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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tide e Augusto Petta: Carta aberta a Orlando Silva


Em carta divulgada nesta sexta-feira (28), Maria Clotilde Lemos Petta (Tide) e Augusto César Petta — sogros de Orlando Silva — prestam solidariedade ao ex-ministro contra os ataques caluniosos da mídia conservadora. Tilde e Augusto ressaltam a admiração e o orgulho ao trabalho e à postura ética que Orlando manteve à frente do comando da pasta.



“É muito cruel, para nós que lutamos contra a ditadura militar, na defesa da liberdade e contra o arbítrio, vermos pessoas como você, que dedicam a vida para defender os oprimidos, serem submetidas à tortura moral, na tentativa de assassinato da sua reputação e na inviabilização do seu trabalho político”.

Leia abaixo a íntegra da carta

Querido Orlando,

Neste momento, em que você, nossa família e nosso Partido são atingidos por uma das mais sórdidas campanhas difamatórias tramadas pelo PIG (Partido Imprensa Golpista), queremos expressar nossos sentimentos.

Nós, que já acompanhávamos com muita admiração o dia-a-dia da sua vida, ficamos ainda mais orgulhosos da postura destemida e ética com que você enfrentou esse verdadeiro massacre.

É muito cruel, para nós que lutamos contra a ditadura militar, na defesa da liberdade e contra o arbítrio, vermos pessoas como você, que dedicam a vida para defender os oprimidos, serem submetidas à tortura moral, na tentativa de assassinato da sua reputação e na inviabilização do seu trabalho político.

É muito covarde a forma como as elites dominantes, que detêm todos os mais poderosos meios de comunicação para defender seus interesses escusos, manipulam as informações e divulgam, sem nenhum escrúpulo, mentiras caluniosas, atingindo pessoas e famílias honradas.

Para nós, como sindicalistas, que dedicamos grande parte de nossas vidas à luta contra as injustiças que atingem os professores e os trabalhadores em geral, é muito revoltante vermos a grande injustiça que está sendo feita a um homem que realiza um trabalho reconhecidamente competente e que contribui para que o Brasil se desenvolva de forma soberana, fraterna e justa.

Dona Vanda, sua mãe, descreve fatos que enaltecem sua linda trajetória de vida. Você é um brasileiro que, como tantos outros, começou a trabalhar ainda na infância. Vendia doce na praia para ajudar no sustento da casa. Sua mãe conta com orgulho que você sempre foi muito estudioso e que muitas vezes – como não tinha dinheiro suficiente para o transporte para chegar à escola – levantava de madrugada, ainda na escuridão, e, aconselhado por ela, contava as estrelas para que o trajeto a pé ficasse mais bonito. Ela diz que teve grande alegria quando você, conseguindo superar todas estas dificuldades, ingressou no curso de Direito da Universidade Católica da Bahia e, posteriormente, foi o primeiro e único estudante negro eleito Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Mais recentemente, ela também ficou muito feliz quando soube que você adquiriu, aos 39 anos de idade, seu primeiro e único imóvel – um terreno rural para construir sua casa. A forma como a mídia divulgou esta aquisição ultrapassou o limite do ridículo!

Acompanhamos o sofrimento de Dona Vanda, mulher simples e admirável, ao ver o filho ser insistentemente caluniado pela mídia golpista. Por ironia do destino, ela recebe, exatamente no dia do seu aniversário, a notícia de que seu filho não é mais Ministro do Esporte!

Entretanto, o que pode parecer ser uma derrota é só o final de uma batalha, que não é a primeira e nem será a última de uma guerra sem tréguas. Temos a certeza de que você, com sua força e determinação, sai desta batalha como um líder maior . A vida se encarregará de desmascarar os caluniadores e esclarecer a verdade aos homens e mulheres de bem que hoje – por desconhecimento, ingenuidade ou falta de consciência política – são induzidos a acreditar nessas calúnias. O tempo se encarregará de restabelecer a verdade.

Temos a convicção de que, com sua competência e brilhantismo, tendo como base um Partido unido, coeso e mais amadurecido com essa experiência, você ocupará outros espaços na luta, continuando a exercer o papel importante que lhe cabe neste momento da história de nosso País.

No fim desta batalha, queremos que saiba que estamos ainda mais orgulhosos de ter você como companheiro da Tininha, nossa filha, e pai da Maria, nossa neta.

Hoje, os que tramaram contra você, nossa família e nosso Partido certamente estão comemorando! Mas não podemos nos esquecer de uma frase de Che Guevara: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”.

Um grande abraço!

Maria Clotilde Lemos Petta (Tide) e Augusto César Petta
 
Fonte : Vermelho

Antônio Carlos de Almeida Castro: Uma verdade encomendada


Um profundo abismo separa a interpretação política da realidade técnica de uma investigação.

Por Antônio Carlos de Almeida Castro*


Quando fui procurado pelo ex-ministro Orlando Silva, ele foi categórico ao afirmar que não havia hipótese de aparecer qualquer fiapo de prova, indiciária que fosse, contra ele, pois jamais teria cometido irregularidade alguma. Naquele momento, uma denúncia vazia e irresponsável já havia tomado ares de verdade no noticiário nacional.

O denunciante, embora desqualificado, espalhou no ar penas e plumas da calúnia, com a fluidez da inconsequência. Quando isso acontece, é impossível ao homem de bem repor integralmente sua honra. É uma tragédia!

O então ministro, em defesa, foi às autoridades competentes e acionou o procurador-geral da República para que investigasse os fatos.

E, em seu nome, desafiei a quem quer que fosse para que apresentasse prova que ligasse o ministro do Esporte a qualquer ato ilícito. O delator foi à Polícia Federal, entregou documentos e fitas e ressaltou que absolutamente nada ligava o ministro diretamente às denúncias, o que foi confirmado pelo delegado responsável pela investigação.

