Lista de clientes de ex-torturador some de site da empresa
do Blog do Levante da Juventude, sugestão de Igor FelippeDepois do esculacho organizado pelo Levante Popular da Juventude no torturador da ditadura militar David dos Santos Araújo, o Capitão “Lisboa”, os nomes das empresas que se utilizam dos serviços da sua empresa de segurança privada, a Dacala, desapareceram do site da empresa.
O ato do Levante aconteceu na manhã desta segunda-feira (26/3), em frente à sede da empresa na Av. Vereador José Diniz, na zona sul de São Paulo. No Rio de Janeiro, um grupo do Levante fez um protesto na sede da filial da empresa.
Por que a Dacala tirou a lista de clientes de que ostentava com orgulho do site?
Será que os clientes da Dacala ficaram com vergonha de contratar o serviço de uma empresa com “know-how” em tortura, morte e abuso sexual?
O Blog do Levante tem a lista de alguns dos clientes da Dacala:
-Anhanguera Educacional
-Banco Itaú
-Ford
-Jac Motors
-Banco Safra
-Volkswagen
-Banco Santander
-Audi Tech
-DHl
-CSU
-Exata Logística
-Fuji
-Galvão
-Gattaz
-Jaguar
-JWT
-Kia
O Levante da Juventude está animado e avalia que o sumiço das clientes da Dacala mostra a tortura ainda envergonha muita gente e que a tentativa de apagar o passado, como querem os torturadores, será frustrada.
David dos Santos Araújo, o Capitão Lisboa, é torturador, assassino e responsável por abuso sexual, em Ação Civil Pública do Ministério Público Federal. A ação registra o seu envolvimento na tortura e morte de Joaquim Alencar de Seixas.
Como se não bastassem esses crimes, David dos Santos Araújo é portador de 111 armas em situação ilegal, de acordo com investigação da Polícia Federal.
Sua antiga empresa de segurança, a Osvil, predecessora da Dacala, teve seu alvará de funcionamento suspenso por irregularidades. Com isso, as armas deveriam ser entregues à Polícia Federal, mas foram extraviadas. Araújo, então, abriu a Dacala Segurança.
O processo da PF afirma que ao todo Araújo tem mais de duzentas armas ilegais, além de um arsenal de oitocentas regularmente registradas em nome da empresa Dacala, que é acusada também pelo emprego ilegal de armas de fogo na atividade de segurança privada, de acordo com a Polícia Civil.
Se após a revelação desses escândalos, a Dacala quer esconder seus clientes, o Levante Popular da Juventude quer mostrar.
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