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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Marcos Coimbra: 2012 e 2014

O sociólogo Marcos Coimbra, em sua coluna no Correio Braziliense, dá uma “esfriada” nos que pensam que um eventual – e improvável – afastamento de Lula das eleições municipais do ano que vem vá ter grande influência sobre as eleições de 2014.
Sempre ressalvando que não é provável que Lula esteja fora desta disputa, Coimbra não vê, ainda assim, bons horizontes para a tucanada:
“E a eleição presidencial?
Hoje, o PT tem dois nomes. Lula, não se precisa demonstrar, seria dificílimo de bater. Dilma, mantida a avaliação atual, uma candidata muito forte (especialmente se lembrarmos que sua principal limitação em 2010, o desconhecimento, não será problema em 2014).
O PT teria, portanto, duas opções de candidatura, eleitoralmente equivalentes: ambas com alta probabilidade de vencer. Ainda mais pelo desgaste dos nomes nacionais da oposição (FHC e Serra) e o baixo conhecimento popular de suas novas lideranças (Aécio).
Se Lula se aposentasse, o PT ficaria com Dilma. O que só seria um problema se o governo estivesse muito mal (muito mal, mesmo!). Nada indica que esse seja o quadro mais provável.
Para o PT, é evidentemente melhor que Lula não se aposente. E o Brasil não ganharia nada se ele deixasse a política. Ao contrário, perderia muito.
Ainda bem que, pelo que sabemos, isso não vai ocorrer tão cedo.”

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