Nos últimos anos, a Procuradoria-Geral da República tem adotado uma postura que me parece serena e prudente: quando toma conhecimento de uma denúncia, oferece à autoridade a oportunidade de se explicar, antes da abertura de um inquérito.

No caso concreto, o doutor Roberto Gurgel houve por bem, em vez de determinar a apuração prévia dos fatos, requerer a abertura de inquérito no STF. E o fez com base em representações assinadas por deputados de oposição, desprovidas de documentos ou quaisquer outras provas, apenas com cópias de reportagens jornalísticas.

O principal interessado em uma investigação séria, célere e eficiente é o próprio Orlando Silva. Por isso mesmo cuidei de ressaltar à ministra Cármem Lúcia, relatora do feito, a importância de se permitir o acesso da imprensa ao inquérito, para demonstrar que nada existe contra o ministro.

Mas a leitura política é outra, e é avassaladora: o Supremo Tribunal investigava o ministro!

É necessário prudência nesta hora. Não me cabe comentar o viés político, mas o cidadão, qualquer que seja ele, não pode ficar refém de julgamentos antecipados, de interpretações oportunistas.

Ora, no Estado de Direito, o primeiro direito do cidadão, por paradoxal que possa parecer, é o de ser bem acusado, com uma acusação definida e precisa.

Contra o ex-ministro não pesa nada neste inquérito, cuja abertura ele requereu. É dever do homem público colocar-se à disposição para prestar todo e qualquer esclarecimento e apoiar a investigação, mas é necessário que os princípios da presunção de inocência, da ampla defesa e do devido processo legal sejam preservados.

O massacre moral e a antecipação de culpa não servem à democracia, só fazem com que voltemos às trevas do obscurantismo, só servem a uma briga política insana, que arrasa os mais comezinhos princípios de direito.

Quando se pede para cumprir a Constituição Federal, aguardando-se as conclusões da investigação, pede-se pouco, apenas que se dê ao investigado o mesmo tratamento que almejaríamos receber em uma situação idêntica.

Ninguém está acima da lei, e a investigação é necessária, mas permitir que se comece a investigação pela execução da pena, com execração pública, implica inverter e desprezar as conquistas garantistas duramente consolidadas.

Em nome desse princípio é que proponho que acompanhemos a investigação, mas sem conclusões antecipadas, sob pena de se instalar a barbárie e o extermínio moral.

É preciso deixar que a verdade possa aparecer, não que se imponha sobre o Estado de Direito uma verdade encomendada.


* Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é advogado criminal

Fonte: Folha de S. Paulo

Presidente da CNTur dá testemunho da honradez de Silva


Em ofício, Nélson de Abreu Pinto, presidente da Confederação Nacional do Turismo – CNTur, manifesta sua solidariedade ao então Ministro do Esporte, Orlando Silva, criticando o sensacionalismo da mídia e elogiando o trabalho de Silva à frente da pasta. Veja o texto na íntegra:


Brasília, 25 de outubro de 2011

Excelentíssimo senhor Orlando Silva
Ministro de Estado do Esporte
Ministério do Esporte

Senhor Ministro,

Em nome da diretoria da Confederação Nacional do Turismo - CNTur e em meu nome pessoal,

serve o presente oficio para levar a Vossa Excelência, pelo seu Ministério, pelo seu partido e

pela sua pessoa a nossa total soiidariedade para que não se deixe abater pelos ataques

sórdidos manifestados por pessoas desqualificadas que objetivam através do sensacionalismo da mídia, denegrir a sua honra e imagem de homem público e de cidadão que tantos e relevantes serviços têm prestado ao País.


Desta forma Sr. Ministro, coloco a minha solidariedade e o meu testemunho, da sua honradez

e do excelente serviço que vem sendo prestado ao Pais a frente do Ministério dos Esportes,

para que Vossa Excelência no momento que julgar conveniente contar com o meu apoio, da

CNTur e do segmento do Turismo que tenho a honra de representar.


Sr. Ministro, permita-me ainda confortá-lo com as célebres palavras e pensamentos que dizem

Os cães Iadram e a caravana passa” e “ninguém atira pedras em árvores que não dão frutos”.


Atenciosamente,

Nélson de Abreu Pinto

Presidente
Wikileaks aponta Wiliam Waack como informante do governo dos EUA

O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo norte-americano, segundo post do blog Brasil que Vai – que citou documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses. De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.


Por essa razão, ainda segundo o texto, é que se sentiu à vontade para protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.

O post informa ainda que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses estadunidenses, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte-americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” – no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência norte-americana de inteligência] nas instituições do país”.

O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.

Fonte: R7

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Altamiro Borges: Quem será o próximo?

