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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dilma defende que educação é o caminho para igualdade no Brasil


A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta quinta (8) um país com igualdade de oportunidades. Segundo ela, a educação é fundamental para alcançar esse patamar. “Sabemos que há um caminho que, junto com as demais iniciativas e, mais do que as outras, tem o poder de assegurar a permanência e estabilidade do acesso das pessoas à igualdade de oportunidades e esse caminho é a educação”, disse durante a cerimônia de lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.


Wilson Dias/ABr
Dilma educação
"“Nós todos precismos nos comprometer com a alfabetização na idade certa", afirma Dilma
A medida vai destinar R$ 2,7 milhões para capacitação de professores e aquisição de material didático com a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos.

Segundo Dilma, é preciso perseguir as propostas do pacto de forma “obsessiva”. “Nós todos precisamos nos comprometer com a alfabetização na idade certa. [Isso] é responsabilidade do Estado e também da sociedade e das famílias”, avaliou.

Dados do Ministério da Educação apontam que a média nacional de crianças brasileiras não alfabetizadas aos oito anos chega a 15,2%, mas há estados onde esse índice é bem mais elevado. A taxa de não alfabetização no Maranhão, por exemplo, alcança 34% e a de Alagoas, 35%. As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste têm índices melhores. O Paraná tem a menor taxa do país: 4,9%.

Ao falar sobre o analfabetismo infantil – foco de combate do pacto lançado hoje –, a presidenta ressaltou que é preciso agir para evitar que as crianças brasileiras tenham dificuldade de ler, escrever e para que elas possam dominar a matemática. “Está em jogo o futuro do Brasil. A insuficiência de rendimento das crianças de escolas públicas está na raiz da desigualdade."

Royalties do petróleo 

Ao final da solenidade, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que vai continuar “lutando” para que os recursos provenientes dos royalties do petróleo sejam completamente investidos em educação.

“A Câmara [dos Deputados] aprovou o Plano Nacional de Educação [PNE], em que está previsto dobrar o investimento em educação nos próximos dez anos, mas não definiu nenhuma fonte concreta para que isto ocorra. Não basta dizer onde nós devemos chegar, tem que dizer como chegaremos lá, qual a fonte do orçamento que vai aumentar a fonte para educação. A presidenta Dilma propôs um caminho, que todo os royalties do petróleo dos estados, dos municípios e da União fossem para a educação. Nós vamos continuar perseguindo essa meta”, defendeu Mercadante.

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (6), sem alterações, o projeto de lei do Senado que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo. O texto está em análise da presidenta Dilma Rousseff e não prevê recursos para a educação. Mais cedo, por meio de sua assessoria, a presidenta informou que faria uma análise "exaustiva" antes de decidir o que fará: se vetará o texto de forma total ou parcial ou se o sancionará na integralidade.

O ministro ressaltou que vai dialogar com senadores, prefeitos e governadores para garantir apoio no Senado para que os royalties sejam direcionados para a educação. “Vamos sentar com os senadores e discutir a matéria. É imprescindível que os royalties do petróleo, que é uma riqueza não renovável e temporária [sejam investidos em Educação]. Ela não pode ser destinada ao inchaço da máquina pública. Temos que pensar o Brasil pós-petróleo, com educação de qualidade, universal e para todos, para permitir o desenvolvimento futuro do país quando as reservas de petróleo já não estiverem mais aí para os nossos netos. Esse é o sentido verdadeiro dos royalties”, disse.


Fonte: Agência Brasil

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