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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Caçando adversários

Uma das sabedorias antigas dos mineiros ensina que, na política, não existem gestos gratuitos. Todos têm consequência.

E não só para quem os pratica. Muitas vezes, os efeitos de um ato individual atingem correligionários e companheiros.Podem, por exemplo, afetar de maneira ampla a imagem do partido a que pertencem. Mudam a percepção da sociedade a respeito de seus integrantes.Quando é para o bem, ótimo. Mas pode ser para o mal. Nesses casos, o ônus é compartilhado. Todos pagam por ele.

A decisão da Executiva Nacional do PSDB de recorrer à Justiça contra os "blogueiros sujos" que o criticam é um desses.O verdadeiro inspirador da ação foi o candidato do partido a prefeito de São Paulo, mas suas consequências negativas não se circunscrevem a ele. O gesto de Serra alcança coletivamente os tucanos.

Em si, é apenas uma reação tola. Que expectativa de sucesso tem o ex-governador? Será que acredita que conduzir o PSDB a uma cruzada contra os responsáveis por blogs que antipatizam com ele redundará em alguma vantagem para sua candidatura?Movido por sua insistência, o partido representou à Procuradoria-Geral Eleitoral para denunciar o "uso de recursos públicos" no financiamento de "blogs, sites e organizações (?)" que funcionariam como "verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas".

Na prática, o que o PSDB pretende é que empresas e bancos estatais sejam proibidos de comprar espaço publicitário em blogs contrários ao partido e às suas lideranças. A argumentação de que é movido pelo zelo de proteger as instituições é fantasiosa. Aliás, sequer cabe aos partidos políticos esse papel.

O que Serra quer mesmo é impedir a manifestação de seus adversários.Talvez tenha se acostumado com a convivência que mantém com alguns veículos e comentaristas da nossa indústria de comunicação. De tanto vê-los defendendo seus pontos de vista e acolhendo suas opiniões, convenceu-se que os críticos não mereceriam lugar para se expressar.

O fascinante na argumentação é que não o incomoda (ou a seu partido) que existam "blogs, sites e organizações (?)" - bem como revistas, jornais e emissoras de televisão e rádio - que recebam investimentos em propaganda do setor público e façam oposição até agressiva ao governo.

Parece que acham isso natural e que tais aplicações se justificariam tecnicamente. Se determinado veículo tem leitores, não haveria porque excluí-lo do plano de mídia de uma campanha de interesse de um órgão ou empresa pública. Fazê-lo equivaleria a puni-lo por um crime de opinião.

Se vale para os órgãos de comunicação hostis ao governo e ao "lulopetismo", por que não se aplicaria no caso inverso? Seria errado anunciar em blogs com visitação intensa, apenas porque seus responsáveis não simpatizam com os tucanosOu Serra e seu partido aplaudiriam se o governo proibisse que seus órgãos comprassem espaço publicitário na imprensa oposicionista?

A decisão sobre a alocação dessas verbas pode ser questionada com base em critérios objetivos: tem determinada emissora suficiente audiência para cobrar seus preços? Aquele jornal tem a circulação que afirma? O blog ou site em questão tem volume relevante de acessos?

Fora disso, é apenas castigar - ou querer castigar - quem tem opinião diferenteEngraçado lembrar o destaque que o PSDB e suas figuras de proa, como Fernando Henrique, veem dando à internet na discussão do futuro do partido.Tomara que não pensem como Serra: que na internet só podem ficar os "limpos" - os que o aplaudem -, pois os "sujos" - os que o questionam - devem ser banidos.
Por: Marcos Coimbra

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Azenha sobre Cerra:
hipocrisia cansa

“A ação do PSDB não busca debater o essencial, ou seja, o uso do dinheiro público em publicidade”, ressalta Azenha.

O Conversa Afiada reproduz texto de Luiz Carlos Azenha no Viomundo:

A crença míope nos superpoderes de blogueiros



por Luiz Carlos Azenha
Confesso que, de uns tempos para cá, minha tolerância com a hipocrisia é próxima de zero.

Acho perda de tempo participar de polêmicas cuja função essencial é mascarar a realidade, além de alimentar o desejo de alguns por circo.

Circo move tráfego na rede.

A ação do PSDB relativa aos blogueiros Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif não busca debater o essencial, ou seja, o uso do dinheiro público em publicidade ou propaganda. Se buscasse, haveria de tratar do conjunto: quais são os gastos de governos federal, estaduais e municipais com propaganda? Quanto recebem a Globo, a Veja, a Folha e o Estadão proporcionalmente ao bolo? Os governos não poderiam reduzir estes custos investindo mais na internet, por exemplo, dada a crescente capacidade de disseminação de informações através das redes sociais? É viável fazer como o agora senador Roberto Requião, que quando governador do Paraná cortou todas as verbas publicitárias, a não ser as de campanhas de utilidade pública? Cabem políticas públicas para promover a pluralidade e a diversidade de opiniões?