Blog do Altamiro Borges


Depois de quase duas semanas de criminoso linchamento midiático, agora é oficial. Orlando Silva não é mais ministro do Esporte. “Eu pedi afastamento para defender a minha honra e o próprio governo… Em poucos dias, poucas semanas, a verdade aparecerá. Estou indignado”, afirmou o ex-ministro. O clima no Palácio de Planalto é de desolamento diante do desastroso desfecho do caso.
Já nos portais dos impérios midiáticos o clima é de euforia. A chamada grande imprensa se considera a principal vitoriosa em mais esta batalha da luta de classes. Ele se acha dona do país, capaz de pautar a política e derrubar ministros. A decadente oposição demotucana, composta por muitos políticos mais sujos do que pau de galinheiro, também comemora a vitória da “ética”. Puro cinismo!
A mídia não recua na sua artilharia
A mídia murdochiana tem, de fato, motivos para festejar. Mais uma vez ela conseguiu pautar o governo Dilma. O primeiro tiro foi dado pela revista Veja, há duas semanas, quando abriu espaço privilegiado a um policial bandido, acusado e preso por corrupção, para difamar o ex-ministro, sem qualquer prova. Logo na sequência, o Fantástico, da TV Globo, amplificou a campanha de calúnias.
Seguindo os padrões de manipulação da mídia, tão bem descrito no obrigatório livro de Perseu Abramo, os jornalões e telejornais mantiveram a queimação por quase dez dias. Até por questão de honra – honra mafiosa – era evidente que a mídia não recuaria na sua artilharia pesada. O ministro demonstrou altivez e coragem para resistir aos ataques criminosos nestes dias infernais.
“Dilma a reboque da mídia”
O desfecho do episódio dá razão ao colunista da Folha, Fernando Rodrigues, que se jactou do poder da imprensa para derrubar ministros. Para ele, a presidenta só demorou na decisão porque “não quer consolidar a imagem que existe – e é verdadeira – de que ela foi sempre a reboque da mídia nas demissões de todos os seus ministros”. Haja arrogância! O triste é que a cedência é verdadeira!
Diante da demissão de Orlando Silva, fica a pergunta: quem será o próximo ou a próxima a cair no governo Dilma? Em apenas dez meses de gestão, seis ministros já foram defenestrados – um recorde desde a redemocratização do país, em 1985. Na prática, a mídia demotucana pauta o governo. Ela “investiga”, julga, condena e fuzila… e o Palácio do Planalto cede!
Lista macabra dos jagunços midiáticos
Lembrando as macabras listas de assassinatos no campo, os jagunços midiáticos já anunciam as futuras vítimas. O UOL já fez uma ficha dos “ministros sob suspeita” – que inclui, até, o pragmático ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O Estadão afirma que o próximo alvo é o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. E alguns portais miram no ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT em São Paulo.
De ministro em ministro, a mídia demotucana visa sangrar é a própria Dilma Rousseff. Mas, sabe-se lá por que razão – talvez algum marqueteiro preocupado com a chamada “classe média” ou algum pragmático que prega moderação -, a presidenta mantém-se impávida. Até convida FHC para jantar no Palácio do Planalto. Quando chegar a sua vez, talvez seja tarde para resistir!

ANALFABETOS DA FOLHA DE S.PAULO (os mesmos que fugiram como ratos da audiência pública da Câmara para debater a censura ao blog Falha de S.Paulo)

Clique sobre a imagem para aprender conjugação verbal com os prodigiosos jornalistas contratados a dedo pelo titã da Imprensa Otávio Frias Filho

Queda do ministro serve de alerta 

 
O lamentável episódio da queda do ministro Orlando Silva deveria servir de alerta às forças democráticas da sociedade brasileira – que lutaram contra as torturas e assassinatos na ditadura militar e que, hoje, precisam encarar como estratégica a luta contra a ditadura midiática, em defesa da verdadeira liberdade de expressão e da efetiva ampliação da democracia no Brasil.
A mídia hegemônica hoje tem um poder tão descomunal que ela “investiga”, sempre de forma seletiva (blindando seus capachos); tortura (seviciando, inclusive, as famílias das vítimas); usa testemunhas “bandidas” (como um policial preso por corrupção, enriquecimento ilícito e suspeito de assassinato); julga (sem dar espaço aos “acusados”); condena (como nos tribunais nazistas); e fuzila!
Um pragmatismo covarde e suicida
Ninguém está imune ao poder ditatorial da mídia, controlada por sete famílias – Marinho (Globo), Macedo (Record), Saad (Band), Abravanel (SBT), Civita (Abril), Frias (Folha) e Mesquita (Estadão). Como o império Murdoch, hoje investigado por seus subornos e escutas ilegais, a mídia nativa é criminosa, mafiosa, sádica e abjeta. Ela manipula informações e deforma comportamentos.
Não dá mais para aceitar passivamente seu poder altamente concentrado, que, como disse o governador Tarso Genro – pena que não tenha agido com esta visão quando ministro da Justiça –, ruma para um “fascismo pós-moderno”. Essa ditadura amedronta e acovarda políticos sem vértebra, pauta a agenda política, difunde os dogmas do “deus-mercado” e criminaliza as lutas sociais.
Três desafios diante da ditadura midiática
Esta ditadura é cruel, sem qualquer escrúpulo ou compaixão. Ela utiliza seus jagunços bem pagos, sob o invólucro de “colunista” e “comentaristas”, para fazer o trabalho sujo. Muitos são agentes do “deus-mercado”, lucram com seus negócios rentistas; outros são adeptos da “massa cheirosa”, das elites arrogantes e burras. Eles fingem ser “neutros”, mas são adoradores da direita fascistóide.
Enquanto não se enfrentar esta ditadura midiática, não haverá avanços na democracia brasileira, na luta dos trabalhadores ou na superação das barbáries capitalistas. Neste enfrentamento, três desafios estão colocados:
1- Não ter qualquer ilusão com a mídia hegemônica; chega de babaquice e servilismo diante da chamada “grande imprensa”;
2- Investir em instrumentos próprios de comunicação. A luta de idéias não é “gasto”, é investimento estratégico;
3- Lutar pela regulação da mídia e por políticas públicas na comunicação, que coíbam o poder fascista do império midiático.

Chega de covardia diante dos fascistas midiáticos
O criminoso episódio da tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel em Brasília parece que serviu de sinal de alerta ao PT. Em seu encontro nacional, o partido aprovou a urgência de um novo marco regulatório da comunicação. Um seminário está previsto para final de novembro. Já no caso da queda Orlando Silva, o clima é de total indignação e revolta.
Que estes trágicos casos sirvam para mostrar que, de fato, a luta pela democratização da comunicação é uma questão estratégica. Não dá mais para se acovardar diante da ditadura da mídia. O governo Dilma precisa ficar esperto. Hoje são ministros depostos; amanhã será o sangramento e a derrota da própria presidenta e do seu projeto, moderado, de mudanças no Brasil.
Superar a choradeira e a defensiva
A esquerda política e social precisa rapidamente definir um plano de ação unitário de enfrentamento à ditadura midiática. As centrais sindicais e os movimentos populares, tão criminalizados em suas lutas, precisam sair da defensiva e da choradeira. Os partidos progressistas também precisam superar seu pragmatismo acovardado. A conjuntura exige respostas altivas e corajosas!
É urgente pressionar o governo Dilma Rousseff, pautado e refém da mídia, a mudar de atitude. Do contrário, não sobrará que defenda a continuidade deste projeto, moderado, de mudanças no Brasil. A direita retornará ao poder, alavancada pela mídia! Aécio Neves, o chefe de censura em Minas Gerais, será presidente! E ACM Neto, o herói da degola de Orlando Silva, será o chefe da Casa Civil!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESTÃO CHEGANDO NA GLOBO! É QUESTÃO DE TEMPO...

