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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Lula viaja à Bolívia

O ex-presidente Lula e o presidente da Bolívia, Evo Morales, se encontram hoje na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra. Eles devem discutir o impasse em torno de uma estrada financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no país vizinho.

Lula e Morales são as principais estrelas de um seminário com líderes de entidades empresariais bolivianas, no qual o ex-presidente proferirá uma palestra sob o tema "Integração Regional e Desenvolvimento Social dos Países Latino-Americanos". O evento é patrocinado pela construtora brasileira OAS, responsável pela obra viária que ligará os Departamentos de Beni e Cochabamba, cortando ao meio um território indígena em um de seus trechos. O líder boliviano também falará. A visita do ex-presidente também coincide com a estreia no país do filme "Lula, o Filho do Brasil".

Após as palestras, Lula e Morales terão um encontro reservado. O governo boliviano não divulgou os tópicos da conversa entre os dois, mas o Valor apurou que o tema principal do encontro será a rodovia de 306 km, orçada em US$ 415 milhões, US$ 332 milhões dos quais financiados pelo BNDES. O embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, e o diretor-superintendente da área internacional da OAS, Augusto César Uzêda, também estarão em Santa Cruz......


Segundo fontes familiarizadas ao tema, Lula tentará convencer Morales a adotar uma postura menos beligerante em relação aos indígenas, que se recusam a permitir que o trecho 2 da rodovia atravesse o seu território.

Os índios promovem há cerca de duas semanas uma marcha rumo a La Paz em protesto contra a estrada. Eles dizem não ter sido consultados sobre o trecho de 177 quilômetros que atravessará o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis) e temem o avanço de colonos e cocaleiros sobre a reserva. Para aumentar o clima de desconfiança dos indígenas, o governo admitiu neste mês que estudos apontam para a existência de petróleo na região.

Morales, por sua vez, vem atacando os nativos, acusando-os de estarem a serviço de ONGs estrangeiras com interesses na região e dos Estados Unidos, além de traficarem madeira.

O presidente chegou, inclusive, a divulgar em uma aparição na TV registros com telefonemas "suspeitos" entre lideranças indígenas e a embaixada americana. O conselheiro da embaixada William Mozdzierz foi chamado pelo governo a dar explicações.

O Valor apurou que, na avaliação do governo brasileiro e da própria OAS, a postura de Morales só dificulta o entendimento entre seu governo e os índios, o que coloca em risco o andamento das obras da estrada - fruto de um acordo costurado em 2008 por Lula, em seu segundo mandato, e o presidente boliviano.

"Lula é um conciliador por natureza. Ele vai tentar mostrar ao presidente Evo Morales que acirrar os ânimos com os indígenas só dificulta o seu objetivo principal, que é o de concluir a estrada", disse uma fonte do governo brasileiro.

Outra missão de Lula será acalmar Morales sobre rumores de que o BNDES está retendo o financiamento à rodovia por conta da falta de acordo com os indígenas, disse outra fonte. O banco brasileiro ainda não fez nenhum desembolso relacionado à obra, alegando que as obras recém começaram e que as verbas são liberadas de acordo com a execução dos trabalhos.

Os indígenas, por outro lado, vêm pressionando o governo brasileiro para que o dinheiro do BNDES não chegue. Há duas semanas, dezenas de manifestantes fizeram um protesto em frente à embaixada brasileira em La Paz, gritando palavras de ordem contra a estrada e acusando a postura "imperialista" do Brasil. Uma comissão de lideranças indígenas chegou a ser recebida pelo embaixador Marcel Biato e pediu, sem sucesso, que o diplomata intermediasse contatos entre eles e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, além de representantes do BNDES.

O encontro de hoje entre Lula e Morales foi precedido de outra reunião, na última sexta-feira, entre o presidente da Bolívia e o diretor da OAS Uzêda, em La Paz. O Valor apurou que a empreiteira vem cobrando o governo boliviano por um atraso de US$ 60 milhões em repasses da agência estatal Administradora Boliviana de Carreteras relacionados à estrada.

Em entrevista ao Valor, Uzêda confirmou o encontro com Morales, mas negou que houvesse atrasos e que a estrada boliviana estivesse em pauta. "Vamos discutir outros projetos de nosso interesse na Bolívia", afirmou.

As obras da estrada, que ligará San Ignácio de Moxos (Beni) a Villa Tucunari (Cochabamba), já começaram em seus trechos 1 e 3, nos dois extremos da rodovia. O trecho principal, no entanto, é 2, que atravessa o Tipnis - uma reserva indígena de 1 milhão de hectares, onde vivem de 10 mil a 12 mil indígenas de três diferentes etnias.

O trecho 2 responde por cerca de 40% do valor total da estrada e tem o início dos trabalhos marcado para 2012. A conclusão da estrada está prevista para 2014.

Esclarecimento aos amigos da Rádio UAI



Caros amigos da Rádio UAI

Já faz 14 anos que iniciamos aqui em Raul soares o projeto de criarmos uma emissora verdadeiramente comunitária, para atender os anseios da nossa sociedade. No início, tivemos que enfrentar o ataque das grandes emissoras de rádios comerciais, Anatel e políticos “do contra”, que tentaram impedir que o nosso movimento tomasse força e se tornasse uma realidade regional. Durante toda a nossa trajetória sempre mantivemos um canal aberto com todas as organizações comunitárias, políticas, religiosas e sociais de nossa Raul Soares. Nunca negamos o direito de participação e resposta em nossa emissora de quem quer que fosse, desde o mais simples cidadão até o mais poderoso governante. Foi assim que a Rádio Uai se tornou a voz da nossa comunidade, referência na região e que sempre teve a coragem de expor a sua posição, contanto que essa fosse de interesse de toda a coletividade e negado o anonimato, bem como falas descontextualizadas.

Logo no inicio da Rádio Uai, ao lado do meu companheiro amigo e poeta, Itamar Socrátes, criamos o programa “Boemia”, que posteriormente recebeu o nome de programa “Naquele Tempo”. Um programa que tinha o objetivo de resgatar as canções e a cultura do nosso passado buscando a nostalgia através do entretenimento musical e cultural de nossos ouvintes. No programa “Naquele Tempo”, que apresentei por 7 anos, tivemos a alegria de construir uma audiência consolidada que muito contribuiu até mesmo para a criação e a organização do Clube da Melhor Idade aqui em Raul soares que desempenha um papel primordial em defesa  ao respeito e valorização dos nossos cidadãos da terceira idade.