Há outras questões, tão interessantes quanto. Deve um partido tentar definir a pauta de um blog eminentemente pessoal? Por que o anúncio de empresas públicas supostamente compra um blogueiro mas não compra um dono de jornal? Crítica é ataque às instituições? Ao criticar o Congresso, o governo federal ou o Judiciário os colunistas dos grandes jornais estariam ‘atacando as instituições’? Mas, se o financiamento dos jornais para os quais escrevem — ou das emissoras de rádio e TV nas quais trabalham — é feito parcialmente com dinheiro público, eles podem ‘atacar as instituições’ livremente e os blogueiros não? E a liberdade de expressão e o direito ao contraditório?

Trato destes temas com tranquilidade. O Viomundo, pelo menos por enquanto, é mantido com anúncios Google. O Leandro Guedes, que nos representa comercialmente, desenvolve ferramentas para que nosso financiamento seja proporcionado pelos próprios leitores. Desde que começou a fazer isso, há dois meses, não está autorizado nem a enviar os media kits (com dados de audiência, etc) a empresas públicas ou governos federal, estaduais ou municipais. Esperamos que a grande mídia siga nosso exemplo.

[Pausa para gargalhar]

Não sei o que moveu o PSDB. Provavelmente, pela escolha dos alvos, José Serra. Tenho comigo que algum mago, daqueles que cobram fortunas para fazer campanha, tenha concluído que existe uma relação entre a altíssima taxa de rejeição de Serra e a blogosfera/mídias sociais.

Não sei se o diagnóstico está certo ou errado, mas a cura é duvidosa. Parte do pressuposto de que blogueiros sejam capazes de mover legiões de internautas. A crença nisso é uma farsa, muitas vezes alimentada por quem está chegando agora ou está “investido” na blogosfera. Quem lida com os internautas no dia a dia e respeita a diversidade de opiniões descobre que este é um meio horizontal. Não é estruturado hierarquicamente. Não obedece a comandos. O valor das opiniões não está na autoridade, nem no currículo, nem no status do autor: deriva da qualidade, da lógica, da originalidade da argumentação. Deriva da capacidade de apontar algo que outros não notaram. De desvendar conexões encobertas. De colocar fatos em perspectiva histórica. De ajudar a concatenar e, portanto, fixar ideias que circulavam desconexas no “inconsciente coletivo digital”. Simplificando, quando a piada é boa ganha o mundo.

Aquela foto de Serra sobre o skate, na capa da Folha, pode ter sido feita num momento autêntico de descontração, mas cristalizou a imagem de um candidato tentando parecer o que não é: jovem. Se dezenas de milhares de pessoas perceberam isso ao mesmo tempo e puderam conversar sobre isso nas redes sociais — o que não poderiam ter feito no passado, quando dependiam de passar pelo crivo de um repórter, de um editor e do dono de um grande jornal e de escrever carta para a coluna do leitor  – é culpa dos blogueiros?

Acreditar que dois blogueiros — ou duas dúzias —  sejam capazes de mover a rede é subestimar a inteligência dos internautas. Ou alguém acredita que tem um comunista escondido embaixo de cada Curtir? Com ferramentas razoavelmente simples como o twitter e o Facebook, hoje cada leitor pode exercer como nunca seu direito de escolha, de interagir e de se fazer ouvir. É natural que quem vive no mundo das hierarquias rígidas estranhe, se sinta intimidado ou frustrado. O que está em curso nas redes sociais é o equivalente a uma segunda revolução do controle remoto.

Portanto, não estamos diante de uma tentativa do PSDB de defender as instituições ou de zelar pelo dinheiro público. Pode ser uma resposta exagerada ou míope diante de um fenômeno que o partido não consegue entender ou pretendia replicar e não consegue. Quem sabe exista um desejo subjacente de controle, de um ‘choque de ordem’ que preceda a privatização da crítica e do conhecimento intelectual, colocando ambos dentro de parâmetros aceitáveis pelo mercado (sobre isso, escreveu Slavoj Zizek). Ou é tentativa de intimidação, pura e simples.

SÓ SÃO PAULO QUE AINDA NÃO SABE DISSO!


Nassif: Cerra é um psicopata

Para Nassif essa atitude é uma vingança do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo e também uma tentativa de intimidar as empresas que patrocinam os blogs.

