Bandeiras do movimento gay com o símbolo do PT, drag queens, caminhada com cadeirantes, samba e as já tradicionais faixas de cor lilás em referência às mulheres acompanharam a candidata Dilma na caminhada ontem em SP. O primeiro compromisso oficial de campanha da candidata Dilma Rousseff em São Paulo foi uma saudação às diferenças. Dilma se engajaa nas fatias marginalizadas e conquista votos de eleitorado tradicionalmente tucano na capital paulista.
A candidata Dilma abriu o discurso para cerca de 1,3 mil pessoas - segundo estimativas da Polícia Militar (Veja a foto se realmente é isso) - com um cumprimento às mulheres. Ao lado do cantor Netinho e da ex-ministra do Turismo Marta Suplicy, ambos candidatos ao Senado, Dilma falou da importância em acabar com o preconceito. Ela afirmou que quer ser a primeira presidenta do país e pediu votos para eleger o primeiro senador negro, em referência a Netinho. "A população negra e a população paulista merecem ser representados." De cima do caminhão de som, Marta chegou a pegar da militância que assistia uma bandeira com as cores do movimento gay para agitá-la.
E o Serra?
Em Jundiaí, a 60km de São Paulo, Serra fez duas caminhadas. Com um número significativo de assessores, correligionários e seguranças ao lado, mas sem os eleitores..As pessoas contratadas pelo comitê eleitoral de José Serra usaram carrinhos de som para fazer barulho, chuvas de confetes e papel picado, mas público que é bom, nada... .Como velho político, Serra recorreu a clichês, como carregar crianças no colo, tomar café em bares "pé-sujos" e acenar rindo para o alto, cumprimentando pessoas na janela dos prédios. Volta e meia, pegava um megafone, discursava tentando arrancar aplausos que não vieram
Dilma Rousseff comprimentando os alunos do Instituto Baccarelli onde esteve visitando
Nos primeiros lances da disputa presidencial nas ruas, a candidata do PT, Dilma Rousseff, intensificou o tom ao tucano José Serra, a quem veladamente chamou de presunçoso, em vez de seguir a estratégia de só comparar projetos de governos do PT e do PSDB.O estilo "centralizador" de Serra foi alvo.Foi a resposta a críticas diretas feitas por Serra à Dilma nos últimos dias. .
"Quero ser a primeira mulher presidente do Brasil. Não sou daqueles que acham que são capazes de fazer tudo, daquele tipo orgulhoso, presunçoso, que acha que tudo sabe e tudo faz. Eu preciso de gente e de equipe", afirmou Dilma, em discurso na Praça da Sé, centro da capital paulista, quando criticou indiretamente o que considera estilo centralizador de Serra e começou a elucidar políticas para educação, saúde e segurança. Foi o primeiro ato oficial de campanha no Estado.
Dilma vai reforçar a campanha em São Paulo, maior reduto eleitoral do País e já disse que se "identifica com o povo do Estado, um povo que acorda cedo, trabalha muito e corre atrás"..Lógico que Dilma não falou de Serra, que acorda sempre depois do meio dia ...
Serra, esteve ontem a Campinas, disse que não precisa "marcar território", pois não é "cachorrinho".
Dilma reiterou críticas ao PSDB. Disse que o Brasil de hoje é diferente do de 2002, quando o Presidente Lula sucedeu ao tucano Fernando Henrique Cardoso.
A disputa em torno das políticas de transferência de renda permaneceu no discurso da candidata Dilma. Ela rebateu a promessa de Serra de dobrar os beneficiários do Bolsa-Família. "Quando eles estiveram no governo, e podiam mais, eles fizeram menos.". Aliás, a própria Folha tucana neste artigo publicado aqui, duvida que Serra faça mais no Bolsa-Família
Sobre saúde, Dilma prometeu manter a redução de preço de remédios para hipertensos e diabéticos (o Farmácia Popular). O governo federal subsidia até 90% do valor dos remédios.
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