A nossa companheira Silvânia Moraes, foi também nossa parceira por um período no inicio dos trabalhos na emissora, por um convite meu, já que se tratava de uma radialista competente e capaz de cumprir bem sua função. Contudo, nesta época, por uma divergência com a diretoria da emissora, acabou se afastando, e foi compor o quadro da Radio Onda Livre de São Pedro dos Ferros, emissora que nós também ajudamos a fundar. Passados alguns anos, quando a Silvânia Moraes já não tinha mais espaço para apresentar o seu programa naquela emissora de São Pedro dos Ferros, por questões particulares e pessoais, mais uma vez estendi-lhe a mão, convidando-a para que, em parceria comigo, viesse a produzir e apresentar o programa “Naquele Tempo” representando assim o seu retorno para a nossa Radio Uai. Com o passar do tempo, e por conta de muitas ocupações profissionais minhas, acabei deixando o programa na condução de Silvânia Moraes e do poeta Itamar Socrátes por afeto e confiança. Até que, enfim, o programa ficou basicamente sobre a tutela, administração e recolhimento financeiro dos apoios culturais por parte somente da Silvânia Moraes, que excluiu, ainda, o nosso ilustre Itamar, deste processo cultural, por motivos que não me dizem respeito.

Vale lembrar, que desde que me candidatei ao cargo de vereador e ocupei este mandato na Câmara de Raul Soares, me afastei oficialmente da Diretoria da Associação Comunitária da Imagem e do Som de Raul Soares – ASCOMIS – que é a mantenedora da Rádio Uai. Hoje, tenho apenas um contrato de voluntário, em parceria com a entidade, para a apresentação do programa “Comunidade em Revista” e do programa “Naquele Tempo”, este último ao lado de Silvânia Moraes. Afirmo, ainda, que não recebo e nunca recebi qualquer recurso financeiro proveniente de apoio cultural que tenha vindo do programa “Naquele Tempo”.

A atual administração da Rádio Uai, cujo presidente é o Sr. João Romero de Araujo, pessoa idônea em nossa comunidade, por uma questão de gestão administrativa, decidiu fazer uma readequação da atividade dos locutores dentro da emissora, com a garantia de direitos iguais, onde todos pudessem exercer a sua função com liberdade e com igualdade de condições de faturamento pelo período trabalhado.

Contudo, depois de acertado com todos os comunicadores a nova forma de gestão administrativa estabelecida em contrato, firmado e assinado por todos, somente Silvânia Moraes manifestou sua posição de não aceitar a proposta da diretoria e firmou sua intenção de afastar-se do programa diante das condições financeiras propostas. Vale explicar que todos os locutores renovam seus apoios culturais mensalmente e somente a Silvânia Moraes tinha alguns apoios culturais renovados semanalmente, e a veiculação da grade de apoio cultural da rádio não é veiculada aos domingos durante o programa “Naquele Tempo”.

Mesmo sem compor o atual quadro da diretoria, eu pedi à Silvânia Moraes um tempo, para tentar me inteirar e entender a situação de fato, e com isso poder interceder em seu favor. Esse tempo, no entanto, não me foi dado, pois antes mesmo que eu pudesse abrir qualquer tipo de negociação ela partiu para um ataque direto e irreversível inclusive contra minha pessoa, que ao longo dos anos fui quem mais a incentivou e lhe deu mais oportunidades dentro da Rádio Uai.

O resto é de conhecimento público, se não for, leiam agora: A Silvânia foi à Rádio, durante o programa “Naquele Tempo” e colocou em dúvida toda a idoneidade da diretoria da ASCOMIS. Além disso, ocorreu um ataque na tribuna da Câmara Municipal numa transmissão ao vivo pela Rádio Uai e uma invasão das dependências da sede da emissora por defensoras dela, que tumultuaram e praticamente impediram a realização do programa no dia 7 de agosto de 2011 que foi ao ar com minha locução em parceria real com a de Silvânia Moraes.

Desde então começou-se uma campanha, política e pessoal contra a minha pessoa e de todos os integrantes da diretoria da ASCOMIS, culminando com um abaixo assinado distribuído a cidadãos que só ouviram uma versão da história. Pessoas estas que desconhecem o envolvimento, sempre político e partidário do ilustre Antônio Leal, que assumiu em um comentário deste blog acumular diversas funções na Prefeitura da cidade, inclusive a de Assessor para Assuntos Aleatórios. Em defesa de sua protegida, o ilustre Antônio Leal, foi à Rádio Uai neste mesmo dia 7 de agosto e esteve, ainda, na residência do então presidente da ASCOMIS João Romero de Araújo, intercedendo por ela, bem como fez algumas ligações em seu nome para tentar mantê-la na rádio, mesmo depois dos despautérios por ela proferidos ao vivo no programa “Naquele Tempo”. Inclusive, no dia em que Silvânia Moraes foi à Câmara, o Sr. Antônio Leal tomou a palavra para defendê-la.

Sendo assim, ilustres leitores, peço a todos que pesem todos os fatos, antes de tomar partido, sob a pena de incorrer em falso julgamento e tomar posição ouvindo somente um lado da história. Nesta situação, o que menos pesa é a questão administrativa que já não me diz respeito, desde que me afastei da diretoria. Essa situação constrangedora tem muito mais a ver com questões políticas e financeiras vindas do lado da minha, uma vez querida e amiga, Silvânia Moraes.

Só espero que a nossa comunidade saiba compreender que as pessoas passam e as instituições ficam, não podemos nos prender às vaidades pessoais, aos interesses financeiros e às mazelas da velha política local que adora ver o circo pegando fogo, no terreiro do adversário político.

Não somos perfeitos e que os nossos defeitos sejam perdoados, mas que a verdade prevaleça sempre depois de pesados os dois lados de cada fato!

Ramiro Andrade Grossi

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Veja ilustra por que a mídia precisa de leis



