Exército envia 800 homens ao Rio; Lula promete “100% de apoio”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que dará 100% de apoio ao governo do Rio de Janeiro para as ações de combate à violência. “Eu disse ao (governador) Sérgio Cabral que o que ele necessitar que o governo federal ajude, para que a gente possa permitir que as pessoas de bem vivam em paz neste país, vamos fazer”, disse Lula.
Segundo o presidente, “o Rio de Janeiro pode ficar tranquilo — que nós estaremos 100% apoiando o governador e o povo do estado”. As declarações foram dadas a jornalistas na noite de quinta-feira (25), em Georgetown, na Guiana.Leia também
Lula também autorizou o apoio do Exército ao governo fluminense nas operações contra os ataques de criminosos no Rio de Janeiro. De acordo com o subsecretário de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança Pública do estado, Roberto Sá, o efetivo de 800 homens da Brigada Paraquedista Militar do Exército vai controlar os acessos da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, na Penha, zona norte do Rio.
A polícia do Rio também terá o apoio de dois helicópteros da Força Aérea Brasileira e dez blindados de transporte, além de equipamentos de comunicação e óculos para visão noturna. A Prefeitura da cidade também vai bloquear todas as entradas das duas comunidades, onde vivem cerca de 100 mil pessoas, a fim de fechar o cerco contra o tráfico.
A finalidade é controlar, por um período indeterminado, os acessos às comunidades. Na quinta-feira (25), imagens de TV flagraram centenas de criminosos armados fugindo da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão. Há informações de que os moradores estejam sendo coagidos pelo tráfico para comprar alimentos e bebidas fora das favelas.
Mais ataques
A onda de ataques continuou na madrugada desta sexta-feira, mesmo depois da ocupação policial. Mais dois ônibus foram incendiados — um na Rodovia Presidente Dutra, na pista sentido São Paulo, e outro em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Além disso, criminosos atearam fogo em cinco carros nas zonas sul e norte da capital e nas regiões metropolitana e dos Lagos.
Os cerca de 100 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da Polícia Militar (PM), que passaram a noite na Vila Cruzeiro, fazem hoje uma varredura no local para apreender armas e drogas. O policiamento também está reforçado nas estradas do estado desde ontem, mas ainda não há informações sobre apreensões ou prisões.
Também por conta dos ataques, a emergência do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, está reforçada. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, as folgas foram suspensas para garantir o atendimento à população. Ontem, oito pessoas foram baleadas nos confrontos entre policiais e traficantes e seis continuam internadas.
Mais nove homens suspeitos de participar dos ataques que estão presos na Polinter do Grajaú, na zona norte, serão transferidos ainda hoje para presídios federais em outros estados. Desde domingo, mais de 70 veículos foram incendiados no Rio e 34 pessoas morreram. Dos mais de 150 detidos, 67 continuam presos.
Impactos na cidade
A ida para o trabalho na manhã desta sexta-feira foi complicada para muitos cariocas que precisam sair cedo de casa. Com medo de novos incêndios, diante da onda de ataques a veículos no Rio, as empresas de ônibus retiraram 95% da frota de circulação à noite e durante a madrugada.
Para contornar a situação, está marcada para esta tarde uma reunião entre o Rio Ônibus (sindicato que reúne as empresas de transporte coletivo da capital fluminense) e a Subsecretaria de Fiscalização, ligada à Secretaria Municipal de Transportes, com o objetivo de definir a manutenção de uma frota mínima para atender a população. Desde domingo (21), mais de dez ônibus foram incendiados. De acordo com o sindicato, cada ônibus queimado representa um prejuízo de R$ 250 mil para as empresas.
Também nesta sexta, a rede hospitalar federal do Rio deu início a um plano de contingência para atender vítimas dos ataques criminosos e confrontos com a polícia na cidade. Uma das unidades dessa rede é o Hospital de Bonsucesso, localizado próximo aos complexos de favelas. Algumas cirurgias eletivas (sem caráter emergencial) serão suspensas nos hospitais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e dos Servidores do Estado.
