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terça-feira, 12 de abril de 2011

Paulo Henrique Amorim: FHC procura a Classe C no Facebook

Saiu na Folha (*), na capa e na pág. A4: “Oposição precisa conquistar a classe média”. “Em manifesto, ex-presidente defende nova estratégia para PSDB e critica insistência na aproximação com o ‘povão’”. “Enquanto o PSDB e seus aliados insistirem em disputar com o PT influência sobre ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, falarão sozinhos”, diz o Farol de Alexandria (Fernando Henrique Cardoso).


Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada

A classe média não participa da vida política do país como no passado (sic), mas está presente em lugares onde os partidos praticamente não existem, como as redes sociais da internet, disse ele, segundo a Folha (*).

Diz ele, o Príncipe dos Sociólogos: “Dilma, que com estilo até agora contrastante com o do antecessor (êpa!, quanta ‘gordura’, como diz o tradutor dele para o inglês, ‘bloated’ – PHA) pode envolver parte (sic) das classes médias. Estas, a despeito dos êxitos econômicos e da publicidade do governo anterior, mantiveram CERTA RESERVA DIANTE DE LULA (ênfase minha – PHA).”

A quebra do banco Lehman em 2008 soterrou a Ciência da Economia. A Ciência da Sociologia sumiu muito antes, na bruma espessa do porto de Aberdeen – como diz o Mino Carta – e ninguém sente a falta.

Vamos ao que diz o nosso Sociólogo do PiG(**). Primeiro, confirma que o PSDB tem mais pavor do cheiro do povão que tinha o Figueiredo. Figueiredo preferia o cheiro do cavalo. O PSDB prefere perfume francês. A Eliane Catanhêde diz que o PSDB é feito de “massa cheirosa” – deve ser a de perfume Hermès.

Segundo, o Farol de Alexandria – aquele que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto – diz que parte (sic) das classes médias “mantiveram certa reserva diante de Lula”. Interessante. O Nunca Dantes (Lula) saiu do Poder – como diz a Folha (*) – com uma taxa de aprovação parecida com a taxa de rejeição do Farol, quando deixou o Poder: 90%.

Logo, o objetivo do PSDB é conquistar 10% do eleitorado: as partes (sic) da classe média que “mantiveram certa reserva diante de Lula”. Ele é um jenio! E logo ele que diz que o Cerra tem a mania de seduzir as “minorias”.

Terceiro, o Farol diz que a classe média não participa da vida política do país como no passado. Como assim? A classe média não vota? Não o elegeu duas vezes? Ou ele se refere a movimentos organizados, de rua, tipo “democracia participativa”, quando a”classe média” foi para a rua derrubar o Governo constitucionalmente eleito do grande presidente João Goulart? Será que essa é a participação política do passado, a que se refere?

Agora, o mais Sociologicamente delirante é quando o Farol diz que a classe média está presente (êpa! que estilo, hein, revisor? – PHA) em lugares onde os partidos praticamente não existem, como as redes sociais na internet. Um jenio! Onde estavas que não elegeste o Cerra, oh!, Grão-Sociologo?

Só que o Padim Pade Cerra é muito mais esperto que ele e “esteve presentíssimo” nas redes sociais, com a ajuda do general Graeff. Onde o Grão-Sociólogo pensa que se espalhou a calhordice – segundo Ciro Gomes – do aborto?

Onde foi que se espalhou a tese de que Dilma, a guerrilheira, ia incendiar o Brasil? No discurso do Cerra no Clube da Aeronáutica no Rio, e nas mãos dos “brucutus” do Cerra nas redes sociais, como demonstrou o repórter Leandro Fortes, da Carta Capital.

O Farol, aí, não tem nenhuma originalidade. Como diz o Malan das ideias do Cerra – o que é novo não presta; o que presta não é novo. A urubóloga Miriam Leitão é a pioneira da tese de que a Revolução Francesa deve o sucesso ao uso que Robespierre fazia do Facebook. Foi que ela demonstrou de forma irrefutável ao analisar o papel da telefonia celular na queda do grande líder do Ocidente, Hosni Mubatak.

Este Conversa Afiada sustenta que, para o Cerra e o Farol, a Classe C fica entre a Primeira e a Business. O que fica demonstrado por esta notável contribuição que ele oferece ao PSDB. Se o PSDB for atrás do Farol, que se destruiu no terremoto, não vai ganhar uma.

Enquanto o PSDB ficar ancorado na caravela do Padim Pade Cerra também não vai a lugar nenhum. Nem com o apoio do PiG , do Papa e da Chevron. E enquanto o Aécio aparecer no show do Bono, em lugar de ir ao Alemão, aí, companheiro, esquece. Bye-bye, com toda a Sociologia do Farol. Como diria o João Saldanha: o dia em que macumba ganhar o jogo, o campeonato baiano acaba empatado. O dia em que a Sociologia ganhar eleição…


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Um comentário:

  1. hee, Zé,esse é nosso Brasil, mas o PIG parece estar enfraquecendo, o povo ta começando a abrir os olhos....

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