O silêncio da grande imprensa em torno dos fatos que culminaram com a reportagem de capa da edição da revista Veja desta semana, tem duas explicações: a primeira é a de que a matéria é um amontoado de suposições e de “escandalização” do nada; a segunda, é o crime que o veículo cometeu na tentativa de conseguir alguma sustentação para o que publicou.
A matéria, primeiro. Constata que José Dirceu tem relações com políticos do PT, alguns dos quais estão no governo. A matéria poderia ter ido mais longe. Dirceu tinha relações com Lula quando presidente e agora tem com Dilma. Se ela não o visita, ele a visita. O fato de ele estar sendo investigado no inquérito do “mensalão” não o impede de ter relações políticas.
Tudo passaria como apenas mais uma demonstração de jornalismo irresponsável e antiético entre tantas outras que a revista da família Civita já deu. Desta vez, porém, ocorreu um fato espantoso, a despeito das suposições da revista sobre irregularidade que inexiste no fato de Dirceu se reunir com membros de seu partido ou de outros. Esse fato é o gerador do silêncio.
A Veja foge de se aprofundar no fato de ter hospedado seu jornalista no hotel em que José Dirceu se reúne com políticos em Brasília e de que este tentou invadir o apartamento do ex-ministro. Entrar no apartamento alheio em um hotel enganando a camareira, é crime. Pouco importa o que Dirceu estava fazendo.
Mesmo se o repórter tivesse conseguido esconder um equipamento de escuta no quarto de Dirceu, ou uma câmera, ou coisa que o valha, nada do que obtivesse por tais métodos seria legal. Na verdade, seria criminoso.
Há dúvida de que o repórter da Veja tentou invadir o quarto? Os testemunhos de funcionários do hotel não valem? O Boletim de Ocorrência não é nada? O fato de o repórter ter pedido para ficar no quarto ao lado do de Dirceu, não indica nada? Há alguma diferença entre os métodos da Veja e os do jornal britânico The News of the World?
E o principal: quem investigará o que ocorreu? A Polícia Federal? A de Brasília? O Congresso? A classe política aceitará que órgãos de imprensa invadam suas casas em busca de provas contra seus membros? É democrático e republicano que se possa invadir a casa de alguém sem ordem judicial, sem sustentação nenhuma?
O cerne da questão é a regulação da imprensa. A “reportagem” da Veja deixou claro que a brasileira usa métodos iguais ou piores dos que já se vai descobrindo que eram usados por parte da imprensa britânica e que, por lá, estão gerando um escândalo de proporções gigantescas, que inclui até prisão de jornalistas.
E ninguém fala em “censura”, por lá.
O que a Veja acaba de fazer só comprova que este país não avançará sem leis específicas e abrangentes para o exercício da atividade jornalística e sem limites éticos a tal atividade, e que não se pode justificar que a imprensa cometa crimes alegando que os comete para combater outros supostos crimes.
O silêncio em torno da constrangedora matéria da Veja e do ataque criminoso da revista não esconde pudor, mas consciência de que, se esse debate avançar, ficará muito claro o caráter imprescindível de um projeto de lei com regras e limites ao exercício da atividade jornalística e com mecanismos de punição de excessos como o que acabamos de ver.
Se mesmo com a comprovação cabal de que a imprensa brasileira comete crimes iguais ou piores do que os da britânica o governo Dilma não enviar de uma vez ao Congresso um projeto de lei de regulação da mídia, haverá uma crise institucional no Brasil. E todos nós sabemos como sempre acabaram as crises institucionais neste país.

O silêncio dos indecentes




Ao constatar o silêncio sepulcral que se derramou sobre a grande mídia neste fim de semana, logo após a denúncia que a revista Veja fez contra o ex-ministro José Dirceu e a que este fez contra a revista, fiquei imaginando quantos jornalistas sérios existem nesses grandes veículos que podem estar tendo a decência de se indignar com seus patrões por estarem impedindo que façam seu trabalho.
Para quem chegou agora ao noticiário político e não sabe sobre o que se refere esse caso, ou para você que, aí no futuro, está lendo o que escrevi no passado, explico que o ex-ministro José Dirceu, no fim de agosto de 2011, denunciou em seu blog que a revista Veja mandou um repórter tentar invadir seu apartamento em um hotel de Brasília pouco antes de publicar matéria com a “revelação” de que se reunia, ali, com correligionários políticos.
Na matéria, a revista Veja fez suposições sobre as razões que levaram aqueles políticos a se reunirem no hotel Naoum, em Brasília, baseando-se na premissa inverídica de que por Dirceu estar sendo processado pelo Supremo Tribunal Federal pelo “escândalo do mensalão” e por ter tido cassado seu direito de disputar eleições estaria impedido, de alguma forma, de fazer articulações políticas. As suposições, surpreendentemente, são tratadas como fatos pela matéria da Veja.
Uma das suposições da matéria é a de que, por ter se reunido com seus correligionários petistas em data próxima à queda do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, Dirceu teria tramado com eles a retirada de apoio do PT a ele, o que teria determinado a sua demissão pela presidente Dilma Rousseff. Não houve escuta ou indício maior para a Veja fazer tal afirmação. A revista apenas supôs e publicou como se fosse fato.
Apesar de não haver matéria alguma nesse fato sobre os encontros de Dirceu em Brasília, isso não significa que esse caso, por inteiro, não contenha uma das mais saborosas e instigantes matérias jornalísticas sobre política dos últimos tempos.
Acontece que, apesar de a matéria da Veja fazer parte de um jogo político da imprensa aliada ao PSDB e, portanto, não precisar de fatos reais, pois tenta apenas impor à sociedade a percepção de que o governo Dilma e o PT estariam infestados de gangsters e, nesse processo, procura, na falta de qualidade das acusações, produzir quantidade, faltava um mínimo de verossimilhança à “denúncia” contra Dirceu.
Na tentativa de tornar a matéria menos pífia, a Veja se valeu de método literalmente criminoso. Como é óbvio que o hotel que fez um Boletim de Ocorrência contra a tentativa do repórter da revista de invadir o quarto de Dirceu não cederia imagens de seu circuito interno de TV àquele mesmo repórter, ele instalou câmeras nos corredores do estabelecimento para conseguir as imagens que a Veja publicou.
O viés criminoso da revista, nesse caso, é uma bomba jornalística que reproduz, no Brasil, o escândalo de alcance planetário que se abateu sobre a imprensa britânica. É uma das maiores matérias jornalísticas que surgiram neste ano, no mínimo.
É verdadeira a acusação de José Dirceu? Que tal seria se a imprensa ouvisse as testemunhas? Por exemplo, a imprensa poderia entrevistar a camareira à qual o repórter da Veja Gustavo Ribeiro teria pedido que abrisse o apartamento de Dirceu alegando que aquele era o seu apartamento (do repórter) e que teria esquecido a chave em algum lugar.
O pessoal da recepção poderia ser entrevistado para comprovar ou não que Ribeiro se hospedou no hotel e pediu para ser alojado no apartamento contiguo ao de Dirceu e  que o repórter da Veja, ao ser denunciado pela camareira, fugiu do estabelecimento sem pagar a conta. Afinal, se Ribeiro se hospedou no hotel teve que fazer o check-in e o check-out. Se pagou a conta, deve ter o recibo do pagamento. Se não tem, fugiu.
Por que um repórter fugiria de um hotel no qual se hospedou?
Seria uma bomba jornalística se essa matéria fosse parar no Jornal Nacional, por exemplo. E mesmo nos telejornais da Record, da Band ou do SBT, seria uma bomba. Menor, mas uma bomba. No entanto, até a manhã de domingo, dias após os fatos, só saíram uma notinha escondida na Folha de São Paulo e outra em O Globo e uma matéria no telejornal da TV Cultura, em termos de grande mídia.
O silêncio desses indecentes pseudo jornalistas que controlam as redações dos grandes meios de comunicação é a prova final, para quem dela tomar conhecimento, de que o que essa gente quer não é liberdade de imprensa, mas liberdade para decidir o que você, leitor, deve ou não saber, pois há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade.
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Conheça o império de comunicação da família Civita
Wikipédia
Editora Abril
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Editora Abril S.A.
Logo da Editora Abril
Tipo       Privada
Fundação           1950
Sede      São Paulo, Brasil
Pessoa(s) chave              – Roberto Civita – Presidente
Giancarlo Civita – Presidente executivo
Lucro     R$ 1,644 bilhão, (2007)
A Editora Abril é uma editora brasileira, sediada na cidade de São Paulo, parte integrante do Grupo Abril. Fundado em 1950 por Victor Civita como Editora Abril, o Grupo Abril é hoje um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação da América Latina. Ao longo de sua história expandiu e diversificou suas operações, e hoje fornece conteúdo em multiplataformas.
Nos anos 40, os irmão Victor Civita e Cesar Civita fundaram a Editora Abril inicialmente na Argentina e lá conseguiram licença dos personagens Disney, Em 1945, em visita a Argentina, o jornalista Adolfo Aizen toma conhecimento da Editora Abril e resolve criar uma parceria para publicação de um título Disney no Brasil, “Seleções Coloridas” foi publicada em 1946 pela EBAL de Adolfo Aizen.
Em Maio de 1950, Victor Civita resolve fundar uma editora no Brasil, surge a Editora Primavera e sua primeira publicação foi a revista Raio Vermelho, em Julho de 1950, Civita passa a usar o mesmo nome da Editora argentina, “Editora Abril”.
A Editora Abril começou com a publicação O Pato Donald num escritório no centro de São Paulo, com seis funcionários. O nome da empresa é uma referência ao mês que dá início à primavera na Europa.
O crescimento experimentado pela empresa na década de 50, se intensifica nos anos 60, fruto combinado da publicação de obras de referência em fascículos, e do aumento de sua linha infanto-juvenil, incluindo o lançamento de Zé Carioca, em 1961, e de Recreio, em 1969, que circularia por 12 anos. Em 1968, passa a publicar Veja, revista jornalística de variedades que viria a ser a revista com mais circulação no Brasil.
Expandindo os segmentos, a Abril passa a publicar revistas sobre turismo e da indústria automobilística, (Quatro Rodas, Guia Quatro Rodas e Viagem & Turismo), Futebol (Placar), masculinas (Playboy, Vip e Men’s Health). Cria também inúmeras publicações voltadas ao público feminino: Capricho (que começou com fotonovelas e em 1981 foi reformulada para temas relacionados às adolescentes), Manequim (a primeira revista de moda da Abril), Claudia (que quando surge em 1961 focalizava a dona-de-casa), além de Estilo (versão brasileira da americana InStyle), Nova (versão brasileira da americana Cosmopolitan e Elle (versão brasileira da revista francesa homônima).
Em 1999 o grupo Abril adquire de parte das Editoras Ática e Scipione e em 2004 da totalidade das ações, ganhando importância no mercado brasileiro de livros escolares.
Em maio de 2006, Civita anunciou a sociedade com o Naspers, grupo de mídia sul-africano que esteve estreitamente vinculado ao Partido Nacional, a organização partidária de extrema-direita que legalizou o criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial. O grupo Naspers passou a deter 30% do capital do Grupo, incluindo a compra dos 13,8% que pertenciam aos fundos de investimento administrados pela Capital International, desde julho de 2004.
Segundo dados da própria empresa, hoje a Abril publica mais de 350 títulos, que chegam a 23 milhões de leitores. A Gráfica utiliza processos digitais e imprime cerca 350 milhões de revistas por ano. As editoras Ática e Scipione produziram mais de 4.300 títulos e venderam 37 milhões de livros em 2005.
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Entenda por que a Veja fez de novo