Saiu no Brasil Atual:

“Serra é um psicopata”, diz Nassif


Ao comentar a representação que o PSDB apresentou à Procuradoria Geral Eleitoral, onde pede investigações sobre o patrocínio de empresas públicas a sites e blogs, o jornalista Luis Nassif lamenta que o partido tenha entrado no jogo de José Serra. Para Nassif essa atitude é uma vingança do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo e também uma tentativa de intimidar as empresas que patrocinam os blogs. O jornalista afirma que “Serra é um psicopata”. Entrevista à repórter Marilu Cabañas.
Clique aqui e ouça

Em tempo: também do Brasil Atual:

Usuários do Twitter fazem manifestação virtual contra censura de blogues


São Paulo – O termo #SerraCensor conquistou hoje (24) a preferência dos usuários do Twitter: falou-se tanto no desejo de José Serra em calar a voz dos blogues e das redes sociais durante a campanha eleitoral que o ‘apelido’ dado ao candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo alçou a lista dos trending topics, que é como são chamados os assuntos do momento no Twitter.

“#SerraCensor, pode me bloquear, pode me prender, mas eu não mudo de opinião: em você eu não voto não!”, comentou a usuária do Twitter Avelina Martinez, fazendo referência ao samba “Opinião”, de Zé Keti. “Com sua intolerância, #SerraCensor se torna uma vergonha para a democracia no Brasil conquistada com tanta luta, sangue, suor e lágrimas”, arrematou Enio Barroso Filho.

Diante da tentativa do PSDB de barrar páginas da internet críticos a José Serra, alguns usuários do Twitter organizaram o chamado tuitaço – ação organizada na rede social para fazer com que um tema específico entre para os trending topics e chame a atenção da sociedade e dos meios de comunicação. E conseguiram seu objetivo. Por volta das 19h, o deputado federal Paulo Teixeira (PT) anunciava que #SerraCensor havia chegado à terceira posição nos assuntos mais falados do Twitter.

O PSDB entregou ontem à Procuradoria Geral Eleitoral uma representação pedindo a investigação de blogues e sites que considera críticos ao candidato tucano. O partido acredita ser necessário apurar “a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas”.

Acabou a blindagem.
Esse é o desespero do Cerra

Antes, os tucanos da Província de São Paulo davam três telefonemas e controlavam a opinião pública.

Em 2002,o Padim Pade Cerra se disse perseguido pelo que chamava de “Eixo do Mal”.

Era composto de Mônica Bergamo, na Folha (*); Bob Fernandes,  na Carta Capital; Ricardo Noblat, no Correio Braziliense; e este ansioso blogueiro no UOL e na TV Cultura.

Em 2010, a furia cerrista se dirigiu aos “blogueiros sujos”.

Agora, quando se aproxima a derrota para a Prefeitura de Sao Paulo, são os “nazistas”, com este ansioso blogueiro e o Nassif na linha de frente.

Este ansioso blogueiro sempre disse que, não fosse o PiG (**), os tucanos da Chuíça (***), onde a PM mata epidemicamente, não fosse o PiG os tucanos de São Paulo não passariam de Resende.

(Depois, em homenagem ao Grão-Tucano Naji Nahas, a expressão passou a ser “não passavam de Pinheirinho”, que, na via Dutra, fica um pouco antes de Resende.)

Amigo navegante, medite sobre que contribuição o Padim Pade Cerra deu ao Brasil, em 25 anos de vida pública.

25 anos na ribalta, presente a TODAS as eleições disponíveis.

Uma obra, um gesto, uma frase, uma metáfora !

Nada !

Algo que se possa inscrever no verbete “Padim Pade Cerra” .

Nada !

Não passa de uma Deidade Provincial.

Ele e o Farol de Alexandria se instalaram na plataforma de lançamento que, desde Vargas e JK, se construiu no Brasil: São Paulo.

Quando Nunca Dantes começou a instalar outras plataformas, que permitem a ascensão na vertical e na horizontal, o Brasil de 20 milhões de pessoas que sustentou a UDN/PRP no poder, esse Brasil começou a mudar.

Com ele, entrou uma nova tecnologia, a da blogosfera.

Que é criação e ajuda a criar (modestamente) essa nova situação.

Antes, os tucanos da Província de São Paulo davam três telefonemas e controlavam a opinião pública.

Bastava ligar para o Dr Roberto, para o Ruy Mesquita e o “seu” Frias, que dedicava igual atenção ao Cerra e ao dileto amigo Paulo Maluf.

(Não era necessário ligar para o Rupert Civita, porque ele vinha no vácuo dos outros três.)

E assim, eles controlavam o que 150 mihões de brasileiros deveriam saber.

Em 15 minutos de telefonemas.

Assim, ficou fácil se tornar inimputável.

Assim, era fácil ser a “barriga de aluguel” da elite.

E é o que eles foram e são, porque de lá não conseguiram sair.

Mas, inimputáveis não ficarão por muito tempo, até que o Paulo Preto comece a cuspir os feijões e o Casal Gontijo apareça para jantar.

