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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O PiG (*) é contra o PIB



Por setenta segundos, a urubóloga destruiu o plano Brasil Maior, ou PIB, Plano de Inovação do Brasil.

Esse fenômeno de fulminante efeito ocorreu na transmissão do programa Bom (?) Dia Brasil, da Rede Globo, aquela que fez de Ricardo Teixeira o seu Murdoch.

Observe-se que, diante da inelutável batalha pela audiência, o Bom (?) Dia passou a restringir o espaço destinado à urubologa.

Como se diz no jargão da televisão, ela “derruba” a audiência enquanto derruba o Brasil.

Onde foi que a Globo – porque são essências idênticas – destruiu o Brasil Maior.

Qual é o cerne da “destruição” ?

É a manchete do Globo: “Governo vai gastar até 25% mais para proteger a indústria”.

Ou, como diz o economista José Márcio Camargo, frequentemente citado pela urubóloga e que aparece no Valor, na pág. A6:

“ … elevar a 25% o ágio que o Governo pagará ao produto nacional em suas licitações … tem forte conteúdo inflacionário, porque reduz ainda mais a taxa de desemprego (?)”.

Ou como disse a urubóloga no Bom (?) Dia: os empresários vão elevar o preço em 25% para vender ao Governo.

O que pressupõe duas hipóteses:

1) como diz o em breve ex-ministro Johnbim, que já respira por aparelhos, o Governo é composto por um conjunto de “idiotas”, que não vai fazer concorrência e se deixará ludibriar pelo mais esperto;

2) que não há concorrência – que todos os fornecedores do Governo são monopolistas e vão aumentar os preços em 25% sem que nada aconteça no mercado à sua volta.

O problema da crítica do PiG (*) ao PIB vem lá de trás, quando o candidato à Presidência Luis Inácio Lula da Silva foi ao Rio e disse que, se eleito, ia rasgar a compra de petroleiros da Petrobrás na Ásia.

O sombrio Governo do Farol de Alexandria rezava pela cartilha da urubóloga e por meia dúzia de percentuais comprava petroleiros na Ásia – e assim destruiu a indústria naval brasileira.

Oito anos e meio depois, é um horror !

Clique aqui para ler: só o programa de contratações da Petrobrás prevê a construção de 46 navios e a contratação de 75 mil trabalhadores até 2014.

Este ansioso blogueiro aconselharia o redator da manchete do Globo, acompanhado da urubóloga e do José Marcio a dar um pulinho a Suape, onde se construiu o primeiro petroleiro, o João Cândido, o Almirante Negro, depois que o Nunca Dantes ressuscitou a indústria da construção naval brasileira.

No vôo até Recife, recomenda a leitura do “Relatório sobre Manufaturas” de um certo Alexander Hamilton, que fundou a indústria (e a economia moderna) dos Estados Unidos.

É melhor do que ler O Globo.


Paulo Henrique Amorim
Se o Hamilton fosse urubólogo os EUA seriam sempre colonia inglesa

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