Alinhavando pontos esparsos dos últimos fatos envolvendo a revista Veja e José Dirceu, chega-se a uma conclusão surpreendente: os que puxam os cordões da revista jamais pretenderam produzir alguma conseqüência direta da matéria publicada no último fim de semana, a qual “acusa” o ex-ministro de ter recebido aliados políticos em um hotel de Brasília.
Pense comigo, surpreso leitor: será que uma organização do porte da Veja não tem consciência de que o que publicou não passa de um amontoado de opiniões e suposições sem o menor embasamento probatório ou meramente indicativo?
Nenhuma instância do Ministério Público, da Polícia Federal ou de qualquer outra instituição da República pode dar a menor bola a esse caso. Não pode ser considerado ilegal que alguém que tem um cargo de provimento político pelo governo encontre aliados políticos pertencentes ao mesmo partido que o seu ou à mesma aliança política daquele partido.
Veja tem advogados, como todos sabem. Muitos advogados. E também se sabe muito bem que  sua matéria de capa do último fim de semana não passa de opinião ou suposição – ou de ambas. Então por que publicar uma matéria que, aparentemente, até os seus pares na grande mídia não quiseram repercutir por julgarem fraca e tendenciosa?
Bobinha a Veja, não?
A resposta à pergunta acima, definitivamente, é não – a Veja, de boba, não tem nada. E, quanto ao silêncio de seus congêneres no Partido da Imprensa Golpista, talvez não passe de tática para não inflar a denúncia de José Dirceu, que pegou a turma toda no contrapé. E o que é pior – ou melhor: acidentalmente.
Uma digressão: a Veja está usando o blog de Reinaldo Azevedo – que, nessas horas, sempre deixa ver por que o império da família Civita o paga – para se explicar. Todavia, por mais que a revista e seu garoto de recados fujam, uma hora terão que dar explicações para o fato de o seu repórter ter tentado invadir o apartamento de Dirceu.
Mas, voltando à vaca fria, por que, diabos, a Veja publicou uma matéria que qualquer um que entenda um pouco de política sabe que não daria em nada mesmo que o repórter invasor não tivesse recorrido a um crime para fazer o que o patrão chama de “jornalismo”?
Havendo um veículo que se disponha a violar qualquer princípio ético e jornalístico é mais fácil produzir uma capa de revista fortemente criminalizadora do PT (o partido do governo Dilma) para setores da direita midiática que já se organizam em “movimentos espontâneos” da “sociedade civil” para marcharem “contra a corrupção” pelas ruas de algumas capitais.
Não importa o que diz a matéria da Veja porque esses setores que tentam aprofundar a crise política do governo Dilma não precisam de fatos, mas de símbolos para brandir na campanha moralista que vem por aí e que, além de manifestantes, terá até “frente parlamentar”. Uma campanha que muita gente – inclusive do governo – ainda não percebeu.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Nordeste mantém ritmo da economia e descola do país

