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terça-feira, 17 de maio de 2011


Se não cairmos no conto do “garrote”, emprego bombará



A divulgação dos números do Caged, agora de manhã, mostra que se continuarmos evitando cair no conto do “aperta o cinto” que a imprensa e o mundo financeiro fica nos contando – e que era a conversinha de todos os governos até que Lula resolvesse “chutar o balde” com a crise da “marolinha” , que fez nossos sabidos o ridicularizarem, o Brasil tem tudo para ter uma situação de pleno emprego e, com ela, de sólida expansão da renda, do consumo e, em consequência, da produção para o mercado interno.
Mais que a criação de 272 mil vagas de emprego, o importante é que o resultado consolida a visão de que o emprego continua em alta em relação ao ano passado.
Tivemos uma expansão no quadrimestre janeiro/abril de 2,25% em relação ao período igual de 2010, o ano em que o Brasil “bombou”. Como a turma do “Brasil da Roda Presa” faz o corinho do “desacelera, desacelera, desacelera”, eu até entendo que essa pressão faça nossas autoridades econômicas – que não têm o couro grosso que Lula teve para segurar o que veio para cima dele com a história da “marolinha” – deixarem de assumir o discurso canônico do “São Mercado”.
Só não podem esquecer que não foi este discurso – e muito menos essa prática – que fez o Brasil sair de uma crise em que o mundo desenvolvido, aquele que nos dá conselhos econômicos todo dia, está mergulhado até hoje.
O terrorismo – sobretudo o econômico – consiste em nos fazer ver perigos, de forma e tamanho exagerados pelo medo, naquilo que desejamos fazer. para vence-lo, precisamos ter convicção, raciocínio e frieza. Porque, muitas vezes, a opinião pública – e seus formadores – são influenciados por um noticiário que mistura primarismo com catastrofismo.
Hoje, o Valor publica, sobre estes números que o “Brasil registra criação de 272.225 empregos formais em abril“. O UOL pega a matéria e dá-lhe o seguinte título “Criação de emprego formal cai 10,7% em abril” . Falta informar que abril do ano passado foi o maior número registrado em todo o ano de 2010, ano sobre o qual até as pedras da calçada sabem ter sido fantástico em termos de expansão do emprego.
Boa parte da mídia trata o leitor como um pateta, que só lê os títulos e acredita que tudo é como publicado.

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