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terça-feira, 24 de maio de 2011

Paul McCartney leva 45 mil fãs ao delírio no Rio

Com pontualidade quase britânica (foram apenas 15 minutos de atraso), Paul McCartney deu início à sua apresentação da turnê Up and Coming Tour, na noite deste domingo (22), no estádio do Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro.

Mais de 20 anos depois de se apresentar na cidade, o ex-beatle abriu o show com Hello Goodbye, clássico dos Beatles, e emendou com Jet, de sua fase no Wings. McCartney prometeu ao público que diria muitas frases em português. E cumpriu.

"Olá, Rio! E aí, cariocas? Boa noite, Brasil! É ótimo estar de volta aqui e nesta noite vou tentar falar mais em português, mas vou falar mais em inglês", disse.

Em seguida, veio Letting Go, e antes que Macca, como também é conhecido, levasse o público ao delírio com Drive My Car, ele soltou um “Valeio” (valeu) e fez uma pausa para observar as 45 mil pessoas que lotaram o Engenhão. "Agora é o meu momento para contemplar vocês, é um momento meu".

Paul tirou, então, o paletó azul, dobrou as mangas da camisa branca e tocou, na sequência, Sing the Changes, Let Me Roll It, The Long and Winding Road, 1985 e Let’em In, sempre entremeando as músicas com perguntas como “Tudo bem?”, “Tudo ótimo?”.

Antes de iniciar And I Love Her, brincou com o público, trocando o verso de She Loves You, composição dele com John Lennon, por “We Love You” e teve como resposta das milhares de pessoas um sonoro “Yeah, Yeah, Yeah”.

Depois de Black Bird, explicou, em português, a origem da canção Here Today, que foi executada com uma imagem da lua e do planeta Terra no fundo do telão do palco. "Escrevi esta música para meu amigo John Lennon".

Com Dance Tonight e Mrs Vandelbilt, Paul colocou o público para dançar, brincou com a própria figura, posando de estrela do rock e fazendo caretas projetadas nos imensos telões colocados nas laterais do palco.

Em Something, o artista começou sozinho, sem instrumentos musicais de fundo, com uma levada mais ligeira e as palmas do público. Na segunda parte, o arranjo clássico, com bateria, guitarras e baixo, e as imagens do beatle George Harrison – autor da canção e a quem McCartney dedicou a música – emocionaram.

Band on the Run, música que dá título a um dos discos do Wings, fez a apresentação voltar a um ritmo mais dançante antes que Paul iniciasse a ainda mais animada Obla Di Obla Da e pedisse a ajuda do público, que respondeu. "Agora, é com vocês!"

Durante Give Peace a Chance, tocada na sequência de A Day in the Life, o público soltou balões de ar, formando um mar de cores no gramado do estádio. A interação veio, também, com as centenas de cartazes com a sílaba “Na”, formando o refrão de Hey Jude.

Os fogos e as chamas diante dos músicos e sobre a estrutura do palco provocaram excitação no público durante a execução de Live and Let Die, canção-título de um dos filmes da série do agente 007, James Bond.

No bis, o ex-beatle voltou carregando a bandeira brasileira e cantou Day Tripper, Lady Madonna e Get Back. No segundo bis, Paul McCartney fechou com a animada Sgt. Peppers e apresentou seus músicos como “minha fantástica banda”.

Atencioso, Paul pegou das mãos de alguns fãs uma vaca de pelúcia e uma camisa da seleção brasileira, que trazia gravada o número 10 e o apelido "Macca". Antes que a chuva de papel nas cores da bandeira brasileira tomasse o gramado, McCartney se despediu, mais uma vez em português: "Até a próxima!"

Com R7

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