A economia da região Nordeste continua crescendo num passo acelerado, descolada do resto do país e sem sentir os efeitos das medidas adotadas pelo governo para esfriar a atividade econômica e combater a inflação.Enquanto os Estados nordestinos foram impulsionados por investimentos do governo federal e de empresas privadas, o enfraquecimento da indústria e o aumento das taxas de juros fizeram o Sul e o Sudeste trocar de marcha.De acordo com projeções do Banco Central, a economia brasileira cresceu 1,1% no primeiro trimestre do ano e 0,7% no segundo trimestre, sempre em relação ao período imediatamente anterior.
O Sudeste cresceu 1,4% no primeiro trimestre e 0,6% no segundo, segundo o BC. No Nordeste, a economia manteve no segundo trimestre o mesmo ritmo do começo do ano, crescendo 1,6%.O Nordeste é a região em que a presidente Dilma Rousseff alcançou sua melhor votação na eleição do ano passado. Lá, seu governo obtém índices de aprovação maiores do que os de outras regiões, segundo o Datafolha.O aumento dos juros e outras medidas do governo atingiram com mais força o Sul e o Sudeste porque a oferta de crédito é maior nessas regiões e sua economia depende mais da indústria, abalada pela competição com produtos importados e pela turbulência global.
Enquanto isso, o Nordeste virou destino de vultosos investimentos como os do porto de Suape, na região metropolitana de Recife, onde estão previstos aportes de R$ 24 bilhões até 2014, a maior parte de empresas privadas.Isso ajuda a explicar por que a taxa de desemprego na capital alcançou 6,3% no mês passado, bem abaixo da sua média histórica, superior a 10%, nota a economista Tânia Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco.”Pernambuco está recebendo um volume de investimentos equivalente a toda riqueza que produz em um ano”, diz ela. “Isso gera um impacto muito forte na economia local, que é relativamente pequena perto de Estados como São Paulo.”
RENDA EXTRA
As obras da ferrovia Transnordestina empregam 11,5 mil pessoas em Pernambuco, no Ceará e no Piauí. No Maranhão, a mineradora Vale investe na ampliação do porto de Ponta da Madeira e da Estrada de Ferro Carajás.A renda extra assegurada pelos programas sociais do governo federal também faz diferença na economia local. Metade das 13 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família vive no Nordeste.

Em abril, o governo reajustou os benefícios do programa em 19,4%, ao mesmo tempo em que iniciou um esforço para conter os gastos federais em outras áreas, sobretudo os investimentos.O economista Carlos Azzoni, da Universidade de São Paulo, explica que os investimentos e os programas sociais ajudam o Nordeste a amortecer o impacto da desaceleração da economia. “Além disso, este ano não teve seca, fenômeno que teria impacto negativo”, diz.Mas o Nordeste não está completamente imune ao esfriamento da economia nas regiões mais desenvolvidas do país. A economia local deve perder o ritmo até o fim do ano, ainda que em menor intensidade, afirma Azzoni.”A região sempre acompanha o que acontece no Brasil”, diz Bacelar, da UFPE. “Se o país entrar numa desaceleração maior, não será diferente com o Nordeste.”
Crise só na TV
O ano é de crise econômica internacional, mas na casa do pedreiro Gustavo Paulo da Penha, 28, em Olinda (região metropolitana do Recife, PE), as ofertas de trabalho não param de chegar.Penha, porém, é obrigado a recusar a maioria das propostas. Contratado em abril por uma firma que recupera fachadas de prédios, fica apenas com o serviço que pode fazer nas folgas.As obras que descarta tenta repassar aos colegas. Mas encontra dificuldades para achar alguém disponível. “Não tem ninguém parado hoje em dia”, diz.
Crise econômica, para ele, só existe na televisão. “Vejo as notícias, mas não sinto nada do que falam”, diz. “Não entendo nada de FMI, bolsa de valores. Para mim, crise é quando vem a carta do SPC e do Serasa.”Casado, sem filhos, Penha recebe, com as horas extras, cerca de R$ 1.000 por mês. Em três meses de trabalho na empresa, já se sentiu seguro para realizar alguns de seus sonhos de consumo. Comprou uma moto em 39 prestações de R$ 280 e um aparelho de TV LCD de 32 polegadas, em 12 parcelas de R$ 99.
Antes de ser contratado, o pedreiro passou um ano desempregado, sobrevivendo de bicos e do seguro-desemprego. “Paramos de sair e de comprar. Fome não passamos, porque sempre tinha um servicinho avulso para fazer por aí”, declara. Na Folha

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

EU E O MEU AMIGO JUJU ESTAVAMOS LÁ!

Aconteceu em
26 de agosto
Participantes da Marcha: todas as cores do povo brasileiro
1999 - Dia da Marcha dos 100 Mil
Chega a Brasília a Marcha dos 100 mil pelo Brasil, liderada por partidos de esquerda, CUT, MST, UNE e incontáveis movimentos sociais. A participação supera a cifra que deu nome ao protesto. Nenhum incidente. Entrega à Câmara abaixo-assinado com 1,3 milhão de firmas, pedindo CPI sobre o papel de FHC na privatização das teles.
1789:
A Constituinte da Revolução Francesa aprova a Declaração dos direitos do homem.
1883:
A Confederação Abolicionista lança seu manifesto, no teatro Pedro II, Rio de Janeiro.
1920:
As mulheres dos EUA conquistam o direito de voto.
1950:
1º Congresso do Negro Brasileiro, na ABI, Rio de Janeiro.
1974:
Acordo de Argel. Portugal começa a sair de seus “domínios ultramainos” coloniais.
1983:
Congresso de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em S. Bernardo, SP. Reune 5.059 delegados de 912 entidades e elege Jair Menegueli pres. (até 1994). A unidade aludida na sigla não se efetiva, mas a CUT se afirma como maior e mais longeva central da história do sindicalismo brasileiro.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dilma lança novo microcrédito com juros de 8% ao ano


A presidente Dilma Rousseff lançou hoje o Crescer, Programa Nacional de Microcrédito. Com ele, o governo federal pretende expandir o microcrédito para mais de 3,4 milhões de microempreendedores, oferecendo taxas de juros menores e estabelecendo metas de empréstimos para os bancos públicos, que terão de quadruplicar o número de beneficiados em até um ano e meio. A grande mudança é a redução dos juros de 60% para 8%, ao ano.


Programa Crescer
A presidente Dilma lança o Crescer / crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

O lançamento ocorreu no Palácio do Planalto, onde também foi anunciada redução da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) de 3% sobre o valor financiado para 1% sobre o valor do crédito. Os juros menores têm como objetivo melhorar o desempenho das operações de crédito, ampliando a capacidade de produção dos microempreendedores e, consequentemente, gerando mais emprego e renda.

A principal característica do programa, de orientação do crédito ao empreendedor, será mantida. Os financiamentos continuarão direcionados aos empreendedores informais (pessoas físicas), empreendedores individuais (EI) e microempresas com faturamento de até R$ 120 mil anuais.

