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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mobilização: a vitória não cai do céu, exige muita luta

A disputa no segundo turno da eleição presidencial está revelando que a luta é dura, intensa, de baixo nível, e pontilhada pelas mentiras e baixarias com as quais a oposição neoliberal esconde seu programa de privatizações, antipopular e antinacional, e tenta atrair o povo com um canto de sereia falsamente moralizante e religioso.

Incapazes de dizer com clareza o que pretendem fazer se voltarem ao governo, multiplicam mentiras contra Dilma e o atual governo. Têm para isso o apoio de setores conservadores e reacionários da política nacional, como a direitista TFP (Tradição, Família e Propriedade), que é contra qualquer conquista democrática e social e quer voltar aos tempos da Idade Média, quando os barões mandavam e o povo era obrigado a obedecer. Ou de radicais da ditadura militar, como um ex-presidente da Juventude Nazista que, na ditadura, foi espião da repressão policial e, na década de 1980, esteve envolvido com atentados a bomba contra os que lutavam pela democracia.

O segundo turno opõe as forças que querem continuar avançando nas mudanças, que apoiam Dilma Rousseff, à parte obscura da sociedade, que quer barrar os avanços e voltar para trás, mas não pode confessar isso pois perderia apoio popular e a eleição.

“Não estamos diante de uma batalha qualquer, mas sim de uma batalha de caráter estratégico para o país” e precisamos vencer para “seguir adiante no grande objetivo de fazer deste um país mais forte, justo e solidário”, disse Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, na plenária partidária realizada dia 14 no auditório do Sindicato dos Eletricitários, em São Paulo.

Ressaltando a orientação para os últimos dias de campanha, Renato Rabelo enfatizou a necessidade de todos os setores democráticos e populares intensificarem o chamamento pró-Dilma Rousseff combatendo a onda de boatos e desmontando as mentiras que a direita difunde.
Contra os meios de que a direita dispõe, contra os jornais, revistas e tevês da mídia patronal, o povo tem uma força invencível: a mobilização, para convencer amigos, vizinhos, parentes, iludidos pela campanha caluniosa da oposição conservadora e neoliberal.

Militância e mobilização, enfatizou Renato Rabelo, serão fatores decisivos nesta campanha do segundo turno. Com a vantagem desta ser uma força que a direita não tem.

“Essa gente não está aí para fazer campanha de alto nível, para fazer debate programático. Isso não existe para eles. O que eles fazem é baixar o nível, o jogo rasteiro”, disse Renato Rabelo. Fazem de tudo para evitar a comparação entre os dois programas em disputa e entre o governo fracassado de FHC, que eles comandaram, e o de Lula, que alcançou êxito. Caluniam Dilma, que é uma mulher respeitada, de grande capacidade e desde a juventude luta pela democracia e pelo avanço social e que, no time de Lula, foi uma figura essencial, com decisivo papel no governo das mudanças.

Desde 2003 o Brasil vive transformações profundas que sempre enfrentaram a oposição da direita reacionária. “Está em curso a construção de uma grande nação”, disse Renato Rabelo. “A autoestima e a esperança do povo elevou-se, melhorou o nível de vida e de renda da população”.
O neoliberal José Serra e os conservadores que o apoiam não aceitam isso e buscam, disseminando o ódio e o preconceito, dividir o país para paralisar as mudanças.

Nosso povo é de luta, quer conquistas sociais e democráticas. Este segundo turno exige, mais uma vez, a manifestação dessa disposição para derrotar José Serra e, com ele, o atraso e o retrocesso, a ameaça de humilhação do Brasil perante as nações, o desmonte do Estado nacional, a volta das privatizações, a entrega das riquezas do Pré-Sal para o grande capital e para os monopólios estrangeiros.

O cenário está artificialmente armado como se fosse a luta do bem contra o mal. Mas o povo sabe, no fundo, melhor do que ninguém, por experiência própria, que Dilma/Lula representam a vontade de mudança e avanço, e o neoliberal José Serra é o candidato do atraso, do retrocesso e da perda dos direitos conquistados.

É contra essa ameaça que os democratas, progressistas, patriotas, socialistas, comunistas, trabalhadores e trabalhadoras, precisam se unir, sair às ruas, manifestar a decisão de votar em Dilma Rousseff. Não podemos vacilar: a hora é de luta para ampliar o voto do primeiro turno em Dilma Presidenta e aprofundar a vitória alcançada no primeiro turno.

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