Senado ouve jornalista inglês sobre Ricardo Teixeira e ISL/Globo

O jornalista inglês Andrew Jennings desembarcou no Brasil e, na quarta-feira, será ouvido no Senado.

Jennings tem denúncias que assegura poder comprovar, com documentos, sobre as participações de Ricardo Teixeira (presidente da CBF), João Havelange (ex-presidente da Fifa) e Joseph Blatter (presidente da Fifa) em contratos fraudulentos da empresa ISL.

 Jennings afirma que o trio esteve envolvido e recebeu propinas na época. Os documentos são guardados no tribunal de Zug, na Suíça, e a condenação foi mantida em sigilo porque, no último ano, os envolvidos devolveram as quantias recebidas.
 O jornalista afirma ter tido acesso aos documentos e diz poder provar que Teixeira e Havelange estiveram envolvidos na falência da ISL. (Do portal Terra)

Em tempo: A denúncia no tribunal de Zug teve início com o pagamento pela TV Globo do sinal de US$ 60 milhões à ISL pelos direitos de transmissão da Copa-2002. A ISL desviou este dinheiro para o paraíso fiscal de Liechtenstein (confira
aqui).

PF inicia outra investigação sobre Ricardo Teixeira



O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Ricardo Teixeira, será alvo de uma segunda investigação por parte da Polícia Federal, sobre crimes financeiros.


O dirigente brasileiro já investigado por conta de um inquérito aberto no Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público. As acusações do MP apontam para um envolvimento de Teixeira, junto com seu irmão, Guilherme, em um esquema de lavagem de dinheiro, que incluiria a sua empresa Sanud.


Já o Ministério Público de São Paulo pede a investigação de Ricardo Teixeira sobre a aquisição de um avião particular junto a empresa Cessna. Na nota da compra, o valor desembolsado pela aeronave teria sido de U$ 1, menos de R$ 2.


O esquema ainda poderia incluir a TAM, parceira da CBF, que entraria ao tentar adquirir o avião, cedendo em troca um jatinho para Ricardo Teixeira. O complexo esquema ainda envolveria a empresa Brasil 100% Marketing, que teria adquirido o avião por R$ 17 milhões.

E AINDA FALAM EM LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

 O FLAGRANTE DA CENSURA DO GOVERNO RICHA SOBRE O DISCURSO DE DILMA

Discurso de Dilma em Curitiba - Transmissão é-Paraná (TV Educativa) x NB...

No último dia 13, a presidenta Dilma teve o discurso censurado pela TV do governo do Paraná (Beto Richa, do PSDB) durante cerimônia para a liberação de R$ 1,7 bi para obras da primeira etapa do metrô em Curitiba.

O vídeo acima mostra o flagrante do momento da censura. Enquanto Dilma discursava, e o canal NBR transmitia, a TV do governo paranaense cortou e colocou um desenho animado no ar.


O ministério das Comunicações foi acionado para investigar a ocorrência. Se, analisando a grade de programação, ficar comprovada a caracterização da censura, o caso será denunciado ao Ministério Público Federal. (com informações do
Esmael)

Brasil: comunidade Cidade de Deus inaugura banco próprio

Ricardo Plim-Plim Teixeira por trás da derrota da Seleção no PAN - diz jornalista da Record

Foto de Arquivo - Roberto Irineu Marinho (presidente da TV Globo), e Ricardo Teixeira (presidente da CBF) em visita a Gilmar Mendes (presidente do STF, nesta época).

Cosme Rímoli, blogueiro do portal R7, diz que a derrota da Seleção Brasileira sub-20 para a Costa Rica no Pan-Americano de Guadalajara tem nome e sobrenome: Ricardo Plim-Plim Teixeira.

O blogueiro diz aquilo que todo mundo pensa: Teixeira, por estar brigado com a TV Record, detentora dos direitos de transmissão do PAN, enviou uma seleção fraca, para perder, e para não dar audiência à concorrente da TV Globo:

A imprensa internacional que não conhece as tristes entranhas do futebol brasileiro ficou pasmada.
"Mas o Brasil não foi campeão mundial sub-20?", me perguntavam.
...
O time que foi à Colômbia era totalmente diferente.
...
O que veio aqui [no PAN] não.
Não por culpa dos meninos que vieram, repito.
Mas porque não houve interesse da CBF em montar uma equipe de verdade.
....
Foi uma crueldade.
Não com a Record.
Mas com o futebol brasileiro.
Com os torcedores.
E até com os meninos.
....
As pessoas precisam entender o que está por trás dos fatos.
...
Ninguém quer saber se foi o time que Teixeira permitiu que viesse ao Pan.
A camisa da Seleção precisa ser respeitada.
Por mais que a pessoa tenha interesses mesquinhos.
Globais, até.
...
O futebol do Brasil saiu pela porta dos fundos do Pan de 2011...

E AGORA JOÃO?

Na PF, João Dias diz não ter provas contra Orlando Silva

O policial militar João Dias, desmentiu o que havia dito na revista Veja, quando prestou depoimento hoje (24) na Polícia Federal (PF).

