Mulheres na mira
Partidos têm quatro meses para atrair candidatas e atender à cota estabelecida por lei para o pleito de 2012
A quatro meses do prazo legal para que candidatos às eleições de 2012 se filiem ou mudem de legendas, os partidos políticos se dedicam a um velho esporte no qual nunca foram bem-sucedidos: atrair as mulheres para concorrer às eleições das câmaras municipais. Ainda inseguros quanto a qual critério prevalecerá na montagem das chapas, os diretórios partidários sabem que poderão, às vésperas do pleito do ano que vem, esbarrar no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que cada partido ou coligação preencherá nas chapas proporcionais o mínimo de 30% e o máximo de 70% das vagas para cada sexo. Nas eleições do ano passado, a determinação da minirreforma eleitoral, a Lei n° 12.034/2009, não foi integralmente aplicada: a média de candidatas à Câmara dos Deputados apresentadas pelos 26 estados e o Distrito Federal foi de 19%. Para as assembleias legislativas, as chapas proporcionais tiveram, em média, 21% de candidatas.
Para o ano que vem, os partidos não querem ser surpreendidos. Apressam-se em localizar mulheres interessadas em se filiar e concorrer às câmaras municipais. Elas resistem: envolvem-se em causas, associam-se em busca de seus direitos, mas sem estrutura e sem o know-how para se lançar à busca do financiamento das campanhas, não se sentem motivadas a ingressar na política partidária.
"Temos de implorar, pedir para os maridos. Elas não querem enfrentar o desafio porque, além dos filhos e das responsabilidades domésticas, também são lutadoras e trabalham fora", afirma a prefeita de Carmópolis de Minas, Maria do Carmo Rabelo Lara (PSDB-MG).
A dificuldade à qual Maria do Carmo se refere para arregimentar mulheres interessadas em concorrer a uma cadeira na Câmara Municipal da cidade ficou patente nas eleições de 2008. Trinta e dois homens concorreram a uma das sete cadeiras. Oito mulheres se aventuraram. Das urnas saíram seis vereadores eleitos e uma mulher, Maria Aparecida Lara (PSDB), pediatra, cunhada da prefeita eleita.
A quatro meses do prazo legal para que candidatos às eleições de 2012 se filiem ou mudem de legendas, os partidos políticos se dedicam a um velho esporte no qual nunca foram bem-sucedidos: atrair as mulheres para concorrer às eleições das câmaras municipais. Ainda inseguros quanto a qual critério prevalecerá na montagem das chapas, os diretórios partidários sabem que poderão, às vésperas do pleito do ano que vem, esbarrar no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que cada partido ou coligação preencherá nas chapas proporcionais o mínimo de 30% e o máximo de 70% das vagas para cada sexo. Nas eleições do ano passado, a determinação da minirreforma eleitoral, a Lei n° 12.034/2009, não foi integralmente aplicada: a média de candidatas à Câmara dos Deputados apresentadas pelos 26 estados e o Distrito Federal foi de 19%. Para as assembleias legislativas, as chapas proporcionais tiveram, em média, 21% de candidatas.
Para o ano que vem, os partidos não querem ser surpreendidos. Apressam-se em localizar mulheres interessadas em se filiar e concorrer às câmaras municipais. Elas resistem: envolvem-se em causas, associam-se em busca de seus direitos, mas sem estrutura e sem o know-how para se lançar à busca do financiamento das campanhas, não se sentem motivadas a ingressar na política partidária.
"Temos de implorar, pedir para os maridos. Elas não querem enfrentar o desafio porque, além dos filhos e das responsabilidades domésticas, também são lutadoras e trabalham fora", afirma a prefeita de Carmópolis de Minas, Maria do Carmo Rabelo Lara (PSDB-MG).
A dificuldade à qual Maria do Carmo se refere para arregimentar mulheres interessadas em concorrer a uma cadeira na Câmara Municipal da cidade ficou patente nas eleições de 2008. Trinta e dois homens concorreram a uma das sete cadeiras. Oito mulheres se aventuraram. Das urnas saíram seis vereadores eleitos e uma mulher, Maria Aparecida Lara (PSDB), pediatra, cunhada da prefeita eleita.
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