Jornalista (da Veja) precisa de uma OAB. Kotscho tinha razão
O amigo navegante acompanha as ligações da revista Veja com atividades virtuosas: a tentativa de invadir um quarto de hotel; a publicação de escuta ilegal feita por um contraventor; sem falar na celebre reportagem escrita pelo próprio Daniel Dantas, o banqueiro apanhado num vídeo no jornal nacional.
É aquela reportagem escrita a quatro mãos pelo banqueiro condenado e por um celebérrimo editor da Veja, em que o presidente Lula, o Ministro da Justiça – Marcio Thomaz Bastos, o advogado mais caro do Brasil – e o ínclito delegado Paulo Lacerda apareciam como detentores de contas em paraísos fiscais.
Foi essa reportagem que deu origem ao jantar na casa do senador Heráclito Fortes – que não ganha uma ação judicial contra este ansioso blogueiro -, com a presença do banqueiro condenado, de Thomaz Bastos, e do Zé , hoje Ministro da Justiça (?) – clique aqui para ver por que os amigos de Dantas o chamam, carinhosamente, de Zé.
No âmbito da Satiagraha, que está para ser legitimada no Supremo – leia aqui “O Supremo vai tirar Dantas da cadeia três vezes ?” – há um capítulo sobre o conluio entre “jornalistas“ e as falcatruas de Dantas.
Colonistas (*) que davam curso a informações para manipular ações na Bolsa, repórteres que tinham acesso privilegiado a Dantas e publicavam seus “press releases” dantescos como se fossem reportagens.
Sem falar numa repórter da Folha (**) que captava informações na Polícia para transmitir a Dantas e quase pôs a Satiagraha a perder.
(O Juiz Fausto de Sanctis, certamente, amargará para o resto da vida não ter mandado prender essa repórter, por confiar num hipotético exercício de autocrítica do PiG (***). Ledo engano !)
(Conta-se que Gilmar Dantas (****) atribui o segundo HC Canguru a Dantas, concedido 48 horas depois do primeiro, à informação de que essa repórter da Folha estava para ser presa. E ele preferiu garantir a liberdade de imprensa ! Viva o Brasil !)
Logo no começo do Governo Lula, seu assessor de imprensa, Ricardo Kotscho, estudou e elaborou um Conselho Federal de Jornalismo.
O que seria o Conselho ?
A OAB dos jornalistas, o Conselho de Medicina dos jornalistas.
A OAB faz o exame da Ordem, que é um exame para os já formados em Direito.
(Não confia nas faculdades…)
E os próprios advogados julgam a lisura e o compromisso dos advogados com a Ética.
O Conselho de Jornalismo teria essa mesma função.
Coibir essa misturança, por exemplo, da Veja com o crime organizado, como diz o Nassif.
E o Nassif, com certeza, não gostaria de pertencer à mesma categoria profissional da virtuosa equipe da Veja, não é isso, amigo navegante ?
Os jornalistas não tem um Conselho de Ética.
Munidos da liberdade de imprensa (dos patrões), eles fazem qualquer papel.
Ao contemplar as ligações da Veja com o crime organizado, constata-se que o Kotscho tinha razão.
E jornalista da Veja se arroga o direito de ser tão jornalista quanto o Nassif ou Kotscho.
É misturar o Abdelmassih como Adib Jatene !
Os jornalistas precisam de um Conselho.
A proposta chegou a ser enviada ao Congresso, mas teve que ser retirada, diante do ataque furioso do PiG (*) e suas penas amestradas, como diria o Ciro.
Censura !
Cerceamento da Liberdade !
Felizmente, o projeto voltou agora ao Congresso.
E com a contribuição involuntária do Robert(o) Civita, aquele que este ansioso blog considera “um perdedor e, portanto, responsável pela revista que odeia o Brasil”, o Conselho ressurgirá.
O ansioso blogueiro informa que não pertence à mesma categoria profissional dos que publicam grampo ilegal captado por contraventor.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(****) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
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