Disse não ter provas contra o ministro do Esporte, Orlando Silva.


O policial entregou à PF treze arquivos de áudio (nenhum com o ministro), um celular, documentos em sua posse de convênios do Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte (que, provavelmente, a Polícia Federal já tem cópias, pois investiga este caso desde 2010).


A PF informou que o laudo da perícia das gravações feitas por Ferreira, autor de denúncias sobre a existência de um esquema de corrupção no Ministério do Esporte, devem ficar prontas no final da próxima semana. (da
Agência Brasil).

Leia também:

-
R$ 150 mil para evitar publicação de matéria na revista Veja - revela o Estadão

EXCELENTE PARA UMA BOA REFLEXÃO!

 
 
 
 
Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do  Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.  Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação! Estamos construindo super-homens e super  mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente  infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se  apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este  tênis,  usar esta camisa, comprar este carro,você chega lá!' O problema é  que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba  precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental  três requisitos são indispensáveis: amizades,  autoestima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping-center. É curioso: a maioria dos shoppings-centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de  missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Deve-se passar cheque pré-datado, pagar a crédito,  entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo  hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:...  
"Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser Feliz"!!!
 
 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cadê o Célio Soares Pereira? Será o Célio do panetone do Arruda?


Estão escondendo Célio Soares Pereira no noticiário, o "faz-tudo" do PM João Dias Ferreira, segundo a revista Veja:


Será que o Célio Soares Pereira, funcionário de confiança da turma do Arruda, é o mesmo "faz-tudo" da revista Veja? Ou é homônimo?

Ambos são radicados em Sobradinho.


http://www.buriti.df.gov.br/ftp/diariooficial/2007/06_Junho/DODF%20121%20%2026-06-2007/Se%C3%A7%C3%A3o02-%20121.pdf
No Diário Oficial do DF, de 28/06/2007 (início do governo demo-tucano de Arruda), está aí um Célio Soares Pereira, nomeado Assistente da Diretoria em Sobradinho.

O órgão pertence à Secretaria de Governo do Distrito Federal, cujo secretário era Zé Humberto (José Humberto Pires de Araújo), da confiança de José Roberto Arruda, e que caiu com ele, na Operação Caixa de Pandora (Mensalão do DEM), também suspeito de desvios de dinheiro público.
 Célio Soares Pereira, também foi exonerado em seguida ao mensalão do DEM (pág. 33 do Diário Oficial do DF, dia 19/11/2009):
EXONERAR CELIO SOARES PEREIRA, matrícula 088068-X, do Cargo em Comissão, Símbolo DFA-08, de Assistente, da Diretoria de Serviços, da Administração Regional de Sobradinho II, da Coordenadoria das Cidades, da Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal.
Veja pega na mentira: caiu em contradição

Se confirmar que o Célio faz-tudo da Veja é o Célio do Arruda, a revista não tem mais como negar que mentiu de má-fé.

Com um texto para enrolar o leitor e querer qualificar o acusador apenas como pai de família, a revista diz que Célio é "casado, pai de 6 filhos, curso superior de direito inconcluso"... (só faltou dizer que foi coroinha e escoteiro, quando criança), e que ATUALMENTE trabalha como gerente de uma academia do PM João Dias.


Este é o acusador que diz, sem qualquer prova, ter entregue uma caixa de papelão com dinheiro "no fim de 2008" dentro da garagem do ministério (uma versão difícil de acreditar, uma vez que é lugar público e exposto, deve ter testemunhas como seguranças, motoristas e câmeras de vigilância).


Com uma acusação tão grave como esta, e a revista se interessando até pelo nº de filhos (o que nada importa para o assunto da matéria), será possível que não perguntou onde trabalhava nesta época, "no fim de 2008"?


A revista se esquiva dizendo que ele era uma espécie de "faz-tudo", para enrolar o leitor e não dizer onde ele trabalhava de fato (ao que tudo indica, no governo de Arruda, adversário político do PCdoB, o que torna a estorinha mais complicada de enganar leitores). É pura má-fé.

 Sobras de Campanha de Roriz vão parar na revista Veja, Globo, Estadão e Folha
O PCdoB já emitiu nota dizendo que o PM João Dias filiou-se antes das eleições de 2006 e desfiliou-se em 2007, após as eleições. A maioria da imprensa, além de continuar mentindo ao dizer que ele é filiado no presente, não teve a curiosidade de perguntar se ele tem ou teve outra filiação partidária após isso.

Ao que tudo indica, seu "faz-tudo" era ligado a algum partido da base de José Roberto Arruda.


Os meios políticos de Brasília toda sabe que em 2010 ele trabalhou a favor da campanha da mulher de Joaquim Roriz, municiando com denúncias que não se comprovaram.


Veja, Globo, Estadão, Folha esconderam isso do leitor o tempo todo durante os ataques para derrubar Orlando Silva. Estes órgãos de imprensa, literalmente, recolheram as fontes de denúncias das sobras de campanha da família Roriz.


A Folha resolveu contar esse vínculo ao leitor atrasado, só no dia 19, depois de ver que o Ministro não caiu, e que, na audiência da Câmara, transmitida pela TV, vários depu
tados expuseram essa folha corrida do PM.

Velha imprensa: de porta-voz da ditadura a porta-vez de bandidos

Agora virou moda. A velha imprensa porta-voz da ditadura, virou porta-voz de todos os picaretas que foram autuados pelo ministério do Esporte para devolver dinheiro público desviado, e se fazem de "vítimas" do ministério, com qualquer denúncia inventada sem qualquer prova, sem materialidade, só na lábia.

Na hora que se exige provas, as únicas provas que existem são exatamente o contrário: é o ministério que tem provas contra os picaretas, através de relatórios comprovando irregularidades, fraudes, e cobrando a devolução do dinheiro público.


