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segunda-feira, 26 de março de 2012

O MINISTÉRIO PÚBLICO TEM A OBRIGAÇÃO DE FAZER UMA RE - VISTA NA VEJA!

Leandro, da Carta,
mata a cobra

A propósito dos posts “Leandro na Carta, Demostenes ficava com 30% do Cachoeira”; “Advogado refuta Leandro mas Leandro reafirma o que disse”; “Enteada de Gilmar trabalha com Demóstenes”; e Nassif mostra que “Cachoeira enterrou (afundou) a Veja no Crime Organizado”, o Conversa Afiada reproduz texto de Leandro Fortes, que tem a honra de ter sido processado por Gilmar Dantas (*):

Estou compartilhando essa informação porque ela passou a circular pelo noticiário de internet, inclusive na Agência Estado, mas o único que se dignou a me ouvir foi Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada.


Para início de conversa, jamais me referi a depoimento algum do advogado Ruy Cruvinel à PF, nem muito menos acordei, um dia, e decidi que iria inventar essa personagem de nome exótico e transformá-la no algoz do senador Demóstenes Torres, essa figura impoluta do DEM de Goiás. TODAS as informações que estão na minha matéria foram retiradas das mais de mil páginas do relatório da Polícia Federal referente à Operação Monte Carlo, de 29 de fevereiro. Nela, foi preso o delegado da PF Deuselino Valadares, acusado de passar informações sigilosas sobre operações policiais para a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira.


Pois bem, este mesmo delegado Deuselino, também feliz proprietário de um Nextel registrado em Miami, foi coptado pela quadrilha porque, em 2006, levantou as primeiras informações sobre a estrutura da quadrilha, justamente, a partir do advogado Ruy Cruvinel. Ele produziu três relatórios, com nomes, quantidades de máquinas caça-níqueis, bingos e valores. Nos relatórios e relata que Cruvinel tentou suborná-lo com 200 mil reais e convencê-lo a montar um negócio paralelo ao de Cachoeira. Nestes relatórios é que Deuselino estipula em 30% a parte de Demóstenes no esquema de Cachoeira. Repito: trata-se de autos de um inquérito policial produzido pela Superintendência da PF de Brasília. Documentos oficiais, registrados em cartório judicial e em papel timbrado.


O fato é que o mau hábito de boa parte dos jornalistas brasileiros de, nos últimos anos, publicar matérias sem lastro de provas materiais gerou, por sua vez, essa possibilidade de as fontes redarguirem sem nenhum escrúpulo a uma informação jornalística baseada na verdade factual. O fazem por orientação de advogados, na esperança de intimidar o denunciante, mandar recados para eventuais comparsa de crimes e, no limite, prestar conta para familiares, vizinhos e colegas de trabalho.


Em breve, provavelmente pelo site da CartaCapital, irei disponibilizar a íntegra desses documentos para que, ao invés de se submeterem a esse joguinho calhorda de notas à imprensa e notinhas maldosas em sites e blogs ressentidos, os leitores possam tirar as próprias conclusões e se informar de forma honesta e transparente.


Não deixe de votar no Não e Sim: a CPI do Cachoeira vai fechar a Veja ?

Vote também na trepidante enquete: além do Cachoeira, quem mais poderia ser informante da Veja ?


Paulo Henrique Amorim

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