, e tantos outros. Era muito mais intuição que um processo l ógico de escolha de leituras. Participei de protestos e greves, aliás, como tantos outros brasileiros. As conquistas eram minguadas mas, não seu significado. Cada centavo ganho em um aumento salarial eram um pedacinho de tantos sonhos que ainda estavam por realizar-se.
A eleição do primeiro Presidente da República pelo voto. A escolha pode não ter sido a mais acertada. A estrada, no entanto, começou a ser construída. Depois, dele outro, um que “estranhamente” desdisse o que havia escrito e que era parte da história de sua vida. A luta não se encerrou, esperou-se a história inteira do Brasil para chegar o dia de uma pessoa simples, dessas que, como eu ou você que andam pela rua, sem precisar de seguranças ou carro blindado. Foram oito anos de conquistas. Lembro do salário mínimo e do sonho dos cem dólares. Impossível! Vai quebrar as empresas! ... O salário mínimo superou a barreira intransponível dos conservadores e as empresas não fecharam as portas. A economia não ruiu, cresceu, geraram-se mais empregos. E onde estão os profetas do apocalipse? Juntam-se em uma nova empreitada, com outros estratagemas e o “velho e doce discurso” da experiência, de que se pode avançar mais. O trabalhador sabe que desses profissionais da lábia, da fala macia cuja pele de cordeiro esconde um lobo e que dele somente pode esperar um voraz apetite e cuja presa será o incauto que se render ao cântico das sere ias.
O Partido dos Trabalhadores tem sua história ligada a luta pelas reivindicações não é necessário nenhuma cantilhena. O nome do partido já diz o que é: Partido dos Trabalhadores. Daí a legitimidade histórica de dizer que DILMA significa melhores salários e benefícios sociais. O trabalhador já conhece a história desse filme e seus protagonistas.


Hilda Suzana Veiga Settineri
Pescado do ONÇA PINTADA