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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dilma vai para cima dos bancos.
PiG os defenderá


Saiu no G1:

Em discurso para industriais, Dilma volta a defender ’spread’ menor


Presidente fez visita à sede da Confederação Nacional da Indústria. Ela quer juros e spreads ‘nos padrões internacionais de custo de capital’.


Priscilla Mendes Do G1,

em Brasília


A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta sexta-feira (13) a redução das taxas de juros e o “spread” (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro e o que cobra pelos empréstimos aos clientes). Na última segunda (9), ela havia afirmado que era “tecnicamente de difícil explicação” o percentual dos spreads bancários no Brasil.


Dilma falou para uma plateia de empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. A presidente afirmou que o país deve “desmontar alguns entraves ao nosso crescimento sustentável e continuado”.


(…)



Leia também o que escreveu Fernando Brito, no Tijolaço:

Mantega, na canela dos bancos: lucrem menos


Até que enfim alguém fala grosso com os banqueiros.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu a resposta merecida, quando foram exigir benefícios fiscais para fazer o que têm tudo para fazer sem isso: baixar os juros.


“O presidente (da Federação dos Bancos) Murillo Portugal esteve aqui outro dia, e em vez de trazer soluções, veio fazer cobrança”, disse Mantega. “”O Brasil hoje é o país que pratica o maior spread do mundo e isso não se justifica.”


Spread, como se sabe, é a diferença entre o custo de captação do dinheiro pelos bancos (hoje, no máximo, 9,75% ao ano, o valor da taxa Selic) e o valor dos juros cobrados para emprestá-lo, que nunca é inferior ao quádruplo desta taxa e não raro chega a ser dez e até 20 vezes maior.


A Folha publica hoje as taxas que cobram os bancos particulares e as que passaram a cobrar os bancos públicos.


A diferença é escandalosa, como você vê na ilustração.


Em outra matéria, uma tabela mostra a rentabilidade dos bancos brasileiros frente aos bancos dos EUA.


Em 12 anos, lucraram aqui 463%, contra “apenas” 308% dos bancos dos EUA. Que, por sinal, nem sequer durante a crise de 2008, com dinheiro público sendo injetado a rodo em seus caixas, nunca tiveram um resultado negativo.


E ainda assim dificultam o quanto podem o crédito.


É por isso que as agências do BB e da Caixa estão “bombando” de clientes dos bancos privados, à procura de informações sobre taxas mais baixas.


Afinal, não é isso (ou deveria ser) a concorrência?


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