Esta é a origem do desespero do Padim com o ansioso blogueiro, o Nassif e todos os blogueiros “nazistas”.

É a “blogofobia” que o Leandro Fortes já tinha mencionado.

O Leandro, que deve saber por onde andam os outros membros do “Eixo do Mal”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Chuíça é o que o PiG (**) de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

quarta-feira, 25 de julho de 2012


Política e Politicagem 


O que é política? – Entende-se por esta palavra a ciência que trata do governo e também da arte de governar. Como ciência, a Política trata das relações do Estado e dos cidadãos, da legislação, das finanças, da administração interna, das relações dos povos entre si. A verdadeira política tem como objetivo realizar, pelo governo de um Estado, a justiça e o interesse geral dos cidadãos.
A política não é a procura do “poder pelo poder” e das regalias que ele pode trazer; não é usar e abusar do povo para “crescer” e enriquecer; não é um “salvo conduto” para transformar a autoridade em autoritarismo; não é um jeito fácil de meter a mão no bolso do povo para encher o próprio bolso.
Política é fazer do poder um instrumento para alcançar o bem comum; politicagem é instrumentalizar o poder em benefício próprio às custas do bem comum. Política é serviço; politicagem é crime. Há, de fato, muitos que dizem que fazem política quando, na verdade, não passam de “politiqueiros”. Se, contudo, tomarmos consciência de que a realidade mudará à medida que nós mudarmos, então, tudo é possível. Por que não começarmos já, participando da política de forma consciente e madura? Se existe sujeira na política, é necessário e urgente eliminar a sujeira e corrigir as distorções existentes, pelo uso de armas silenciosas – como o VOTO .
Se buscarmos e lutarmos pelo bem comum, faremos política, mas, se só pensarmos em nosso próprio conforto, faremos politicagem. Podemos e devemos participar engajando-nos em associações, grupos, entidades e partidos que têm como finalidade e objetivo o bem de todas as pessoas, sem exceção. Se optarmos por ficar “na nossa”, deixando que tudo fique como está, estaremos dizendo “amém” (assim seja!) e, portanto, indiretamente aderindo e colaborando com ela.
Na verdade, quem não se interessa por política ou está vivendo como um “príncipe num país de mendigos” ou é alienado dos pés à cabeça. Existem bons políticos? Sim, existem! E são muitos! O problema é que aqueles que fazem da política politicagem, acabam aparecendo mais do que os outros. Vale lembrar aqui de um provérbio chinês, que diz: “Faz mais barulho uma árvore que cai do que um bosque que cresce”. Eles, os políticos honestos, existem sim, mas não são muitos os que compactuam com eles. Reconhecer os políticos honestos – inclusive pelo apoio político e pessoal, e pelo voto, - é um dos caminhos para denunciar, superar e derrotar a politicagem.

( Trecho do texto de Valdemar Sansão no site: http://www.luxsapientiae.com.br/politica.htm)
Anna Jailma - jornalista e blogueira

segunda-feira, 23 de julho de 2012

SUS distribuirá
remédio contra câncer.
Chora, Kamel, chora !

Para disponibilizar o remédio em unidades públicas de saúde, serão necessários R$ 130 milhões ao ano.

Saiu no Valor (o PiG (*) chic):

SUS vai distribuir novo remédio de alto custo contra câncer de mama


O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (23) que vai incorporar o medicamento Trastuzumabe, utilizado no combate ao câncer de mama, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio de alto custo reduz as chances de reincidência da doença e diminui em 22% o risco de morte das pacientes.

De acordo com a pasta, o medicamento é considerado um dos mais eficientes no combate ao câncer de mama e também um dos mais procurados.

Em 2011, o governo federal gastou R$ 4,9 milhões para atender a um total de 61 pedidos judiciais que determinavam a oferta do remédio. Este ano, já foram gastos R$ 12,6 milhões com a compra do Trastuzumabe por ação judicial.

Para disponibilizar o remédio em unidades públicas de saúde, serão necessários R$ 130 milhões ao ano.

A incorporação foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama inicial e avançado e integra as ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado no ano passado.

A partir da publicação no “Diário Oficial da União”, o SUS tem prazo de 180 dias para iniciar a oferta do medicamento.

Segundo o ministério, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum no mundo e o mais frequente entre mulheres, com uma estimativa de mais de 1,15 milhão de novos casos a cada ano. A doença é responsável ainda por 411.093 mortes anualmente.

No Brasil, a estimativa é que 52.680 novos casos sejam detectados de 2012 a 2013. Em 2010, foram notificadas 12.812 mortes por causa da doença no país.

(Paula Laboissière | Valor)


Clique aqui para ler “Quem faz a cabeça da Globo: SUS ? Fecha !”.



