Mais um delegado da PF desmonta versão de Gurgel
O delegado da Polícia Federal, Matheus Mella Rodrigues, responsável pela
Operação Monte Carlo, em depoimento hoje (10) na Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, disse que a Operação Monte Carlo
foi motivada por uma denúncia da promotoria de Valparaíso de Goiás que
acusava a existência de atividade de jogo ilegal com envolvimento de
policiais militares, civis e federais.
A informação foi dada há pouco pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP) que participou da reunião fechada da CPMI.
Esse fato desmonta a versão do Procurador-Geral da República de que o engavetamento da Operação Vegas seria para não atrapalhar a Operação Monte Carlo.
Estes fatos mostram que a Operação Monte Carlo não foi "estratégia" do
Procurador-Geral, pelo contrário, foi captada ao acaso, pela
continuidade dos crimes cometidos por Cachoeira, ao não ser contido pelo
Procurador-Geral quando deixou na gaveta a Operação Vegas.
As suspeitas óbvias que recaem sobre Gurgel, é de que ele deixou a
primeira operação na gaveta e deixou "o barco correr", sem tomar
providências, o que favoreceu Demóstenes, Cachoeira e outros, esse tempo
todo.
Gurgel precisa convencer de que não fez o que os fatos indicam.
E os fatos indicam que só se aparecesse algo novo, ele tiraria da gaveta
a antiga operação e poderia usar, em sua defesa, o fato de não ter
arquivado a Vegas. Neste contexto apareceu a Operação Monte Carlo que,
tudo indica, caiu no colo do Procurador-Geral, e não foi produto de
diligências pedidas por ele.
A estratégia de investigação que esperava-se de uma Procuradoria da
República seria aprofundar as diligências em 2009, o que poderia ter
chegado aos objetivos alcançados na Operação Monte Carlo no primeiro
semestre de 2010, ou seja, dois anos antes do que chegou.
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