O governo também estabeleceu metas para o volume de recursos destinados a empréstimos desse tipo. Até o final deste ano, os bancos da Amazônia, do Nordeste, do Brasil e Caixa Econômica Federal terão de comprovar emprestar R$ 654 milhões nas linhas de financiamento do programa e atender a, pelo menos, 734 mil clientes. Para o próximo ano, o valor sobe para R$ 1,73 bilhão e 2,24 milhões de pessoas contempladas. Em 2013, para R$ 3 bilhões e 3,46 milhões de beneficiários. Estima-se que a carteira ativa poderá chegar a R$ 3 bilhões, divididos entre os bancos.

Para garantir taxas de juros mais baixas, o Tesouro Nacional repassará recursos às instituições financeiras. Na equalização - subsídio para bancar taxas de juros inferiores ao custo de captação do dinheiro -, o Tesouro gastará R$ 50 milhões em 2011, R$ 310 milhões em 2012 e R$ 483 milhões em 2013.

Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o custo para o Tesouro será compensado pela redução das despesas dos programas sociais, à medida que os beneficiários vão montando seus próprios negócios. “Vale a pena sim [usar dinheiro do Tesouro para subsidiar as taxas de juros]. Significa que gente vai deixar de depender do Bolsa Família e de outros programas subsidiados. Portanto, gasta-se numa ponta, mas deixa-se de gastar em outra”, afirmou.

Para que as operações comecem a ser contratadas, o governo vai promulgar Medida Provisória autorizando a União a conceder subvenção econômica.

O valor de cada operação de crédito, seja para capital de giro seja para investimento, pode chegar a R$ 15 mil, com prazo de pagamento pactuado entre as instituições financeiras e o tomador, de acordo com o tipo de empreendimento e uso do recurso.

Instituições privadas

Os bancos privados também serão estimulados a oferecerem empréstimos com juros menores. Para isso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinará que as instituições financeiras destinem parte dos 2% dos depósitos à vista que já são obrigadas a destinar ao microcrédito brasileiro para as linhas do Programa Crescer. Com isso, o governo aposta que esse percentual será atingido de maneira escalonada, sendo 10% a partir de 1º de janeiro de 2012, 40% em 1º de julho de 2012, 60% em 1º de janeiro de 2013 e 80% em 1º de julho de 2013.

“Faxina contra a pobreza”


Após participar da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Microcrédito, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff reforçou que o centro de seu governo é o combate à miséria e o crescimento do país.


Durante entrevista coletiva, ao ser questionada sobre novas demissões, Dilma disse não concordar com o termo “faxina” utilizado pela grande mídia para tratar de questões relacionadas às demissões de integrantes do governo e afirmou que faxina, em seu governo, é contra a pobreza e a miséria.

“Essa pauta de demissões que fazem ranking não é adequada para um governo. Essa pauta, eu não vou jamais assumir. Não se demite nem se faz escala de demissão todos os dias (…). Baseada nesses princípios [da Justiça moderna], eu tomarei todas as providências”, afirmou.

A presidente enfatizou que não aceitará, "em hipótese alguma", que alguma pessoa de seu governo seja condenada sem respeitar os preceitos da Justiça moderna, aos direitos individuais e liberdades. "A lei é igual para todos. Não tem quem esteja acima da lei. É importantíssimo respeitar a dignidade da pessoas e não submetê-las a condições ultrajantes", concluiu Dilma.
  Com relação à crise financeira internacional, Dilma reiterou que o Brasil está em melhores condições de enfrentar a crise do que estava em 2008, quando o desequilíbrio financeiro teve início. Para ela, não haverá catástrofes como a quebra do Lehman Brothers, então quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, que pediu concordata em 2008. 


Com informações do Blog do Planalto e Agência Brasil

Aconteceu em
25 de agosto
   
  1987 - Dia do Pixote  
 
Fernando Ramos da Silva, 19 anos, que interpretara o papel principal do filme Pixote, um menino de rua, é morto com 8 tiros pela polícia em Diadema, São Paulo.
Cena do Pixote de Hector Babenko
 
 
1798:
Os conjurados baianos reúnem-se para precipitar a rebelião. A polícia ataca: dezenas de prisões, casas invadidas, torturas.
   
1882:
Morre Luís Gama, ex-escravo, vendido pelo próprio pai, advogado e poeta, abolicionista pioneiro em São Paulo.
   
1944
Tropas aliadas libertam Paris da ocupação nazista.
   
1954:
500 mil pessoas conduzem o corpo de Vargas ao aeroporto Santos Dumont e enfrentam tropa da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.
   
1961:
Jânio renuncia na ausência do vice, em viagem à China. Os ministros militares vetam a posse de Jango. Greve na E. F. Leopoldina, inicia Campanha da Legalidade.
   
1965:
A PUC-SP inaugura o auditório do Tuca com o auto de denúncia e esperança Morte e Vida Severina, versos de João Cabral de Melo Neto, música de Chico Buarque.
A montagem
do Tuca
   
1992:
Grandes atos contra Collor: SP (500 mil), AL (30 mil), PE, BA, PA, MG, PR, PB.
   
1999:
10 mil marcham pela independência de Timor Leste em Dili. É a maior demonstração desde a ocupação indonésia em 1976.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dilma é 3ª em ranking das mulheres mais poderosas do mundo

Dilma fez história como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina


A presidente Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo ranking da revista Forbes divulgado nesta quarta-feira. No topo da lista está a primeira-ministra alemã, Angela Merkel. Em segundo lugar ficou a secretária de Estado americano, Hillary Clinton. O rol da revista americana é dominado por políticas, empresárias e líderes dos setores de mídia e entretenimento.
“Nossa lista reflete os caminhos diversos e dinâmicos em direção ao poder para as mulheres hoje, seja liderando uma nação ou definindo a pauta de questões críticas da nossa época”, disse Moira Forbes, presidente e editora da ForbesWoman, em nota.
Oito chefes de Estado e 29 presidentes-executivas estão na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Elas têm em média 54 anos e controlam, juntas, US$ 30 trilhões. 22 delas são solteiras.
Dilma foi citada como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina, enquanto Merkel foi classificada como a única mulher chefe de uma economia global real da Europa. Hillary foi elogiada por ter lidado com as revoluções no Oriente Médio e revelações do WikiLeaks em seu segundo ano no cargo.
“Ao longo das múltiplas esferas de influência, essas mulheres alcançaram o poder por meio da conectividade, habilidade de construir uma comunidade ao redor de organizações que elas supervisionam, países que lideram, causas que encabeçam e marcas pessoais”, acrescentou a Forbes.
Completando as cinco primeiras posições da lista estão a presidente-executiva da PepsiCo U.S., Indra Nooyi, que comanda o império de alimentos e bebidas de US$ 60 bilhões e, a vice-presidente operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, que recebeu crédito por ter preparado o IPO da rede social que pode atrair até US$ 100 bilhões.
Segundo a Forbes, as mulheres da lista alcançaram poder não apenas por meio de dinheiro e força, mas, graças à mídia social, também por alcance e influência. Lady Gaga e a recém-nomeada editora-executiva do New York Times, Jill Abramson, estão em 11º e 12º lugar, respectivamente. Gaga é a mais nova da lista, com 25 anos, enquanto a Rainha Elizabeth, no 49º, é a mais velha, com 85 anos.
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, que no ano passado ficou no topo do ranking, este ano caiu para a oitava posição. A lista completa está no site da Forbes.
(Fonte Agência Reuters)
Através de solicitação do Vereador Ramiro Grossi ao Deputado Reginaldo Lopes Raul Soares ganhou três ônibus. Os carros já estão transportando os alunos da Rede Pública de Ensino.