Novas notas de R$ 10 e R$ 20 começam a circular nesta segunda

Cédulas da 2ª família têm tamanhos diferentes, mas usa as mesmas cores.
Novas notas de R$ 2 e R$ 5 devem começar a circular no ano que vem.

Do G1, em São Paulo
Nova nota de R$ 10 (Foto: Divulgação) 
Nova nota de R$ 10 (Foto: Divulgação)
 
Começam a circular nesta segunda-feira (23) as novas cédulas de R$ 10 e R$ 20, que são da segunda família do real. O Banco Central fará o lançamento das notas, às 15h desta segunda, mas ainda não há informações sobre o tamanho do primeiro lote.
A previsão é que as novas notas de R$ 2 e R$ 5 comecem a circular no ano que vem.
As novas notas têm elementos de segurança mais modernos e fáceis de verificar, segundo o BC. Há novas marcas táteis e cada valor tem um tamanho diferente para facilitar a identificação dos valores das cédulas. As cores das notas e a diferenciação por cores predominantes vão ser mantidas na nova família, de modo a facilitar a "rápida identificação dos valores" por parte da população.
Segundo o BC, a Casa da Moeda modernizou o parque fabril para produzir as novas cédulas com recursos gráficos e novos elementos de segurança. "Com as aquisições, [a Casa da Moeda] se equipara às empresas mais modernas do mundo no ramo da impressão de segurança", disse o BC.
A intenção era substituir as atuais notas de R$ 10 e R$ 20 em 2011 e as de R$ 2 e R$ 5 neste ano, mas houve a necessidade de fazer ajustes técnicos para a fabricação, o que atrasou o início da circulação, segundo o BC.
Os novos modelos foram lançados em 2010 e, na cerimônia de lançamento, o BC informou que a nova família de cédulas vem sendo desenvolvida desde 2003, em conjunto com a Casa da Moeda.

terça-feira, 10 de julho de 2012


     Ex-ministro Patrus Ananias ressalta apoio de Dilma em entrevista (Foto: Leonardo    Lara/Aldeia)

         Patrus Ananias destaca mobilidade urbana como um dos grandes desafios para Belo Horizonte

Em entrevista, o candidato petista ressalta também o apoio da presidenta Dilma e a unidade do PT da capital para a disputa


O candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, ex-ministro Patrus Ananias, que já governou a capital mineira de 1993 a 1996, destacou em entrevista ao jornal Metro a questão da mobilidade urbana como um dos grandes desafios para a cidade.
“É fundamental que a cidade seja um espaço mais prazeroso, de construção de relações. Então, precisamos que as pessoas circulem com tranquilidade e paz, seja no transporte coletivo, seja no veículo, de bicicleta ou a pé”, ressaltou Patrus.
Leia a íntegra da entrevista de Patrus Ananias:
A dobradinha PT/PSDB para eleger Lacerda parecia inevitável. Entretanto, em poucos dias, o cenário mudou completamente. Qual a sua opinião sobre isso?
O cenário mudou porque houve uma mudança de posição por parte do PSB em relação ao compromisso que o partido havia assumido conosco, com o PT, no que se refere à chapa proporcional de vereadores. Para nós, do PT, mais do que a chapa proporcional, o que nós esperávamos, que o PSB nos prometeu e não cumpriu, era um gesto de respeito, um gesto de delicadeza em relação ao nosso partido, pelo o que nós representamos em BH, em Minas e em todo o Brasil. Fizemos muitas concessões para garantir a aliança, que acabou não dando certo.
Como surgiu o seu nome?
Eu tenho uma história em BH e em todo o Brasil, fui prefeito da cidade e muitas pessoas lembram até hoje, implantamos no governo Lula com muito êxito o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, fui o deputado federal mais votado da história de Minas e muito mais. Ou seja, meu nome sempre é colocado em pauta. Quando ocorreu a mudança, fui procurado pela militância do PT e também de outros partidos para que eu colocasse o meu nome à disposição.
Roberto Carvalho, que era o pré-candidato do PT, aceitou com tranquilidade a retirada do nome dele?
Foi um processo construído politicamente, democraticamente e hoje nós estamos rigorosamente unidos. O grande acontecimento no início dessa campanha é a unidade do PT e a aliança que fizemos com muitos partidos, que estão unidos,  especialmente o PMDB e o PC do B. O Roberto é meu amigo pessoal há quase 40 anos. Quando eu fui procurado, coloquei alguns pressupostos e um deles foi a unidade do PT e o mais absoluto respeito ao Roberto Carvalho no sentido de que buscássemos um diálogo de respeito entre as partes. E foi isso que ocorreu. Ele apoia a candidatura.
Como é a sua relação com o atual prefeito?
É uma convivência respeitosa. Recebi dele algumas manifestações positivas e isso é interessante. Espero que nós façamos uma campanha com ética e respeito,  programática como merece a população de BH. Aqui, as pessoas votam com consciência. É um povo esclarecido. Então, é uma relação de conhecimento, mas temos nossas diferenças políticas. Ainda que estivéssemos caminhando para uma perspectiva da aliança, teríamos diferenças visíveis,  ainda mais em relação aos movimentos sociais, na prioridade aos mais pobres, na questão da democracia participativa e são esses temas que nós vamos debater na campanha.
Quais são as maiores virtudes para se administrar?
BH é uma cidade que tem aspectos muito positivos.  Quando fui prefeito, entre as muitas realizações que consegui, fiquei muito feliz por recuperar a autoestima da população. É uma cidade extraordinária, já que tem uma dimensão que reflete todo o nosso Estado, no sentido mais bonito e profundo da palavra, que é a nossa dimensão provinciana. É uma cidade universal, que dialoga com o Brasil e com o mundo. É espetacular o envolvimento da cidade com a cultura. Temos muitas bandas, grupos, cantores e grupos teatrais e de dança mundialmente reconhecidos. Além disso, é uma cidade que trouxe ao mundo alguns dos maiores escritores da história. Ou seja, é uma cidade com uma vocação esplendida e que não pode ser deixada de lado.
O que existe de mais urgente para se fazer?
Uma das questões que eu acho que é um desafio imediato é a questão da mobilidade urbana. É fundamental que a cidade seja um espaço mais prazeroso, de construção de relações. Então, precisamos que as pessoas circulem com tranquilidade e paz, seja no transporte coletivo, seja no veículo, de bicicleta ou a pé. O importante é nós destravarmos a cidade, e a melhor forma de se fazer isso é melhorar o transporte público. Um outro desafio que eu vejo como urgente é continuarmos sempre a luta no campo social, sempre trabalhando para melhorar a vida de todas as pessoas, mas especialmente dos mais pobres. Vejo que está aumentando a população de rua,  as crianças de rua, e isso é  algo urgente para se resolver. Estamos vivendo também um problema de moradias e temos que ajudar aqueles que mais precisam.  Ainda faltam leitos em BH e há filas para marcação de consultas eletivas.
Como o Sr. pretende diminuir esse problema?
Olha, a questão do SUS, que é uma grande conquista,  implica uma ação integrada entre o governo municipal, estadual e federal. Quando fui prefeito, nós colocamos a cidade como a primeira que municipalizou a saúde. Tivemos alguns avanços nos últimos anos, mas penso que devemos avançar muito mais no sentido do sistema. Temos que garantir melhor atendimento nos postos de saúde, de tal maneira que as pessoas não demandem no primeiro momento já o atendimento hospitalar. Que a gente tenha um processo que vá  desde o posto de saúde, que é a porta de entrada do sistema, até chegar aos hospitais. Irei fortalecer a distribuição de medicamentos, estruturar as unidades e valorizar os profissionais. A experiência da saúde da família também apresenta bons resultados e nós podemos aperfeiçoar essa área.
O Sr. tentará tirar o metrô  de BH do papel?
É fundamental que a cidade tenha um metrô de qualidade e nós vamos trabalhar vigorosamente nesse sentido, inclusive atualizando os projetos. Eu sei, por exemplo, que o projeto do Calafate ao Barreiro é fundamental, mas é um projeto que hoje está superado. As condições mudaram e muitas pessoas ocupam os espaços do projeto anterior. Ou seja, temos que agir com realismo e com os pés no chão. Temos que ser mais ousados e discutir na mesa a questão do metrô cruzando Belo Horizonte no sentido Venda Nova até a região Centro-Sul. É um projeto viável sim, mas não pode ser feito de um dia para o outro. Exige ações muito bem feitas, mas estou convencido de que a melhoria do transporte público passa pelo metrô. Podemos ter uma ação integrada e o metrô chegar até Ribeirão das Neves, Contagem e Betim.  É importante a participação de todos os governos. O metrô tem que chegar até o aeroporto de Confins.
Como melhorar o caótico trânsito da cidade?