Neste sábado, o ministério do Esporte teve que emitir 3 notas oficiais desmentindo os 3 principais jornalões e a revista Veja, cada um com uma denúncia fraca, ou só na lábia, ou com sinais invertidos (interpretando provas de honestidade como se fosse desonestidade).


1) Folha de São Paulo:


Ministério exige retratação do jornal.


O jornal pegou uma pauta, não apurou, e fez uma matéria de capa com acusações pesadas: afirma que um político do PP, apresentado apenas como pastor David Castro, acusa de receber pressões de alguém do ministério para pagar 10% ao PCdoB de um convênio de sua Igreja Batista Gera Vida.


Tudo baseado apenas na lábia, com inconsistências graves que nenhum jornalista sério publicaria sem apurar:

- David Castro, o suposto "denunciante" se recusa a apresentar o nome do suposto servidor que o teria pressionado, e nem mesmo informa o cargo que seria ocupado por esse suposto servido;
- O pastor e político do PP é cobrado pelo Ministério do Esporte para devolver dinheiro desviados;
- David Casto já responde ao Ministério Público Federal por irregularidades em convênio;
- O jornal afirma na capa que quem assinou o convênio foi o ministro. Não apurou. O ministério desmentiu.

- Se era para repassar ao PCdoB por que fazer convênio com político do PP?


O link da nota oficial completa do ministério do Esporte:
http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7656

2) O jornal O Globo trouxe matéria “Esporte contrata ONG ligada a servidor da pasta”, pegando gancho no Estadão (abaixo). Eis o link da nota oficial do ministério:
http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7657

3) O jornal Estadão divulgou desde ontem uma notícia que atesta a honestidade da mulher de Orlando Silva, mas deturpa como se houvesse algo errado.


O ministério do Esporte respondeu no link:
http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7658

O ministério da justiça respondeu no link:
http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ7CBDB5BEITEMIDDFC7CDDBE2484810957F7286818B9E57PTBRNN.htm
 4) Revista Veja: Eis a íntegra da resposta do Ministério:
22/10/2011 às 20h19 - Resposta à edição de Veja de 22 de outubro  

A Veja segue veiculando acusações caluniosas, sem provas,  de uma única e desacreditada fonte:  João Dias Ferreira, denunciado pelo Ministério do Esporte por desvio de dinheiro de convênios.


A revista repete, esta semana, a mesma prática. Na edição passada, editou na capa que o ministro teria recebido dinheiro na garagem do ministério, fato nunca comprovado. Agora, utiliza uma suposta gravação e cita supostos trechos, partes de frases, palavras isoladas, com o intuito claro de induzir os leitores.

Manipulação

A manipulação começa já na abertura da reportagem. A revista faz uma montagem e cola sobre uma foto do ministro a frase entre aspas: “ A coisa fugiu do controle”, declaração que o ministro nunca fez.  

Providências

O ministro Orlando Silva determinou a imediata apuração das denúncias.


1 – O Ministério do Esporte vai requerer que essas supostas gravações sejam incorporadas ao inquérito aberto pela Polícia Federal;


2 – O Ministério do Esporte adotará os procedimentos administrativos cabíveis para apurar eventuais responsabilidades de servidores.

Insinuações e fantasias

Na edição desta semana, a revista faz nova calúnia. Afirma que assessores teriam ajudado João Dias a enganar a fiscalização do próprio ministério.  Essa insinuação é primária e leviana. 


O jornalista, de forma fantasiosa, se refere a “reunião ocorrida em abril de 2008” como tendo sido uma reunião “inexplicável, inacreditável e reveladora”. Essa reunião é assunto requentado e fartamente tratado ao longo da semana pelos jornais diários.


De forma também fantasiosa, a revista diz que quatro dias depois da referida reunião o ministério “enviou à PM/DF um documento pedindo que ofício anterior fosse desconsiderado”. Assunto também amplamente discutido na semana que passou.


A reportagem omite ofício  (conhecido por Veja) encaminhado por  João Dias, no dia 7 de abril de 2008, pedindo  prorrogação de prazo para apresentar nova prestação de contas.


Veja informa de maneira imprecisa (“sobre a abertura de uma auditoria nos convênios’, esse teria sido o assunto do referido terceiro ofício segundo Veja”) sobre ofício enviado pelo Ministério do Esporte à PM/DF em agosto de 2009 quando foi determinada a abertura de Tomada de Contas Especial para a devolução de aproximadamente R$ 4 milhões por João Dias aos cofres públicos. 


Quem está cobrando de João Dias é o ministério. Quem tem provas contra João Dias é o ministério.


Todas Tomadas de Contas Especiais para reaver dinheiro desviado de convênios foram abertas por iniciativa do Ministério do Esporte, como determina a lei. É importante ressaltar que o processo de tomada de contas obedece ao seguinte fluxo: (1) o Ministério, ao tomar conhecimento de qualquer fato que possa resultar em prejuízo do erário, promove a apuração dos fatos, identifica os responsáveis e quantifica o dano causado; (2) providencia a inscrição da inadimplência; (3) promove o registro dos causadores do dano ao erário na conta “DIVERSOS RESPONSÁVEIS” do SIAFI; (4) encaminha o processo à Controladoria Geral da União (CGU) para análise e manifestação; (5) retornando o processo com manifestação favorável da CGU emite pronunciamento do Ministro do Esporte atestando haver tomado conhecimento dos fatos e determinando a remessa do processo ao TCU.


Informações obtidas no site da CGU, relativas ao período de 2002 até junho de 2011, indicam que foram instauradas 12.001 tomadas de contas no âmbito da Administração Pública Federal, sendo que, desse quantitativo, 67 foram instauradas pelo Ministério do Esporte, representando R$ 50.443.649,57, o que corresponde a 0,56% do total de processos, e 0,73% do valor total de recursos cobrados. Portanto, a informação veiculada na matéria não corresponde aos números constantes no site da CGU.