Por solicitação do Vereador Ramiro Grossi, Presidente Municipal do PT, o Deputado Federal Reginaldo Lopes, Presidente Estadual do PT de Minas Gerais, marcou presença em Raul Soares para a entrega de 03 ônibus escolares, recurso no valor de R$ 527mil do Governo Federal para atender a rede pública de educação em Raul Soares.Os ônibus são padronizados, têm especificações próprias para o transporte de estudantes e conta com acessibilidade para embarcar alunos com dificuldade de locomoção. Os veículos já estão circulando em nossa comunidade e o Vereador Ramiro Grossi juntamente com os companheiros do PT fizeram a entrega simbólica das chaves dos veículos.


Creche de mais de R$ 1 milhão para Raul Soares


 No ensejo, o deputado federal Reginaldo Lopes indicou novamente a liberação de recurso no valor de R$ 1,25 milhão solicitado para a construção de uma creche em Raul Soares. Ela é padronizada e terá capacidade para receber 240 crianças em tempo integral. A entrada com a documentação pelo PAC 2 deverá ser realizada pela prefeitura neste mês de setembro de 2011 caso haja interesse do Município. Ramiro e Reginaldo ressaltaram a importância das creches que "dão oportunidade ás mães de trabalharem podendo deixar os seus filhos em local seguro recebendo educação de qualidade em período integral. Esta creche vai gerar 40 empregos diretos para profissionais da educação e todos os custos de manutenção são provenientes do Governo Federal.
Agora só falta o Prefeito oferecer o lote de 70x40 m² como contra partida para o projeto se consolidar.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

viva a blogosfera!

Blogs são fonte de informação para 28% dos brasileiros, diz pesquisa


Pesquisa CNT/Sensus sobre popularidade do governo apura pela primeira vez o peso da blogosfera como fonte de informação. Dos entrevistados, 16% dizem recorrer a blogs de notícias "sempre" e 12%, "às vezes". "Números são muito expressivos", diz analista. Quase 20% da população pretende ter acesso à internet em até 12 meses.

Os blogs de notícias são uma fonte de informação permanente para 16% dos brasileiros, cerca de 21 milhões dos 135 milhões de eleitores que estavam aptos a votar na eleição do ano passado. Outros 12% da população recorrem à blogosfera “às vezes”, o equivalente a 16 milhões de eleitores.

Os dados fazem parte de uma pesquisa periódica sobre a popularidade do governo feita pelo instituto Sensus a pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A mais recente edição foi divulgada na última terça-feira (16/08). Foi a primeira vez que o levantamento tentou descobrir os hábitos dos brasileiros na internet.

“A blogosfera tem sido crescentemente uma fonte de informação. Vinte milhões de eleitores usando a internet para se informar sempre é muita coisa”, disse à Carta Maior o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes. “Eu, por exemplo, aposentei o jornal escrito.”

A pesquisa buscou apurar também a penetração das três redes sociais mais populares no Brasil, as quais funcionam de alguma forma como fonte de informações ou meio de fazê-las circularem. Entre os entrevistados, 27% declararam que têm Orkut, 15%, que têm Facebook e 8%, Twitter.

Para Ricardo Guedes, de maneira geral, os números revelam uma penetração “muito expressiva” das redes sociais.

A CNT informou, por meio da assessoria de imprensa, que a inserção deste tipo de assunto na pesquisa não teve nenhuma razão especial. Segundo Ricardo Guedes, é importante ter a dimensão do peso da blogosfera e das redes sociais porque elas cada vez mais ajudam a formar a opinião das pessoas e dos eleitores.

De acordo com a pesquisa, 25% dos brasileiros (33 milhões de eleitores) dizem usar a internet “diariamente”, enquanto 10% utilizam “alguns dias por semana”. Há ainda 19% que disseram que não tem internet nem em casa, nem no trabalho, mas que pretendem ter nos próximos 12 meses. Carta Maior

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Audaciosa crítica de Raul Seixas à submissão da elite brasileira


Considerado um dos pioneiros do rock brasileiro, o baiano Raúl Seixas passou maus bocados por sua arte contestadora e, por vezes, um tanto mística. Coisas de artista. Neste domingo (21), completam-se 22 anos de sua morte, mas sua legião de fãs não para de crescer.


Por Marcos Aurélio Ruy


Com mais de 20 anos de carreira, chamado por muitos de o “pai do rock brasileiro”, Raul Seixas emplacou inúmeros sucessos na música popular brasileira ao misturar baião - inspirado principalmente em Luiz Gonzaga-  e rock, sob inspiração dos anos 1950, principalmente por Little Richard, o som meio anárquico de Frank Zappa e a revolução chamada Beatles, essencialmente John Lennon. Foi muito influenciado ainda pelo místico inglês Aleister Crowley, que pregava “faze o que tu queres, há de ser tudo da lei”.

Nessa miscelânea de sons e temas, Raul lança seu primeiro disco, Raulzito e Os Panteras, em 1968, não emplaca nas paradas, mas já mostra sua cara irreverente e tenaz na crítica ao sistema. Ao aproximar-se da Jovem Guarda, participa de um disco intitulado “Vida e Obra de Johnny McCartney”, com Leno, da dupla Leno e Lilian, que tem as letras censuradas e o disco acabou por não ser lançado.

Distancia-se da Jovem Guarda com sua arte contestadora, de forte apelo social e crítico à ditadura e ao capitalismo. Sofre forte censura do regime militar de 1964, cria a Sociedade Alternativa, com música homônima, e os militares pensam tratar-se de grupo guerrilheiro. É preso, torturado e obrigado a sair do país, juntamente com o atual escritor místico Paulo Coelho, seu parceiro em inúmeras canções.

Raul Seixas critica com veemência a escola e diz em entrevista “nunca aprendi nada na escola. Minto. Aprendi a odiá-la” e complementa com a afirmação de que “tudo o que aprendi era nos livros, em casa ou na rua.” Isso numa época em que até a escola estava sob o crivo da ditadura.

Em 1971 lança, sem autorização da gravadora, o disco “Sociedade Grã-Ordem Apresenta Sessão das Dez”. O disco some misteriosamente do mercado e Raul é expulso da multinacional CBS. No ano de 1982, ao aparecer embriagado e sem documentos para um show em Caieiras (SP), é confundido e torna-se “impostor de si mesmo”, quase é linchado pelo público, preso e espancado pelos policiais.

