WikiLeaks: "Kassab é 'apêndice' do PSDB em SP", diz serrista
Não mais que um "apêndice" em uma administração controlada essencialmente pelo PSDB. É assim que, segundo telegramas vazados pelo site WikiLeaks, o atual secretário de Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo, se referiu ao prefeito da capital, Gilberto Kassab (sem partido), em conversa com o cônsul-geral dos Estados Unidos, Thomas White, em 22 de outubro de 2007.
Descrito como um "autopromotor, satisfeito e confortável com a autoridade lhe é atribuída pelo prefeito e pelo governador e desfruta claramente do seu exercício", Matarazzo então ocupava a secretaria de coordenação das subprefeituras. É identificado como "amigo e colega" do então governador, José Serra (PSDB). "Matarazzo age como chefe de fato de uma cidade de 11 milhões de habitantes e um orçamento de mais de US$ 10 bilhões", descreve White em um dos telegramas. Matarazzo teria comentado com White que 80% dos cargos da prefeitura eram controlados pelo PSDB.
Matarazzo pretendia, até o fim daquele ano, acabar com o sistema de licenças para vendedores ambulantes e acreditava que a cidade não precisava dos camelôs: "É uma máfia!" Segundo o telegrama, Matarazzo classificou os camelôs em dois tipos: receptadores empregados pelo PCC e contrabandistas ligados ao chinês Law Kim Chong.
No plano nacional, a avaliação de Matarazzo era de que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalharia para se manter no poder, fosse emplacando uma emenda constitucional ou propondo um plebiscito. No primeiro caso, poderia até contar com o apoio do PSDB, desde que o mandato presidencial fosse esticado para cinco anos e não houvesse mais reeleição. Caso não desse certo, Matarazzo acreditava que Lula apoiaria à sua sucessão Ciro Gomes (PSB), a quem se referiu como "patologicamente insano, doente". Contactada, a assessoria do secretário informou que ele estava em um evento e não poderia atender à reportagem.
Não é a primeira vez que Matarazzo aparece na correspondência da diplomacia americana vazada pelo WikiLeaks. No começo deste mês, telegramas davam conta de um encontro com o cônsul Christopher McMullen, em 2006. Matarazzo teria então afirmado que Alckmin seria membro da Opus Dei, prelazia conservadora da Igreja Católica. O secretário confirmou o encontro, mas negou a afirmação.
Fonte: Valor Econômico
Matarazzo pretendia, até o fim daquele ano, acabar com o sistema de licenças para vendedores ambulantes e acreditava que a cidade não precisava dos camelôs: "É uma máfia!" Segundo o telegrama, Matarazzo classificou os camelôs em dois tipos: receptadores empregados pelo PCC e contrabandistas ligados ao chinês Law Kim Chong.
No plano nacional, a avaliação de Matarazzo era de que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalharia para se manter no poder, fosse emplacando uma emenda constitucional ou propondo um plebiscito. No primeiro caso, poderia até contar com o apoio do PSDB, desde que o mandato presidencial fosse esticado para cinco anos e não houvesse mais reeleição. Caso não desse certo, Matarazzo acreditava que Lula apoiaria à sua sucessão Ciro Gomes (PSB), a quem se referiu como "patologicamente insano, doente". Contactada, a assessoria do secretário informou que ele estava em um evento e não poderia atender à reportagem.
Não é a primeira vez que Matarazzo aparece na correspondência da diplomacia americana vazada pelo WikiLeaks. No começo deste mês, telegramas davam conta de um encontro com o cônsul Christopher McMullen, em 2006. Matarazzo teria então afirmado que Alckmin seria membro da Opus Dei, prelazia conservadora da Igreja Católica. O secretário confirmou o encontro, mas negou a afirmação.
Fonte: Valor Econômico
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