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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CPI DA PRIVATARIA JÁ!

O pecado capital tucano 

 
OPINIÃO    

Paulo Henrique Amorim

                                                                      A imprensa brasileira, unha
                                                                      e carne com a privataria e
                                                                      os tucanos, fi cou de bico
                                                                      calado diante do livro A
                                                                      Privataria Tucana
A PRIVATARIA Tucana é a maior roubalheirade uma privataria latino-americana.Quem foram os privatadores?O do México, Carlos Salinas de Gortari,vendeu o México ao Slim, fugiu paraa Irlanda e hoje vive numa caverna naCidade do México, de localização desconhecida.O do Peru, Alberto Fujimori está preso,atrás das grades.O da Bolivia, Losada, saiu do Paláciodebaixo de pedradas, pegou um avião evive em Miami.O da Argentina, Carlos Menem, protege-se com um mandato de Senador paranão ir em cana.Aqui no Brasil, Fernando HenriqueCardoso é o Sacerdote Máximo dos tucanose do PiG, o Partido da ImprensaGolpista: a Globo, a Folha e o Estadão.(A Veja não conta. É um detrito de marébaixa em vias de remoção.)Este livro do Amaury Ribeiro Juniorpõe a Privataria a nu.O clã José Serra: a fi lha, o genro, o sócio,o cunhado, o tesoureiro de campanha,um Mr. Big, e um tal de Dr. Escuta,que ele pagou quando era governador(?) do estado de São Paulo – a turma estátoda lá.Com a boca na botija.    

E o presidente da farra era Fernando Henrique Cardoso. 
A roubalheira comia solta e ele, o presidente,coitado, sem saber de 
nada.Falando francês.
 O PiG se calou diante do livro aqui resumido.O livro tem documentos, documentospúblicos.Não há como desmenti-los.São vários batons na cueca: cuecas devários tamanhos e batom de muitas cores.Os tucanos deixam de ser santinhos.Não são mais virgens de colégio de freira.E não podem mais acusar ninguém decorrupto.Olha o teu rabo!É por isso que a imprensa brasileira,unha e carne com a privataria e os tucanos,fi cou de bico calado diante do livro.Porque perdeu os dois únicos argumentosque tinha.
Primeiro, que os tucanos fi zeram uma
bendita privatizacão, “modernizaram” o
Brasil. Na verdade, venderam a Vale do
Rio Doce por meia dúzia de bananas e
quase vendem o Banco do Brasil, a Caixa
e a Petrobras.
(Eles são gulosos...)
Segundo, eles eram os santinhos do
pau oco. Acusavam todo mundo de ladrões
e eles, puros, limpos, idealistas –
eles não roubavam.
Os dois argumentos foram para o saco.
A privataria é a mega-roubalheira.
E a privatização foi isso: uma privataria.
Paulo Henrique Amorim é jornalista e
blogueiro. Escreve para diversos jornais e
revistas do país, apresenta o programa
Domingo Espetacular da Rede Record e
mantém o blog Conversa Afi ada, com
notícias e opiniões pessoais sobre o Brasil, o
mundo e a política.
Movimentos sociais
cobram investigação
PRIVATARIA MST, MAB e
CPT defendem retomada
de patrimônio dado a
capital privado
vos processos de privatização e para retomar
as empresas estatais privatizadas,
como a Vale do Rio Doce”, explica João
Paulo Rodrigues.
Fato é que mesmo com todas tentativas
de encobrir a “privataria”, a elite
política conservadora fi cou “sem norte”,
como diz o bispo emérito de Goiás
e presidente de honra da Comissão Pastoral
da Terra (CPT), Dom Tomás Balduíno.
“Esse pessoal da direita, do poder,
do dinheiro, foi pego de surpresa,
e agora eles estão atrapalhados”, ironiza
o bispo.
Estão “atrapalhados” e permanecem
hipócritas. O integrante da coordenação
nacional do MST destaca que os setores
conservadores usam o tema da corrupção
de forma superfi cial para fi ns eleitorais,
mas que, quando estão no governo,
se benefi ciam do capital privado corruptor.
“Os movimentos sociais defendem
uma maior participação da sociedade na
gestão do Estado para orientar, acompanhar
e fi scalizar esses processos, dando
maior transparência e fechando as brechas
para a corrupção”, pontua.
Nesse sentido, segundo ele, combater
a corrupção é mais do que uma questão
moral. É também defender a organização
e a participação do povo brasileiro
na gestão do Estado, subordinando os
interesses privados às necessidades do
conjunto da sociedade.
Para além de ampliar a luta contra
a privatização, Gilberto Cervinski, do
MAB, defende que investigar a “privataria”
é também elevar o nível de consciência
da população. Porém, assegura
que “a resposta mais importante para esses
crimes será retomar esse patrimônio
[privatizado] ao povo brasileiro”.
O pecado capital tucano
O presidente da farra era o Fernando
Henrique Cardoso. A roubalheira
comia solta e ele, o presidente,
coitado, sem saber de nada

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