Esse ar de irreverência esteve presente em toda a sua obra. Com críticas mordazes à falta de liberdade e ao status quo. Na canção “Como Vovó Dizia” ele afirma: “quem não tem colírio usa óculos escuros, quem não tem filé como pão e osso duro, quem não tem  visão bate a cara contra o muro.” Precisa ser mais claro? Também em “Ouro de Tolo” fala da tentativa de “pão e circo”, uma tese propalada pela burguesia para conformar o povo sem contestação.

Também esteve nas paradas canções com “Tente Outra Vez”, “O Dia em que a Terra Parou”, “Mosca na Sopa”, “Metamorfose Ambulante”, “Gita”, “Al Capone”, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás”, “Sapato 36”, forte crítica ao patriarcalismo, e "Aluga-se”, na qual propõe alugar o Brasil para resolver os dilemas do país, cruciais ao povo brasileiro sob o obscurantismo fascista. Um dos seus maiores sucessos, porém, é “Maluco Beleza”, verdadeiro hino dos hippies brasileiros dos anos 1970.

Lança o disco “A Panela do Diabo”, em 19 de agosto de 1989, dois dias antes de sua morte, juntamente com o discípulo Marcelo Nova. Raul é encontrado morto em seu apartamento em São Paulo aos 44 anos.

Sucumbiu às drogas, ao alcoolismo e à diabetes. Tem sua arte, no entanto, viva na memória de uma enorme legião de fãs de todas as faixas etárias e sua contestação tornou Raul Seixas sem similar e sem substituto. Apresenta uma visão audaciosa dos costumes e da submissão da elite brasileira aos ditames imperialistas.

Veja abaixo alguns vídeos com suas músicas:

Como Vovó Já Dizia (Censurada) Remix

Como Vovó Dizia (com Paulo Coelho, 1974)

-Como vovó já dizia
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
(Mas não é bem verdade!)
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
Hum!...
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
Minha vó já me dizia
Prá eu sair sem me molhar
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
Mas a chuva é minha amiga
E eu não vou me resfriar
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
A serpente está na terra
O programa está no ar
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
A formiga só trabalha
Porque não sabe cantar...
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
Quem não tem filé
Come pão e osso duro
Quem não tem visão
Bate a cara contra o muro
Uuuuuuuh!...
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
É tanta coisa no menu
Que eu não sei o que comer
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
José Newton já dizia:
"Se subiu tem que descer"
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
Só com a praia bem deserta
É que o sol pode nascer
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
A banana é vitamina
Que engorda e faz crescer...
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
Quem não tem filé
Come pão e osso duro
Quem não tem visão
Bate a cara contra o muro...

Raul Seixas Ouro de tolo

Ouro de Tolo (1973)

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...
Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Raul Seixas - Maluco Beleza

Maluco Beleza (com Cláudio Roberto, 1972)

Enquanto você
Se esforça pra ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual...
Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Maluco total
Na loucura real...
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez...
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza...
E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir...
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Eeeeeeeeuu!...
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com toda certeza
Maluco, maluco beleza...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ELE TEM A OBRIGAÇÃO DE TRAZER A PÚBLICO ESTAS GRAVAÇÕES!

CBF ameaça divulgar gravações contra diretor da Globo


Não vai ficar barato para a Globo sua repentina decisão de noticiar os escândalos envolvendo a CBF, Ricardo Teixeira e a Fifa. Agora surgiram indícios (ou insinuações) de que a entidade máxima do futebol brasileiro tem gravações de diálogos que comprometeriam Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes. Essas gravações não autorizadas foram feitas a partir de ligações telefônicas ou na própria sede da CBF. Elas revelariam quando e como a Globo manipulou o horário de partidas de times e da seleção, para atender a seus próprios interesses...

T de Vingança

Teixeira também teria gravações mostrando como Pinto (foto ao lado) e seus comandados globais agiram nos últimos anos, quando tinham acesso livre à CBF. Fonte desta coluna, que pede anonimato, informa que as gravações teriam diálogos permeados de arrogância, prepotência e desprezo completo de Campos Pinto e seus subordinados pela concorrência. Inclusive uma das gravações mostraria emissários da Globo usando termos chulos contra Record e até contra a Band, que hoje é parceira da Globo no futebol.

Prato pelando
A ameaça de levar as gravações a público teria por finalidade não só vingar Teixeira do que ele considera "traição", por parte da Globo, mas também colocar a emissora numa situação delicada junto à imprensa, a parceiros e anunciantes do esporte. Algo do tipo: "eu morro, mas você vai morrer! Morrer comigo! . Tá bom, é só um jeito de dizer. Teixeira não dá risada como vilão de desenho... Vou continuar, agora sério...

Bombardeio
Campos Pinto está sob ataque de outro 'front', além do da CBF. Desafetos do diretor dentro da Globo ainda o culpam pelo fato de a emissora ter perdido a transmissão das Olimpíadas de Londres 2012 para a Record. Para esses executivos, a "soberba" do executivo o impediu de avaliar a situação corretamente. Ele subestimou a concorrente, afirmam. De Ricardo Feltrin da Uol
Aconteceu em
19 de agosto
   
  1961 - Dia da Medalha  
 
Jânio Quadros condecora Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro e abre crise política: vários militares devolvem suas condecorações em protesto. Conservador em todos os sentidos, o governo Jânio reserva para a política externa posturas de desafio aos EUA e à reação.
Che recebe a condecoração
 
 
1944:
Começa a insurreição de Paris contra a ocupação nazista. Greves, barricadas.
   
1951:
Golpe no Irã, com 300 mortes. Cai o patriota Mossadegh, volta o xá Pahlevi, pró-EUA.
   
1974:
Entrevista do dep. Chico Pinto sobre o gen. Pinochet leva à suspensão (até 85) da Rádio Cultura de Feira de Santana, Bahia.
Chico
Pinto
   
1976
Bombas da Aliança Anticomunista Brasileira (AAB) na OAB e ABI, Rio, e Cebrap, São Paulo.
   
1979:
O preso político Theodomiro dos Santos, não incluído na Anistia, foge da prisão em Salvador e se asila na Nunciatura Apostólica.
   
1981:
Porta-aviões dos EUA invade águas da Líbia e derruba 2 aviões.
   
1987:
Forma-se Centro Democrático, o Centrão, articulação da direita na Constituinte.
   
1991:
Movimento militar tenta reverter o fim da URSS, mas fracassa em poucos dias.
   
1992:
Ato do Fora Collor reúne 20 mil em Salvador.
   
2003:
Atentado à sede da ONU em Bagdá, atribuído à Al Qaeda. Entre os 15 funcionários mortos, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, Representante Especial de Kofi Annan no Iraque.