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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Água para os pobres

Do Hoje em dia



Há um ano, foi publicado decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, instituindo o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água – o Água para Todos. Há três meses, as primeiras cisternas em polietileno, com capacidade para 16 mil litros de água para uso humano, foram instaladas em território mineiro pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), beneficiando 25 famílias que moram em áreas rurais do município de Porteirinha, em situação de extrema pobreza. Considerando-se as dificuldades burocráticas para implantar qualquer projeto do governo, até que foi rápido. 
Para auxiliar essa empresa estatal, encarregada de coordenar o programa em todo o país, o Ministério de Integração Nacional selecionou, por meio de licitação, instituições públicas e privadas sem fins lucrativos que estivessem interessadas em apresentar propostas para construir cisternas, usando tecnologias de baixo custo e comprovada eficiência.
 
A Fundação Banco do Brasil entrou no programa, planejando investir R$ 120 milhões em todo o país. Em Minas, deve instalar 4.500 cisternas. Cada uma é capaz de garantir o abastecimento de água de chuva para uma família de cinco pessoas, por até oito meses. Na última sexta-feira, foi inaugurada em Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, a primeira unidade da Tecnologia Social Cisterna de Placas, da Fundação. 
 
A escolha de placas de concreto, em vez de polietileno, deve ter sido orientada pelo custo mais baixo. As cisternas de polietileno, segundo a Codevasf, são usadas nos Estados Unidos, México, Austrália e em outros países com regiões semiáridas como as do Norte de Minas. Portanto, são fabricadas por empresas multinacionais. Cada unidade instalada pela Fundação Banco do Brasil deve custar R$ 2 mil, sem qualquer custo para a família, que precisa frequentar um curso de capacitação para aprender como usar a cisterna e manter a água preservada para uso humano. 
 
Essa é uma boa notícia. O programa pretende garantir, até 2014, o acesso à água potável para 750 mil famílias carentes, moradoras em regiões rurais do semiárido brasileiro. A Codevasf anunciou que, em Minas, serão instaladas até o fim deste ano 7.391 cisternas de polietileno. É uma boa oportunidade para o governo mostrar eficiência na execução de programas para os pobres. Se o fizer, será diferente de tantos outros que mais beneficiaram os políticos, em épocas de eleições

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