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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Em tempo: o Conversa Afiada publica e-mail do amigo navegante Donizeti:

Prezado Paulo Henrique Amorimm – Conversa Afiada

Segue no arquivo anexo notícia que existe uma nova desocupação de moradores a ser feita pela PM paulista dia 06 de Março, na Favela Savoy, localizada na vizinha cidade de Carapicuiba, na grande São Paulo.


O caso tem muita semelhança com o Pinheirinho, pois são cerca de 5.000 famílias morando numa área de cerca de 300 mil m².


Tem que divulgar esse fato e alertar  todas as autoridades( municipal, estadual e federal) que busquem uma solução decente e civilizada para mais  esse grave caso social,  para que não fiquemos mais uma vêz lamentando o sofrimento dessa gente carente que não tem outro lugar para morar.


Donizeti

Favela Savoy em Carapicuiba/SP – Uma nova Pinheirinho sendo preparada


Do Diário de S. Paulo


Existe um novo ‘Pinheirinho’ no horizonte.


Em 35 dias, favela do Savoy, em Carapicuíba, será desocupada por polícia militar cumprindo ordem judicial


JUCA GUIMARÃES


A definição de pobreza ganha cores fortes numa das favelas mais carentes de um dos municípios mais pobres da  Grande São Paulo. No próximo dia 6 de março, os cerca de cinco mil moradores que constituem as cinco mil famílias da favela do Savoy, em Carapicuíba, irão perder o lugar onde moram. A Polícia Militar fará uma ação de reintegração de posse no terreno de 300 mil m²  onde fica a favela do Savoy desde 2003, mesmo ano em que começou a invasão da favela do Pinheirinho, em São José dos Campos, que também foi desocupada no último dia 22 pela PM e pela guarda municipal numa operação que mais pareceu uma praça de guerra e recebeu críticas até da presidente Dilma Rousseff.


Caminhar pelas vielas da Savoy requer equilíbrio e atenção redobrada. O terreno de terra batida é irregular e íngreme. Ratos, entulho e esgosto a céu aberto estreitam ainda mais o caminho. Porém, foi a única opção que  as famílias encontraram para escapar do aluguel.

stória do  início da favela ainda está fresca na memória dos moradores. “Aqui era uma mata fechada. Aconteciam estupros e era muito perigoso. Os moradores das favelas vizinhas que moravam de aluguel se uniram e invadiram. Foram semanas limpando o terreno  removendo a  terra. Até as crianças ajudaram”, contou a recepcionista Nilda dos Santos, 38 anos.


A Savoy Imobiliária  Construtora administra o terreno e entrou na Justiça pela reintegração de posse. Desde 2005, em nome dos herdeiros do terreno, a Savoy tenta a desocupação da favela que ganhou o mesmo da empresa. “Não se pode ignorar a lei para reconhecer um direito. Entendo que as pessoas têm o direito à moradia, porém elas devem pleitear isto junto ao poder público e não invadir uma área privada”, disse Otávio Caetano, advogado da Savoy.


fim do sonho /No último dia 25, os moradores da favela receberam a notificação da PM sobre a reintegração, marcada para começar às 6h de uma terça-feira. “A minha mulher não consegue mais dormir. Ela passa o tempo todo apreensiva contando os dias e as horas para a destruição de todos os nossos sonhos”, disse  o auxiliar de limpeza Renildo da Silva, 54 anos. Há cinco na favela.


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