A Veja chegou velha às bancas

Ao contrário do que diz a revista que “a presidente Dilma Roussef, desde o início do governo insatisfeita com o desempenho de Orlando...” na sexta-feira, 21 de outubro, em audiência com a Presidenta, o ministro Orlando Silva recebeu a recomendação de continuar trabalhando normalmente e ter paciência. Nesse ponto, também, a revista está desinformando os leitores. Veja chegou velha às bancas.

Manter Orlando Silva é a melhor trincheira que Dilma tem para sair da pauta única da "faxina"

Partindo do pressuposto de que o ministro Orlando Silva esteja falando a verdade (e sua atitude indica que sim, além dos fatos e evidências estarem a seu favor), é estratégico para a Presidenta Dilma mantê-lo no cargo, porque é o melhor trunfo para seu governo livrar-se da agenda negativa de uma nota só da "faxina", arquitetada por FHC e seguida meticulosamente pela velha imprensa demo-tucana.

Orlando Silva é uma trincheira não vulnerável que manterá a velha imprensa presa na tentativa de derrubá-lo até cansar, enquanto se faz o contra-ataque à essa trapaça da oposição.


Orlando Silva é a grande trincheira não vulnerável porque:


- ele tomou as providências corretas que deveria tomar a respeito dos convênios irregulares;

- ele não cedeu à chantagens de quem o ameaçava com escândalos políticos;
- ele chamou a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, prestou esclarecimentos à imprensa e ao Congresso;
- fraudes existem contra qualquer órgão ou ministério, como há fraudes contra a Previdência, contra o SUS, contra a Receita Federal, etc. O importante é combater os fraudadores, e isso o ministro fez.
- não aparecem provas contra ele. Ele desafia que possam exisitir, e a Polícia Federal não encontrou prova nenhuma contra ele;
- é ele quem tem provas contra quem o acusa, na forma de procedimentos oficiais para reaver o dinheiro público em convênios fraudados ou não cumpridos, e encaminhou as irregularidades à Polícia Federal, CGU, TCU e Ministério Público.
- a revista Veja já mudou a estória, não apresentou o áudio, nem a transcrição na íntegra, e ainda por cima recheou supostos diálogos com narrativa da própria revista, o que contamina qualquer credibilidade jornalística, além de não permitir verificar o real contexto dos supostos diálogos.
- a suposta gravação, ainda que fosse tudo aquilo que a revista Veja diz ser, envolve funcionários que eram do 3º escalão do ministério na época dos acontecimentos, não alcançando diretamente o ministro. Se ainda estiverem no ministério, e se as gravações exisitirem de fato e se tiver maracutaia dos funcionários, quem deve ser demitido são os funcionários;
- seu principal acusador, o PM João Dias perdeu qualquer resquício de credibilidade, ao mentir em público, quando disse estar doente na terça-feira de manhã, para não depor na Polícia Federal, e de tarde estava saudável reunido com senadores e deputados da oposição;
- o PM João Dias já caiu em contradição várias vezes;
- os demais detratores do ministério do esporte também carecem de credibilidade, pois estão envolvidos nos esquemas de fraudes em convênios, arrolados em processos já em curso na Polícia Federal, e fizeram parte da campanha eleitoral da mulher de Joaquim Roriz em 2010;
- o partido do ministro está unido lhe dando sustentação política;
- a militância está com a faca entre os dentes, refutando todas as contradições das "reporcagens";
- ele mostrou disposição para enfrentar até mesmo o linchamento;
- pelo que se saiba, não há sinais de enriquecimento ilícito do ministro, e seu patrimônio é modesto para um ministro e compatível com seu padrão de renda (o jornal Folha de SP tentou atacá-lo sobre a compra de um terreno, e praticamente passou um atestado de honestidade ao ministro);
- o Ministério do Esporte é o tipo de ministério que funciona, mesmo com o ministro sob fogo cerrado algum tempo. Não pára a máquina pública;
- a presença do ministro no cargo, mesmo sob ataque, também não interfere nas diretrizes do governo para a Copa-2014, já que as grandes decisões dependem também de outros ministérios que podem dar suporte;

Enfim, Orlando Silva é uma fortaleza para Dilma que a imprensa oposicionista não conseguirá conquistar, a menos que o governo, ou o PCdoB ou o próprio ministro desistam de defender.


E é nessa fortaleza que o governo tem a oportunidade de ir até as últimas consequências e travar a guerra da honra contra a calúnia, da verdade contra a mentira, da justiça contra a injustiça, da política pública e republicana contra a conspiração trapaceira, e virar a página do denuncismo desvairado.


Além da resistência, para virar o jogo e contra-atacar, basta ao governo fazer melhor uso da arma que tem subutilizado: a comunicação.


Notas oficiais dos ministérios são importantes e devem ser ágeis, virem como resposta rápida e convincente, como tem sido. Mas é preciso ir além, porque só são noticiadas pela imprensa em cantinhos de página, e acabam ignoradas pelo grande público.


Entrevistas de quem é atacado, também. Mas não basta, porque fica apenas a imagem de um ministro contestando "bandidos".


Se há um delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito, que dê uma entrevista coletiva, todo dia se for preciso, para dizer o que há e o que não há de provas e fundamentos sobre o que já foi investigado, e sobre o andamento das investigações. Sobre o que saiu na imprensa e não denunciado ainda à PF, dizendo-se à disposição para receber as denúncias.


Assim inverte-se a pauta na imprensa. Em vez de conduzida apenas pela voz de bandidos, passa a impor a voz de um delegado da Polícia Federal, com autoridade suficiente para esclarecer a verdade dos fatos, sem factóides.


A Presidenta pode e deve se preservar. Pelo seu cargo, não deve colocar a mão no fogo por ninguém, seja quem for, mas não precisa deixar de contra-atacar com a racionalidade.


