Odair Cunha faz o possível na CPI. Temos que criticar é Miro Teixeira, Taques, o PMDB e demotucanos
A CPI do Cachoeira é um colegiado que tem 34 parlamentares titulares.
Destes, só 5 são do PT e 2 do PCdoB. Os demais partidos, salvo um ou
outro parlamentar, são vozes discordantes em diversos temas. A maioria
da base governista que apoia Dilma está também na bancada da Veja, da
Globo.
O PDT, por exemplo, tem Miro Teixeira (RJ) e Pedro Taques (MS) que se aliaram aos demotucanos para blindar a imprensa e o Procurador-Geral, mesmo diante de tantas evidências. O PMDB que, na época em que Renan Calheiros (AL) era alvo da Veja cogitou abrir uma CPI para investigar o Grupo Abril, não quis comprar brigas, preferindo fazer um acordão de bastidores com os barões da mídia.
O relator Odair Cunha (PT-MG), mesmo com essa minoria, fez um relatório completo, honesto e corajoso. Só de ter feito, publicado e discutido publicamente, já foi uma vitória.
Veio a reação da maioria da CPI. O colegiado não aprovaria o relatório se não tirasse o indiciamento do PGR e do jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja. Sem votos suficientes, a CPI se encerraria sem relatório final, como aconteceu com a CPI do Banestado. Até Demóstenes Torres e Marconi Perillo (PSDB-GO) torciam para isso.
Daí Odair Cunha e o PT acatar o veto da maioria, conforme explicou o relator na apresentação lida:
"As Partes VI e VII que discorreram sobre as relações da Organização Criminosa com pessoas ligadas a veículos de comunicação e sobre a atuação do Procurador Geral da República na Operação Vegas, são RETIRADAS DO RELATÓRIO, pelos motivos já expostos que, em resumo, significam a ponderação deste Relator após ouvidos os membros desta Comissão, em busca da apresentação de um Relatório que represente o pensamento médio do Colegiado e que viabilize a aprovação deste importante trabalho."
É o que é possível fazer. CPI não é revolução popular, é colegiado de parlamentares das mais diversas tendências. Outras lutas são em outros fóruns, que envolvem mobilização popular e movimentos sociais.
Vejo muitos amigos internautas crucificando Odair Cunha e o PT por isso. É um grande erro. Quem deve ser combatido por suas posições frouxas, anti-republicanas, são sobretudo Miro Teixeira (PDT), Pedro Taques (PDT), Randolfe Rodrigues (PSOL), o pessoal do PSB do Eduardo Campos, que buscam votos no eleitorado progressista, mas cortejam a mídia reacionária para obter apoio midiático, através de noticiário favorável. E também os parlamentares do PMDB, do PP, etc, além dos sócios da mídia reacionária que são os demotucanos, inclusive do PPS.
Odair Cunha fez o seu dever republicano de relatar as coisas como elas foram apuradas, sem perseguir e sem fazer vistas grossas. Atacá-lo só leva a enfraquecer uma bancada progressista, minoritária, ajudando indiretamente a reeleger em 2014 os Miros Teixeiras e demotucanos da vida.
O PDT, por exemplo, tem Miro Teixeira (RJ) e Pedro Taques (MS) que se aliaram aos demotucanos para blindar a imprensa e o Procurador-Geral, mesmo diante de tantas evidências. O PMDB que, na época em que Renan Calheiros (AL) era alvo da Veja cogitou abrir uma CPI para investigar o Grupo Abril, não quis comprar brigas, preferindo fazer um acordão de bastidores com os barões da mídia.
O relator Odair Cunha (PT-MG), mesmo com essa minoria, fez um relatório completo, honesto e corajoso. Só de ter feito, publicado e discutido publicamente, já foi uma vitória.
Veio a reação da maioria da CPI. O colegiado não aprovaria o relatório se não tirasse o indiciamento do PGR e do jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja. Sem votos suficientes, a CPI se encerraria sem relatório final, como aconteceu com a CPI do Banestado. Até Demóstenes Torres e Marconi Perillo (PSDB-GO) torciam para isso.
Daí Odair Cunha e o PT acatar o veto da maioria, conforme explicou o relator na apresentação lida:
"As Partes VI e VII que discorreram sobre as relações da Organização Criminosa com pessoas ligadas a veículos de comunicação e sobre a atuação do Procurador Geral da República na Operação Vegas, são RETIRADAS DO RELATÓRIO, pelos motivos já expostos que, em resumo, significam a ponderação deste Relator após ouvidos os membros desta Comissão, em busca da apresentação de um Relatório que represente o pensamento médio do Colegiado e que viabilize a aprovação deste importante trabalho."
É o que é possível fazer. CPI não é revolução popular, é colegiado de parlamentares das mais diversas tendências. Outras lutas são em outros fóruns, que envolvem mobilização popular e movimentos sociais.
Vejo muitos amigos internautas crucificando Odair Cunha e o PT por isso. É um grande erro. Quem deve ser combatido por suas posições frouxas, anti-republicanas, são sobretudo Miro Teixeira (PDT), Pedro Taques (PDT), Randolfe Rodrigues (PSOL), o pessoal do PSB do Eduardo Campos, que buscam votos no eleitorado progressista, mas cortejam a mídia reacionária para obter apoio midiático, através de noticiário favorável. E também os parlamentares do PMDB, do PP, etc, além dos sócios da mídia reacionária que são os demotucanos, inclusive do PPS.
Odair Cunha fez o seu dever republicano de relatar as coisas como elas foram apuradas, sem perseguir e sem fazer vistas grossas. Atacá-lo só leva a enfraquecer uma bancada progressista, minoritária, ajudando indiretamente a reeleger em 2014 os Miros Teixeiras e demotucanos da vida.
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