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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Jefferson inventou
mensalão para
se vingar de Dirceu

             Mensalão foi mentira de Roberto Jefferson para derrubar José Dirceu, admite advogado.

                                                 O Stanley Burburinho recomenda interessante leitura.

O que dirá a Renata Lo Prete, que ganhou um Prêmio com o sensacional furo furado: a entrevista do Thomas Jefferson que deu origem ao “mensalão”, este que está por provar-se.

Será que ela vai devolver o Prêmio ?

Ou vai preferir continuar a fazer escada para o Ataulfo Merval de Paiva, na GloboNews ?

Assim se fazem as carreiras no PiG (*).

Quantos “jornalistas” se anabolizaram na “denúncia” do mensalão ?

E agora, quando o Dirceu for absolvido e tiverem que fazer o exame de dopping ?

Quem também armou contra o Dirceu para se vingar do Dirceu foram o Cachoeira – que, para a Globo é um santinho do pau oco – e o Demóstenes, como demonstrou a TV Record, ao melar o mensalão.

Agora, o PiG (*) quer que o Ministro Peluso vote contra o Dirceu, por vingança.

Assim se fazem as reputações nesta Democracia que está por instalar-se.

Vamos ao que o Burburinho, incansável, recomenda:

Mensalão foi mentira de Roberto Jefferson para derrubar José Dirceu, admite advogado



Roberto Jefferson teria inventado a história para se vingar de Dirceu

O julgamento da Ação Penal 470, apelidado de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, sofrerá nesta segunda-feira a sua maior reviravolta. Advogado do deputado cassado Roberto Jefferson, autor da denúncia de compra de votos por parte de um esquema audacioso, montado para que o Partido dos Trabalhadores (PT) permanecesse indefinidamente no poder, segundo a tese do ‘mensalão’, Luiz Francisco Corrêa Barbosa dirá à Superma Corte que tudo não passou de uma mentira, de uma invencionice de seu cliente. Os recursos entregues pelo PT ao PTB, no total de R$ 4 milhões, eram, na verdade, o cumprimento de um acordo para financiamento de campanhas municipais em 2004.

Corrêa Barbosa adiantou a sua linha de defesa do cliente em uma entrevista publicada neste domingo em um portal da internet. O advogado confessa que a tal mesada, supostamente paga a parlamentares, foi “objeto de coação”. Jefferson, que se dizia pressionado pelo partido, criou a palavra como figura retórica para se vingar de seus algozes. O segundo conceito é o caixa 2, como já admitido por réus, como Delúbio Soares. Com essa confissão pública, Jefferson derruba a tese central da peça de acusação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estruturada em mais de cinco horas de leitura, no início do julgamento, sobre as mentiras do ex-parlamentar petebista.

Barbosa criticou, ainda, as falhas na denúncia de Gurgel. Segundo ele, a defesa do operador do ‘mensalão’, Marcos Valério, feita pelo advogado Marcelo Leonardo conseguiu desconstruir a tese do procurador-geral.

– A casa caiu! – exclamou, em entrevista ao portal iG.

Corrêa Barbosa, advogado de jefferson, seguirá a mesma linha da defesa de Delúbio Soares, de que o esquema não passava de caixa 2

Segundo o advogado, “ele (Leonardo) indicou provas em juízo, ao crivo do contraditório, que não são aquelas que indicou o procurador-geral (da fase pré-processual e em tese sem validade, conforme a defesa dos réus no processo). Essa ação penal vai terminar com um festival de absolvições porque não tem provas contra quase ninguém”. Barbosa também ratificou que Roberto Jefferson de fato recebeu R$ 4 milhões do PT. Na época, o PTB negociou com o PT a concessão de R$ 20 milhões. Segundo a defesa do petebista, esse dinheiro serviu para o custeio das campanhas municipais de 2004. A defesa de Jefferson nega que o depósito de R$ 4 milhões foi utilizado para a compra de apoio político do partido visando a aprovação da reforma da previdência.

– Não há um elemento de prova no processo a não ser a palavra dele (Roberto Jefferson) de que ele recebeu esses R$ 4 milhões – revela.

Na entrevista em vídeo concedida ao iG, Barbosa confirma que também vai defender, em favor de Jefferson, a mesma tese apresentada pela defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, entre outros, segundo a qual o pagamento de congressistas denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) não passou de um mero esquema de Caixa 2 (pagamento de despesas de campanha não declaradas à Justiça Eleitoral).

Na semana passada, o presidente do PTB já fez essa revelação ao dizer “José Dirceu me derrubou, mas livrei o Brasil dele”. Essa “vingança” mobiliza o debate político no Brasil há sete anos e boa parte da acusação de compra de votos está ancorada no testemunho de um personagem que, agora, desdiz tudo o que havia dito.



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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