Por exemplo: em entrevistas, quando perguntada sobre as denúncias, basta dizer que a Polícia Federal está investigando tudo, doa a quem doer, e é preciso aguardar as apurações do que há de verdade, porque já foram verificadas algumas mentiras no que saiu publicado. Além disso, se apenas o falatório valesse como prova, a revista Veja já teria que ser pré-condenada por receber suborno, pois nas mesmas acusações contra o ministério do esporte, há acusação contra a revista, de cobrar R$ 150 mil para não publicar matérias.


Enquanto isso, as investigações da Polícia Federal avançam, e os culpados de fato vão aparecendo e sendo revelados ao público, nas próprias entrevistas coletivas do delegado.


Ao fim do inquérito, se constatado a inocência do ministro como acredita-se, e entregando os verdadeiros culpados para responderem processo na justiça, a Presidenta terá feito a "faxina" na corrupção, e com justiça a quem é inocente. O ministro não só será inocentado, como co-responsável pela "faxina", pois muitos processos que estão usando contra ele, foi o próprio ministério do Esporte que deflagrou contra os verdadeiros meliantes, e enfrentou seu acusações justamente por não ceder à chantagens de ameaça de escândalo.


A imprensa venal não dará direito de resposta na proporção que deveria, mas o ministro pode convocar entrevista coletiva, e uma rodada de entrevistas exclusivas em vários veículos, para provar o desmentido de cada uma das calúnias que recebeu da imprensa.


A Presidenta também pode faturar politicamente, se quiser. Pode prestigiar o ministro, findo este processo, e chamar às falas a imprensa venal, citando cada caso, e cobrar em público a reparação das calúnias perpetradas sem provas.


O governo sairá mais forte do processo, e a imprensa venal estará às voltas com mais um vexame e perda de credibilidade. E será bem feito, pois quem manda fazer "reporcagens" em vez de reportagens.


Depois disso tudo, se a Presidenta entender que deve mexer no ministério, mas no contexto de uma reforma ministerial, negociada com o PCdoB e demais partidos da base governista, que faça. Mas ficará claro que se tratará de medidas políticas e administrativas, nada tendo a ver com corrupção.


A página da "faxina" estará virada. O combate à corrupção continuará como rotina, como deve ser sempre, com a CGU, a Polícia Federal, a Receita Federal, a AGU, o COAF continuando o bom trabalho que vem fazendo nos últimos anos, além do aprimoramento planejado nos processos e controles em todos os órgãos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fifa oficializa tabela: São Paulo abre a Copa do Mundo de 2014 e Rio recebe a final

Futuro estádio do Corinthians em Itaquera é o local da primeira partida do Mundial no Brasil
Do R7


Fielzão - 450 largDivulgação
Futuro estádio do Corinthians vai mesmo receber a abertura da Copa de 2014
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A Fifa oficializou nesta quinta-feira (20) que o estádio do Corinthians, em São Paulo, receberá a festa de abertura e o primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014. A confirmação, feita pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, e pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, aconteceu na Suíça, na mesma cerimônia em que foram definidas as cidades que recebem a Copa das Confederações, disputada no País um ano antes, em 2013. 

VOTE - Você gostou da escolha de Itaquera para a abertura?

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Valcke informou que a abertura da Copa das Confederações será em Brasília (DF) e as semifinais acontecerão em Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE). A final será no Rio de Janeiro (RJ).

Teixeira confirmou, já falando sobre a Copa do Mundo, que o Brasil terá 12 sedes e que todas as cidades terão "as melhores seleções" do Mundial. Sobre a decisão de utilizar a futura arena do Corinthians na abertura, o presidente da CBF explicou que "o tamanho das cidades e seus estádios foram decisivos na escolha".

A vitória paulista aconteceu depois de uma verdadeira batalha política, que começou em 2007, quando o Brasil ganhou o direito de sediar o Mundial.

A princípio, o estádio indicado pelo comitê de São Paulo para ser a sede da cidade na Copa foi o Morumbi, mas a Fifa não se satisfez com os projetos de reforma apresentados pelo São Paulo. Vetou o local no dia 16 de junho de 2010, alegando que o clube não apresentou as garantias financeiras para executar a obra orçada em R$ 630 milhões.

Presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local) da Copa de 2014, Ricardo Teixeira é desafeto do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. Teixeira queria que o cartola são-paulino apoiasse Kleber Leite na eleição para a presidência do Clube dos 13, mas Juvêncio decidiu ficar ao lado de Fabio Koff, que foi eleito.
Dias antes da licitação para venda dos direitos de transmissão dos Campeonatos Brasileiros de 2012 a 2014, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que votou no candidato da CBF, foi o primeiro a se desfiliar da entidade, que tinha os direitos de negociação.
Graças à amizade entre Sanchez e Teixeira, o estádio do clube apareceu como "a única saída" quando o Morumbi foi excluído do Mundial. O cartola corintiano foi chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 2010, dois meses antes de o Fielzão ser oficializado como a arena paulista para 2014.
Com o estádio são-paulino fora de cogitação, Ricardo Teixeira, “convocou”, em 27 de agosto de 2010, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, e o então governador do Estado, Alberto Goldman, para uma reunião, na qual propôs que o estádio corintiano fosse a sede paulista da Copa.
A partir daí, o Corinthians correu para viabilizar a construção da obra e contou com a intermediação do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fechar contrato com a construtora Odebrecht, responsável por tocar a obra.
A falta de garantias financeiras e a presença de dutos da Petrobras no terreno onde o estádio está sendo erguido atrasaram a obra. Com a incerteza, São Paulo foi excluída da Copa das Confederações, competição que acontece um ano antes do Mundial e serve como um evento-teste.

A vitória do estádio de Itaquera frustra as cidades de Belo Horizonte, Brasília e Salvador, que também eram cotadas para abrir o Mundial. A Copa do Mundo de 2014 começará em 12 de junho e terminará em 13 de julho.