A prefeitura deve assumir o seu papel de fiscalizar. Fizemos muito pelo trânsito quando fui prefeito, mas realmente hoje está muito complicado. Eu acredito muito na democracia, no diálogo. Nós temos no Brasil uma tradição de pensamento autoritário que acha que as decisões devem ser sempre tomadas em gabinetes fechados por pessoas pretensamente sábias.  Acredito na sabedoria do povo, das pessoas. Duas questões são importantes para garantir a eficácia da medida adotada: primeira a dimensão da ética, com a mais absoluta transparência. Quando as pessoas sentem que a coisa é séria, elas aderem a ela. A outra questão é a democracia participativa. A opinião das pessoas para solucionar o problema do trânsito é muito importante. Não há mágica para o trânsito da cidade. Temos medidas estruturantes, mas temos que dialogar com a sociedade para encontrar soluções.
O que pretende fazer para melhorar a educação na cidade?
Nos últimos anos foram muitas greves. A educação tem que ser uma grande prioridade e no nosso governo ela realmente será. Temos que assegurar o acesso à escola e uma educação de qualidade desde a unidade infantil. Educação é um direito da pessoa, não tem como pensar em desenvolvimento sem a educação. É a economia do conhecimento e isso traz resultados positivos em todas as áreas. Vamos sentar e dialogar muito com os professores e sindicatos, pais e todas as famílias. Temos que universalizar a educação infantil e nesse sentido eu reconheço que a cidade avançou muito. Queremos dialogar com o Estado, com o Brasil e melhorar a educação.
E a questão da violência. O que fará para tentar frear o avanço da criminalidade na capital mineira?
Além da questão da Guarda Municipal, que é um espaço que a prefeitura tem, pretendo buscar ações integradas com a Polícia Militar, Polícia Civil e com outros órgãos de segurança de Minas e do Brasil. Na experiência que eu tive como prefeito de BH, foi muito com a parceria da PM. Fizemos um trabalho de recuperação de crianças de rua, mas sem repressão. Sei que a polícia tem muitos trabalhos importantes com a população e isso deve ser fortalecido. A integração é fundamental e onde a vida humana estiver ameaçada,  nós estaremos presentes. O combate aos homicídios faz parte de nossas prioridades e meu compromisso é com a vida das pessoas.
O município hoje tem um número exagerado de funcionários terceirizados. Isso é prejudicial? Como adequará esse quadro à  necessidade da capital?
Temos que caminhar no sentido da profissionalização do serviço público. Essa talvez seja a principal diferença que eu tenho com o atual prefeito. Eu tenho uma visão estratégica do serviço público e nós queremos serviços de qualidade. Nós precisamos de servidores públicos qualificados, preparados, efetivos e dignamente remunerados. Além disso, a questão da carreira me parece muito importante. Essa situação frágil ou temporária não cria vínculo entre servidor e Estado. Carrego comigo o compromisso de cada vez mais fortalecer o servidor e profissionalizá-lo.
BH é basicamente uma cidade movimentada pelos setores de hotelaria e serviços. Como aumentar a oferta de empregos?
Essa é a vocação de Belo Horizonte que nós pretendemos desenvolver muito. BH é forte no setor devido à  sua posição estratégica geograficamente, além de ter um entorno de muitas possibilidades turísticas também. Temos as cidades históricas ao nosso redor e isso é mais um incentivo. Temos também um patrimônio ecológico esplêndido, com cachoeiras, montanhas e muito mais. Temos que integrar tudo isso e transformar Belo Horizonte num centro de eventos e também um local para lazer e turismo. Isso tudo reflete diretamente na criação de empregos e renda para milhares de pessoas.
E a questão da poluição da Lagoa da Pampulha? Será  que um dia a população verá investimento que deixe a lagoa despoluída?
Nós temos que ter muito cuidado com a Pampulha.  Além das importantes obras, algumas de Niemeyer, temos que pensar todos os aspectos antes do desenvolvimento da região. A Lagoa da Pampulha é um desafio que nós temos que enfrentar, já que temos esgoto que vem de outros municípios. Temos que fazer um trabalho integrado para despoluir rios como Sarandi e Ressaca para evitarmos o despejo na lagoa. Belo Horizonte precisa entrar numa era mais moderna, com ampliação das linhas de tratamento de esgoto. Existem recursos tecnológicos hoje e nós podemos fazer muito mais.
O que fará para expandir e incentivar os eventos culturais na cidade?
Nisso nós temos experiência esplêndida. Tudo que existe em Belo Horizonte na área cultural nós começamos. Algumas coisas ficaram e outras não. O Festival Internacional de Teatro,  que nós começamos, é uma referência para todos. O diálogo com as instituições culturais da cidade foi iniciado na minha gestão, então acho que a vocação cultural da cidade precisa ser expandida. E é isso que farei. Irei incentivar mais eventos e fortalecer os grupos da cidade. Temos que estimular também a música da capital mineira, que é uma das melhores.
BH está preparada para a Copa do Mundo? Ou vai estar só em 2014?
É óbvio que temos que pensar nas obras viárias, garantir o fluxo de pessoas e veículos, mas penso que podemos fazer mais no Brasil no sentido de vincular as questões esportivas a alguns setores fundamentais, usar o esporte como instrumento de combate à droga, à violência e também em relação à questão cultural. Mas a cidade está caminhando bem e nós, se ganharmos a prefeitura, vamos agilizar as obras de mobilidade. Mas tudo deve ser feito pensando no bem da população para depois da Copa. Resuma o seu programa de governo. Aprendi como prefeito de Belo Horizonte e como ministro que os programas são traduzidos diariamente. Eu considero fundamental neste momento que nós tenhamos as diretrizes sobre como proceder em relação aos problemas na prefeitura de Belo Horizonte. Temos que trabalhar com os nossos técnicos, secretários e dialogar com a população. Trabalharemos com a ética e com a prestação de contas. A população saberá onde e como é aplicada a verba, tudo de forma muito transparente. Vamos discutir com a população as questões da saúde, segurança, educação e cultura. A democracia é importante e o governo deve ser para toda a cidade. Vamos trabalhar com todos os setores,  mas com um foco principal: os mais pobres. O grande compromisso nosso é buscar a integração de nossas políticas. Mas, hoje, o mais urgente realmente é a questão da mobilidade urbana.
Como será sua campanha?
Vou dialogar intensivamente com a população, ouvir o que as pessoas realmente precisam. A democracia é o melhor caminho e a opinião dos moradores de Belo Horizonte é muito importante para o crescimento da cidade. Antes de tomar qualquer decisão, irei consultar todos os envolvidos no processo, sempre visando o crescimento de BH. Minha campanha será democrática. 
(Jornal Metro)