O plano de contingência visa a dar suporte às redes públicas de saúde estadual e municipal, oferecendo equipes médicas e leitos cirúrgicos das unidades federais como “retaguarda” a possíveis demandas que possam surgir diante dos últimos acontecimentos envolvendo o combate ao crime. O plano também suspende, por tempo indeterminado, as férias e licenças de equipes da área cirúrgica dos seis hospitais federais do Rio.
Da Redação, com informações da Agência Brasil
A polícia do Rio também terá o apoio de dois helicópteros da Força Aérea Brasileira e dez blindados de transporte, além de equipamentos de comunicação e óculos para visão noturna. A Prefeitura da cidade também vai bloquear todas as entradas das duas comunidades, onde vivem cerca de 100 mil pessoas, a fim de fechar o cerco contra o tráfico.
A finalidade é controlar, por um período indeterminado, os acessos às comunidades. Na quinta-feira (25), imagens de TV flagraram centenas de criminosos armados fugindo da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão. Há informações de que os moradores estejam sendo coagidos pelo tráfico para comprar alimentos e bebidas fora das favelas.
Mais ataques
A onda de ataques continuou na madrugada desta sexta-feira, mesmo depois da ocupação policial. Mais dois ônibus foram incendiados — um na Rodovia Presidente Dutra, na pista sentido São Paulo, e outro em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Além disso, criminosos atearam fogo em cinco carros nas zonas sul e norte da capital e nas regiões metropolitana e dos Lagos.
Os cerca de 100 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da Polícia Militar (PM), que passaram a noite na Vila Cruzeiro, fazem hoje uma varredura no local para apreender armas e drogas. O policiamento também está reforçado nas estradas do estado desde ontem, mas ainda não há informações sobre apreensões ou prisões.
Também por conta dos ataques, a emergência do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, está reforçada. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, as folgas foram suspensas para garantir o atendimento à população. Ontem, oito pessoas foram baleadas nos confrontos entre policiais e traficantes e seis continuam internadas.
Mais nove homens suspeitos de participar dos ataques que estão presos na Polinter do Grajaú, na zona norte, serão transferidos ainda hoje para presídios federais em outros estados. Desde domingo, mais de 70 veículos foram incendiados no Rio e 34 pessoas morreram. Dos mais de 150 detidos, 67 continuam presos.
Impactos na cidade
A ida para o trabalho na manhã desta sexta-feira foi complicada para muitos cariocas que precisam sair cedo de casa. Com medo de novos incêndios, diante da onda de ataques a veículos no Rio, as empresas de ônibus retiraram 95% da frota de circulação à noite e durante a madrugada.
Para contornar a situação, está marcada para esta tarde uma reunião entre o Rio Ônibus (sindicato que reúne as empresas de transporte coletivo da capital fluminense) e a Subsecretaria de Fiscalização, ligada à Secretaria Municipal de Transportes, com o objetivo de definir a manutenção de uma frota mínima para atender a população. Desde domingo (21), mais de dez ônibus foram incendiados. De acordo com o sindicato, cada ônibus queimado representa um prejuízo de R$ 250 mil para as empresas.
Também nesta sexta, a rede hospitalar federal do Rio deu início a um plano de contingência para atender vítimas dos ataques criminosos e confrontos com a polícia na cidade. Uma das unidades dessa rede é o Hospital de Bonsucesso, localizado próximo aos complexos de favelas. Algumas cirurgias eletivas (sem caráter emergencial) serão suspensas nos hospitais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e dos Servidores do Estado.
O plano de contingência visa a dar suporte às redes públicas de saúde estadual e municipal, oferecendo equipes médicas e leitos cirúrgicos das unidades federais como “retaguarda” a possíveis demandas que possam surgir diante dos últimos acontecimentos envolvendo o combate ao crime. O plano também suspende, por tempo indeterminado, as férias e licenças de equipes da área cirúrgica dos seis hospitais federais do Rio.
Da Redação, com informações da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário