Inexiste conversa entre Lula e Rose, diz MP. E agora imprensa brasileira?
Acusada de articular um
esquema a ex-chefe de
gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha,
não foi flagrada em conversas comprometedoras com o ex-presidente Lula,
ao contrário do que diz jornais principalmente de São Paulo.
Tanto o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto
Troncon Filho, quanto a procuradora da República Suzana Fairbanks, que
coordenou a investigação no Ministério Público Federal (MPF), negaram a
interceptação de 122 ligações telefônicas entre Lula e
Rosemary.
Em entrevista ao jornal "O Globo", Troncon afirmou que "como
ex-presidente, ele ligou algumas vezes para o escritório da Presidência
em São Paulo, o que é normal", mas que se Lula "tivesse sido pego em
algum crime, certamente estaria sendo investigado ou já indiciado".
A
procuradora foi mais longe e garantiu não haver qualquer troca de
mensagens entre os dois em todo o inquérito. "Conversa dela com o Lula
não existe. Nem conversa, nem áudio e nem e-mail. Não sei de onde saiu
isso. Vocês podem virar de ponta cabeça o inquérito". disse a
procuradora a jornalistas que insistiam ouvir dela uma ligação entre
Lula e Rose
A informação desanimou a oposição ao governo federal, que pretendia
levar Lula a prestar esclarecimentos na Câmara do Deputados.
Rosemary, gostava de se exibir, querendo mostrar um estatus de aproximidade com Lula que na verdade ela não tinha
Segundo a procuradora Suzana Fairbanks, a PF e a Procuradoria da
República em São Paulo têm 600 páginas de conteúdo da investigação sobre
Rosemary. Apesar de também ter sido citado nos e-mails da ex-chefe de
gabinete, a procuradora diz que não há indícios de participação no
esquema do ex-ministro José Dirceu: "Não tem relação direta dele de sociedade no esquema ou de eventual
lucro", observou.
Em sua página na internet, Dirceu avaliou como "irresponsável" a
vinculação de seu nome a funcionários do governo indiciados na operação.
Ele citou outros seis casos em que foi citado pelos jornais durante
investigações e reclamou que o espaço dado pelos a denúncias envolvendo
seu nome é sempre muito menor do que a retratação. "Envolvem meu nome no
noticiário com o maior estardalhaço, mas encerrados a "temporada" e o
sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se
provado contra mim".
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