Candidatos a Prefeito e Vereadores 


                LIBERADA A LISTA DOS CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES 2012 EM RAUL SOARES


Veja a relação completa aqui

MAIS UMA BOLA DENTRO DA NOSSA PRESIDENTA!

Dilma reforça combate
à lavagem de dinheiro

                                          Lei visa reforçar o combate ao crime de lavagem de dinheiro.



Saiu no G1:

Dilma sanciona lei que reforça combate à lavagem de dinheiro



Ocultação da origem de dinheiro obtido por qualquer crime será punível. Proposta tramitava desde 2003 no Congresso.

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (9) a lei que visa reforçar o combate ao crime de lavagem de dinheiro, artifício que consiste em tentar esconder a origem de bens ou quantias obtidos de forma ilegal. O jogo do bicho e a exploração de máquinas caça níqueis, por exemplo, estão enquadrados na nova lei. As informações são do Ministério da Justiça.

Apresentado em 2003 no Senado, o projeto foi aprovado com alterações na Câmara em outubro do ano passado e analisado novamente pelos senadores no mês passado. A sanção deve ser publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial.

Uma das principais inovações é a previsão de que recursos obtidos por meio de qualquer infração penal e ocultados serão considerados ilegais. Hoje, somente é considerada lavagem de dinheiro a ocultação de dinheiro oriundo de oito tipos de crimes (tráfico de entorpecentes, contrabrando de armas, terrorismo, extorsão mediante sequestro, praticados por organização criminosa, contra a administração pública nacional ou estrangeira, e contra o sistema financeiro).

A lavagem ocorre, por exemplo, quando um traficante de drogas faz transações bancárias ou operações de compra e venda de bens com o dinheiro obtido da venda de entorpecentes tentando passar a impressão de que o recurso teve origem legal. Agora, qualquer pessoa que se utilize desses meios para esconder dinheiro obtido ilegalmente pode ser punida também por lavagem, além do crime pelo qual obteve o recurso.

A punição prevista continua sendo de 3 a 10 anos de prisão e a multa, que antes chegava a no máximo R$ 200 mil, que poderá alcançar R$ 20 milhões.

Outra inovação da lei é a possibilidade de a Justiça determinar a apreensão de bens registrados em nome de “laranjas”, pessoas ou empresas usadas por criminosos para tentar se desassociar formalmente do recurso. Hoje, a lei prevê a apreensão só para bens ou valores que estiverem em nome do acusado da lavagem de dinheiro.

A alienação dos bens também poderá ser feita de forma mais rápida pelo juiz, evitando que os bens percam valor ao longo do tempo por deterioração. Ela não precisará ocorrer somente após o final do julgamento, como ocorre atualmente, mas com o pedido liminar ou cautelar do juiz. Caso haja absolvição, os bens voltam para o réu.

O senador José Pimentel (PT-CE), um dos relatores, diz que a alienação mais rápida e a apreensão de bens nas mãos de laranjas é fundamental para desmontar organizações criminosas, que podem se manter enquanto dura o processo. Ele atribuiu a aprovação à CPMI que investiga as relações com agentes públicos e privados do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

“Esse é o primeiro resultado mais importante da CPI. Não tenho dúvida que essa legislação vai ajudar muito o Judiciário”, disse.

Após a condenação, valores obtidos com o leilão desses bens obtidos ilegalmente poderão ser transferidos para o caixa dos estados e do Distrito Federal.